domingo, 28 de dezembro de 2008

Palavras de Chico Chavier


Tudo é amor.
Até o ódio, o qual julgas
ser a antítese do amor,
nada mais é senão o próprio amor
que adoeceu gravemente.

Chico Chavier

Ante a cólera


“Finalmente, sede todos de igual ânimo,
compadecidos, fraternalmente amigos,
misericordiosos, humildes.”
—Pedro(l Pedro, 3:8).

Justo figuremos a cólera, titulando-a com algumas definições, como sejam:

Força descontrolada.

Precipitação em doença.

Acesso de loucura.

Queda em desequilíbrio.

Tomada para a obsessão.

Impulso à desencarnação prematura.

Perigo de criminalidade.

Introdução à culpa.

Descida ao remorso.

Explosão de orgulho.

Tempestade magnética.

Fogo mental.

Pancadaria vibratória.

Desagregação de energias.

Perda de tempo.

Indubitavelmente, todos nós - as criaturas encarnadas e desencarnadas, em evolução na Terra — estamos ainda sujeitos a essa calamidade do mundo íntimo, razão pela qual toda vez em que nos sintamos ameaçados por irritação ou azedume, é prudente nos recolhamos a recanto pacífico, a fim de refletir nas necessidades do próximo e lavar os pensamentos nas fontes da oração.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Atenção. Ditado pelo Espírito Emmanuel. 16 edição. Araras, SP: IDE. 1997.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Jesus e Kardec


Porque se visse questionado por um de nossos colegas, quanto à necessidade do sofrimento, o Instrutor esclareceu:

Disse o Cristo: "Há muitas moradas na casa do Pai".

Sem Allan Kardec não perceberíamos que o Mestre relaciona os mundos que enxameiam na imensidade cósmica, a valerem por escolas de experiência, nos objetivos da ascensão espiritual.

Disse o Cristo: "Necessário é nascer de novo".

Sem Allan Kardec, não saberíamos que o Sublime Instrutor não se refere à mudança íntima da criatura, nos grandes momentos da curta existência física, e sim à lei da reencarnação.

Disse o Cristo: "Se a tua mão te escandalizar, corta-a; ser-te-á melhor entrar na vida aleijado que, tendo duas mãos, ires para o inferno".

Sem Allan Kardec, não concluiríamos que o Excelso Orientador se reporta às grandes resoluções da alma culpada, antes do renascimento no berço humano, com vistas à regeneração necessária, de modo a não tombar no sofrimento maior, em regiões inferiores ao planeta terrestre.

Disse o Cristo: "Quem vier a mim e não deixar pai e mãe, filhos e irmãos, não pode ser meu discípulo".

Sem Allan Kardec, não reconheceríamos que o Divino Benfeitor não nos solicita a deserção dos compromissos para com os entes amados e sim nos convida a renunciar ao prazer de sermos entendidos e seguidos por eles, de imediato, sustentando, ainda, a obrigação de compreendê-los e servi-los por nossa vez.

Disse o Cristo: "Perdoai não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes".

Sem Allan Kardec, não aprenderíamos que o Mestre não nos inclina à falsa superioridade daqueles que anelam o reino dos céus tão-somente para si próprios, e sim nos faz sentir que o perdão é dever puro e simples, a fim de não cairmos indefinidamente nas grilhetas do mal.

Disse o Cristo: "Conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres".

Sem Allan Kardec, desconheceríamos que o raciocínio não pode ser alienado em assuntos da fé e que a religião deve ser sentida e praticada, estudada e pesquisada, para que não venhamos a converter o Evangelho em museu de fanatismo e superstição.

Cristo revela.

Kardec descortina.

Diante, assim, do Três de Outubro que nos recorda o natalício do Codificador, enderecemos a ele, onde estiver, o nosso preito de reconhecimento e de amor, porquanto todos encontramos em Allan Kardec o inolvidável paladino de nossa libertação.

Emmanuel

Livro: Irmãos Unidos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

O JOVEM RICO


O JOVEM RICO

Quando um jovem rico indagou a Jesus o que seria necessário para alcançar a vida eterna, Jesus respondeu-lhe: "Guarda os mandamentos".

O mancebo respondeu que os seguia desde sua tenra idade, e Jesus completou: "Se queres ser perfeito, vai, vende o que possuis e dá aos pobres e terás um tesouro nos céus". O mancebo voltou para casa triste. Não teve coragem de renunciar às facilidades da vida material.

Necessitamos de coragem para trocar as facilidades materiais pelas riquezas espirituais.

No nosso dia-a-dia, defrontamo-nos com a escolha. Ir ao centro espírita hoje para aprender ou ver a novela da televisão? Visitar um doente ou ir ao clube?

Os encarnados necessitam do trabalho material para sobreviver, têm o lar e a família, a responsabilidade de cada dia. Será que não terão tempo para tudo, se se organizarem? Tempo para o lazer indispensável ao corpo, mas também para dedicar-se à outra parte, a mais importante, ao espírito.

As facilidades das riquezas materiais são tentadoras, porém passageiras. As riquezas verdadeiras que adquirimos na vivência do bem, no estudo do Evangelho e da Doutrina Espírita, que estão nas Obras Básicas de Allan Kardec, acompanham-nos após a morte do corpo.

Felizes os corajosos que renunciam, mesmo que por poucas horas na semana, aos prazeres da matéria pelo trabalho espiritual, que é o tesouro que encontrarão um dia no plano espiritual.


Pelo Espírito: ANTÔNIO CARLOS
Psicografia: VERA LÚCIA MARINZECK DE CARVALHO
Do livro: SEJAMOS FELIZES

Frases


"Não perca tempo e serenidade, perante as prováveis decepções da estrada, porquanto aqueles que supõem decepcionar-nos estão decepcionando a si mesmos."

Espírito André Luiz




http://www.ger.org.br/index.html

domingo, 21 de dezembro de 2008

Tempo de Natal


Senhor Jesus!...
Ante o Natal
Que nos refaz na Terra o mais formoso dia,
Somos gratos a todos os irmãos,
Que te festejam,
Entrelaçando as mãos
Nas obras do progresso.

Vimos também trazer-te a nossa gratidão
Pela fé que acendeste
Em nosso coração.
Mas, se posso, Jesus, desejo expor-te
O meu pedido de Natal;
Falando de progresso, rogo-te, se possível,
Guiar os homens e as mulheres,
Sejam de qualquer nível,
Para que inventem, onde estejam,
Novos computadores
Que consigam contar
As crianças que vagam nos caminhos,
Sem apoio e sem lar,
E os doentes cansados e sozinhos,
Presos no espaço de ninguém,
Para que se lhes dê todo o amparo do Bem.

Auxilia, Senhor, a humana inteligência
A fabricar foguetes
Dentro de segurança que não erra,
Que possam transportar remédio,
alimento e socorro,
Onde a dor apareça atribulando a Terra.

Que o mundo te receba as bênçãos naturais
Doando mais amor aos animais,
Que nunca desampare as árvores amigas,
Não envenene os ares,
Nem tisne as fontes, nem polua os mares,
Que o ódio seja, enfim, esquecido, de todo,
Que a guerra seja posta nos museus,
Que em todos nós impere o imenso
amor de Deus.

Que o teu Natal se estenda ao mundo inteiro
E que, pensando em teu amor,
De cada amanhecer
Que todos resolvamos a fazer
Um dia novo de Natal...
E que, encontrando alguém,
Possamos repetir, tocados de alegria,
De paz, amor e luz:
Companheiro, bom dia,
Hoje também é dia de Jesus.


Maria Dolores
(Mensagem recebida por Francisco Cândido Xavier, no Grupo Espírita da Prece, em reunião pública da noite de 25 de setembro de 1982, em Uberaba - MG)

sábado, 20 de dezembro de 2008

ROGATIVA DO OUTRO


Sei que te feri sem querer, em meu gesto impensado.

Pretendias apoio e falhei, quando mais necessitavas de arrimo. Aguardavas alegria e consolo, através de meus lábios, e esmaguei-te a esperança...

Entretanto, volto a ver-te e rogo humildemente para que me perdoes.

Ouviste-me a palavra correta e julgaste-me em plena luz sem perceber o espinheiro de sombra encravado em minhalma. Reparaste-me o traje festivo, mas não viste as chagas de desencanto e fraqueza que ainda trago no coração.

Às vezes, encorajo muitos daqueles que me procuram, fatigados de pranto, não por méritos que não tenho e sim esparzindo os tesouros de amor dos espíritos generosos que me sustentam, contudo, justamente na hora em que me buscaste, chorava sem lágrimas nas últimas raias da solidão. Talvez por isso não encontrei comigo senão frieza para ofertar-te.

Revela-me o desespero quando me pedias brandura e desculpa-me o haver-te dado reprovação, quando esperavas entendimento.

Deixa, porém, que eu te abrace de novo e, então, lerás em meus olhos, estas breves palavras que me pararam na boca: perdoa-me a falta e tem dó de mim.

Meimei

(De "Ideal Espírita", de Francisco Cândido Xavier - autores diversos)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Campanha pró-DIVALDO FRANCO

Amigos,
A Revista Época está elaborando uma edição especial com os 100 brasileiros que mais se destacaram em 2008, pelo poder, pelo talento ou pelo exemplo moral.
A lista será elaborada pela redação, com base nas sugestões de leitores e de personalidades influentes.
Então iniciemos esta campanha em prol da indicação de Divaldo Franco, como exemplo de moral.

abaixo link

http://editora.globo.com/pesquisas/pesquisa_epoca_250908.htm

Vamos divulgar nas comunidades espíritas.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

No trato com o invisível


“E, chamando-os a si, disse-lhes por parábolas: Como pode Satanás expulsar Satanás?” – (Marcos, 3:23.)

Esta passagem do Evangelho é sumamente esclarecedora para os companheiros da atualidade que, nas tarefas do Espiritismo cristão, se esforçam por auxiliar desencarnados infelizes a se equilibrarem no caminho redentor. Ninguém aguarde êxito imediato, ao procurar amparar os que se perderam na desorientação.
É impossível dispensar a colaboração do tempo para que se esclareçam as personagens das tragédias humanas e, segundo sabemos, nem mesmo os apóstolos conseguiram, de pronto, convencer as entidades perturbadas, quanto ao realismo de sua perigosa situação. Todavia, sem atitudes esterilizantes, muito pode fazer o discípulo no setor dessas atividades iluminativas. Na
atualidade, companheiros devotados ao serviço ainda sofrem a perseguição dos adversários da luz, que lhes atribuem sombrio pacto com poderes perversos. O sectarismo religioso cognomina-os sequazes de Satanás, impondo--lhes torturas e humilhações.
No entanto, as mesmas objurgatórias e recriminações descabidas foram atiradas ao Mestre Divino pelo sacerdócio organizado de seu tempo. Atendendo aos enfermos e obsidiados, entregues a destrutivas forças da sombra, recebeu Jesus o título de feiticeiro, filho de Belzebu. Isso constitui significativa recordação que, naturalmente, infundirá muito conforto aos discípulos
novos.
Fonte: XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida, 21. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2001,cap.146, p. 307-308

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Harmonia com a natureza

Harmonia com a natureza

Utilizadas por culturas milenares, as propriedades mais sutis das plantas podem nos auxiliar em nosso equilíbrio psicoenergético, médiuns ou não, independente da religião

O trabalho de um médium é estudar sempre e se aprimorar para que possa servir à Luz. Os ensinamentos deixados por Allan Kardec, André Luiz, Ramatís e muitos outros autores iluminados, do lado de cá ou de lá, são norteadores do caminho a ser percorrido nesse processo evolutivo. Mas e quanto ao animismo, as capacidades do próprio espírito e seus poderes de autocura com base no amor consciente?

Muitos espíritas dedicados, às vezes nem se abrem à mais nova possibilidade de conhecer ou interagir melhor consigo mesmo, seja em projeção astral (o desdobramento), seja na manipulação energética de seus próprios chacras ou na emanação de luz e amor para a humanidade. Mas um médium, seja ele da que Religião for, nunca pode se esquecer que para servir melhor aos propósitos Divinos, deve evoluir pessoalmente, tratando-se, transformando-se, atuando na própria cura da alma. Muitos vão dizer, "mas que cura, não tenho doença alguma!". É bom lembrar que os desequilíbrios humanos, o ego e a cabeça fechada aos novos conhecimentos demonstra falta de cuidados com a própria alma. Além dos cuidados com o corpo físico, todo ser humano tem responsabilidades sobre suas emoções e pensamentos e sobre os reflexos e condicionamentos que possa causar a si mesmo.

Como médium consciente das minhas capacidades anímicas, trago a experiência de equilíbrio e cura, através dos recursos da natureza. Além dos óleos aromáticos, dos temperos naturais equilibradores, destaco os banhos de ervas.

Para que servem os banhos?

Muitos pensam que os banhos de ervas são exclusividade dos umbandistas e que por isso mesmo, devem ser somente banhos ritualísticos.

É importante compreender, cientificamente, para que servem os banhos de ervas e como é possível sua utilização sem qualquer vínculo religioso.

No livro Nosso Lar é André Luís quem relata sobre o tratamento com fluidos vegetais, em socorro ao espírito Ernesto, obsediado e adoentado, como mostra no capítulo 50 (veja box).

A energia das plantas (também conhecida como fitoenergética) pode causar uma verdadeira combinação química, elétrica e biorgânica em nosso ser, atuando sobre nossos campos debilitados e suas correspondências diversas.

Com ela, é possível vitalizar o físico, emocional, mental e espiritual, através da nossa aura e dos chacras (centros de força) e também pela química absorvida pela corrente sangüínea.

Estou destacando o uso do banho de ervas, não só porque trabalho e uso dessa terapêutica no meu dia-a-dia, mas porque vejo a presente má-informação e preconceito sobre o uso dos banhos. Se bem utilizado – e isso não tem nada a ver com a religião da pessoa – as plantas podem trabalhar energeticamente sobre aqueles desequilíbrios pessoais que tornam-se nossos pontos de assédios, cotidianamente.

Por exemplo, é comum nos tornarmos extremamente críticos em relação à humanidade. Mas quais são os pontos que mostram isso em nós mesmos? Uma fadiga mental, a ansiedade, uma incerteza constante, as angústias, a fragilidade e o medo, que sem querer parecem se enfatizar e várias outras coisas, minam nossos objetivos espirituais, nossa auto-estima e, conseqüentemente, nossa saúde.

Como espiritualistas, sabemos o que nos causam esse fatores comuns à maturação e ao crescimento pessoal. Mas por que não utilizamos os recursos de auxílio à cura fornecidos pela própria natureza?

É o preconceito que nos denuncia e empata a evolução. Não devemos ficar dependentes de nada, mas precisamos ser mais responsáveis sobre a nossa própria cura e evolução.

O ser humano não é solitário ou único nesse imenso universo. A evolução vegetal é co-criadora e está quintessênciada aos elementos naturais e aos processos de transformação também. Existe, de fato, a evolução mineral, vegetal, animal, hominal... Estamos todos juntos, cada um em seu grau evolutivo, e por que não podemos nos ajudar? O homem integrado à natureza, de forma responsável e consciente é nosso próximo passo.

O médium espírita precisa e pode se cuidar, curando e ampliando suas capacidades anímicas e se interligando a outros seres, como demonstra o espírito André Luiz em vários livros de sua autoria.

O banho de ervas, até como tratamento, não é de religião alguma, é da própria natureza. Se na Umbanda o utilizam, é porque os próprios espíritos desencarnados que se apresentam como pretos-velhos, caboclos, crianças etc, conhecem esses princípios e os utilizam largamente. Seus princípios iniciáticos estão relacionados a eles, mas não pode ser esse o motivo da não utilização correta e digna da energia vegetal também pelos espíritas.

Uso milenar

Medicinas como a Ayurvédica (hindu), a chinesa, a tibetana, o xamanismo, a medicina alopática e a homeopatia fazem uso desses recursos naturais há tempos. O uso correto e ético opera verdadeiros "milagres da natureza".

É chegado o tempo de não haver mais esses tipos de preconceitos que geram guerrilhas religiosas e discriminação. Como se vê num trabalho de cura de bom nível, no plano espiritual todos trabalham juntos com o que tem de melhor.

Podemos usar a energia da natureza como auxílio no tratamento de depressões, insônia, ansiedade, angústia e uma série de doenças crônicas.

Com bom senso e é claro, com o acompanhamento médico necessário, tratando o espírito e o corpo (já que as doenças se propagam do perispírito para o corpo físico), nós todos podemos crescer como médiuns e espíritos mais conscientes, e por isso mesmo, mais abertos e livres.

Afinal, como diria um espírito amigo da humanidade, precisamos ser amor e conhecimento em evolução.

A arte de defumar

No dicionário, defumar significa "queima, esp. sobre brasas, de ervas, resinas e raízes aromáticas (alecrim, benjoim, alfazema etc.) para perfumar ambientes; 2.1 essa mesma queima usada para espantar malefícios e atrair boa sorte".

O que o dicionário não diz é que a Ciência está em se utilizar dos princípios ativos das plantas e de suas correlações energéticas para transformar padrões e registros densos em sutis, alterando toda a vibração do ar e da energia do ambiente. O fogo também tem seu aspecto eólico que fica impregnado pelos vegetais colocados sobre a brasa.

Esse conhecimento é muito antigo e até hoje é utilizado pela Igreja, pelos umbandistas, rosa-cruzes, taoístas, tibetanos etc. Na Grécia Antiga, os sacerdotes tinha predileção pelas folhas de louro e no Antigo Egito pela artemísia, entre outras. As ervas utilizadas ordenam as novas energias.

No Brasil, uma das composições mais constantes é a de cravo, louro, benjoim, alfazema, alecrim, guiné e incenso.

O poder das ervas, segundo o espírito André Luiz - do livro Nosso Lar

"Comecei o trabalho procurando esclarecer os espíritos perturbados que se mantinham ligados ao doente. Mas tinha muita dificuldade, pois estava muito abatido. Lembrei o quanto seria bom ter a colaboração de Narcisa e tentei. Concentrei-me em profunda oração a Deus e, nas vibrações da prece, me dirigi a ela pedindo socorro. Contei-lhe, em pensamento, o que estava acontecendo comigo, informando minhas intenções de ajudar, e insisti para que não deixasse de me socorrer.

Foi então que aconteceu o que eu não esperava. Depois de 20 minutos, mais ou menos, quando eu ainda não havia terminado minha prece, alguém me tocou de leve no ombro. Era Narcisa, que me atendia sorrindo:

- Ouvi seu apelo, meu amigo, e vim ao seu encontro. Fiquei muito
feliz. A mensageira do bem olhou o quadro, compreendeu a gravidade da situação e disse:

- Não temos tempo a perder. Antes de qualquer coisa, aplicou passes de alívio ao doente, isolando-o das formas escuras, que se afastaram imediatamente.

Em seguida, me chamou decidida:

- Vamos à natureza.

Acompanhei-a sem vacilar e ela, notando meu espanto, disse:

- Não é só o homem que emite e recebe fluidos. As forças naturais
fazem o mesmo, nos vários reinos em que se subdividem. Para o caso do nosso doente, precisamos das árvores. Elas vão nos ajudar com eficiência.

Admirado com a nova lição, segui com ela em silêncio.

Quando chegamos a um local onde havia árvores enormes, Narcisa chamou alguém, com palavras que não pude entender. Logo em seguida, oito entidades espirituais atendiam ao chamado. Muito surpreso, vi Narcisa perguntar onde poderia encontrar mangueiras e eucaliptos. De posse da informação dos amigos, que eram totalmente estranhos para mim, a enfermeira explicou:

- Estes irmãos que nos atenderam são trabalhadores do reino vegetal.

E, diante da minha surpresa, concluiu:

- Como você vê, não existe nada inútil na casa de Deus. Em toda parte há quem ensine, se houver quem precise aprender. E onde surge uma dificuldade, surge também a solução. O único infeliz na obra divina é o espírito irresponsável que se condenou às trevas da maldade.

Em alguns minutos, Narcisa preparou certa substância com as
emanações do eucalipto e da mangueira e, durante toda a noite,
aplicamos aquele remédio ao doente, pela respiração comum e pelos poros.

Ele melhorou muito. Pela manhã, logo cedo, o médico afirmou,
muito surpreso:

- Ele teve uma reação incrível esta noite! Um verdadeiro milagre da natureza."


Artigo publicado na edição 41 da Revista Cristã de Espiritismo.

Ao usar, favor citar o autor e a fonte.

O MAL, O REMÉDIO E A CURA


Podemos estar enganados quando achamos que a origem de nossos males está em nosso organismo físico ou nas coisas externas. A causa das doenças morais e físicas estão mais no íntimo de cada um do que propriamente no corpo material. Este último é sem dúvida o local onde se manifestam as doenças que têm também origens psíquicas, emocionais ou espirituais.

Tornou-se uma prática comum os médicos receitarem tranqüilizantes para pessoas que estão com sintomas que aparentemente têm como causa anomalias num órgão digestivo, cardíaco etc. Sabem estes profissionais que se faz necessário atacar a causa. Porém, uma vez constatado o mal, lutam de todas as formas para equilibrar o paciente, principalmente medicando o ser para que ele não sofra tanto até que seja sanada a raiz da enfermidade.

Temos no Centro Espírita fatos semelhantes ao que ocorre no cotidiano das clínicas médicas. Referimo-nos às doenças de ordem espiritual, emocional e a busca à Casa Espírita para solucionar estes males. Ao chegarmos ali, queremos que nos tirem, num espaço curto de tempo, o mal que estamos vivenciando. Nada mais natural, para quem está sentindo na "pele" dramas terríveis. Ocorre que neste processo terá que haver a conscientização do ser para que haja uma melhora verdadeira.

A Casa Espírita orienta com base na Codificação Kardecista, tendo o dever de assistir o necessitado levando-lhe a orientação. O esclarecimento é primordial para nos mantermos equilibrados. No entanto, outros meios deverão ser usados para o auxílio dos enfermos ou simplesmente para ajudar aqueles que ali vão buscar um fortalecimento.

O Passe, por exemplo, sempre foi um poderoso complemento, pois é o remédio que ataca o efeito, aliviando-nos até que seja curada a raiz do mal. Ocorre porém, que alguns se enganam ao pensar que ele é a única solução. E outros erram em querer eliminá-lo por achar que ele nem sempre é necessário. Trata-se de um dever da Casa Espírita orientar o público, mostrando o que é esta energia, para que serve, e quais seus benefícios.

E o espírita, deve tomar Passe? Conhecendo a realidade humana, torna-se difícil dizer se este ou aquele não precisa receber um fortalecimento fluídico. Por mais que nos esforcemos, estamos longe de ter o equilíbrio desejado. Se o passe pode nos recompor, por que deixá-lo de lado? Qual o motivo? Medo da mistificação? Do ritualismo? De criarmos "Papa-passes"? Isso tudo não existirá se fizermos com responsabilidade.

O Passe é usado há milênios e mesmo na época de Jesus não era novidade. O Mestre fez uso desta prática levando auxílio e curando a muitos. Allan Kardec em diversos trechos de sua obra se refere à importância da transmissão desta energia.

Façamos uso do remédio que nos alivia, conscientes de que a cura virá a partir do momento que atacarmos a causa de nossos males: a ignorância espiritual.

Autor: Joel Marcos Figueiredo
(Fonte: Jornal Boa Nova - Edição: 17 - Março - Abril - 1998)

domingo, 14 de dezembro de 2008

DESBRAVAMENTO MEDIÚNICO


Eis o trato de selva, em cujo seio é forçoso rasgar a estrada por via de acesso à civilização.
Reúnem-se engenheiros e articulam-se planos.
Para logo se impõe o desbravamento.
Tratores, picaretas, enxadas, rolos e, por vezes, até dinamite são manejados, a benefício da construção, por operários dignos, mas ainda vinculados às vicissitudes humanas.
Depois de pedras e toras removidas, depois do chão batido e acertado, o carro do progresso, na rodovia, pode então transitar livremente.
Aproveitemos o símile para observar a iniciação mediúnica do tipo mais freqüente.
No campo da inexperiência humana, surge a pessoa com possibilidades de tarefa mediúnica mais imediata, atendendo-se à necessidade de mais um caminho de intercâmbio com a Espiritualidade Superior.
Reúnem-se os Espíritos Benevolentes e Sábios e formam-se projetos.
Impõe-se para logo o desbravamento.
Testes educativos, lições, reformas, disciplinas e, em muitas ocasiões, até mesmo grandes provas, em favor do candidato são manejados por entidades respeitáveis, mas ainda extremamente vinculadas à Terra.
Depois de extinta a ingenuidade negativa e afastados os caprichos pessoais, depois da mente preparada e habilitada a cooperar no serviço do bem, é que aparece a estrada espiritual de comunicação com o Plano Superior, de modo a ser devidamente entregue aos Mensageiros da Luz, que então nela transitam livremente.
Destaquemos, porém, a verdade que transparece do ensinamento vivo: é que a terra obedece ao homem para que se erga e conserve a benfeitoria destinada ao progresso e a tarefa mediúnica somente se desenvolve e persiste no homem, se o homem realmente quiser.

(De "Canais da Vida", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

sábado, 13 de dezembro de 2008

ESPERANDO POR TI


ESPERANDO POR TI


Cap.XII - Item 8 - O Evangelho segundo o Espiritismo


Antes de pronunciares a frase amarga que te explode no coração, tentando romper as barreiras da boca, pensa na Bondade de Deus, que te envolve por toda parte.


A Natureza é colo de mãe expectante...


Assemelha-se a luz celeste ao olhar do próprio amor que te segue, às ocultas, e o ar que respiras é assim como o sopro da ternura de alguém, a estender-te alimento invisível.


Tudo serve em silêncio, esperando por ti.


Abre-se a via pública, aos teus pés, à feição de amistoso convite, a água pura está pronta a mitigar-te a sede, o livro nobre aguarda o toque de tuas mãos para consolar-te, e o fruto, pendendo da árvore, roga, humilde, que o recolhas.


Pensa na Bondade de Deus e não digas a palavra que desencoraja-te ou amaldiçoe.


Cala-te, onde não possas auxiliar..Deixa que tua alma se enterneça, ajudando nas construções do Bem Eterno, que tudo nos dá, sem nada exigir.E compreenderás, então, que Deus te oferece a vida por Divina Sinfonia e que essa Divina Sinfonia pede que lhe dês também tua nota.


Meimei (Chico Xavier)(De "O Espírito da Verdade", de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira - Autores diversos)

Morrer não dói


É um equívoco afirmar, sobretudo o cristão, que não existe morte. Imortal é o espírito. O corpo que ele usa, em cada existência, morre e permanece na Terra enquanto a alma retorna ao mundo espiritual.


Com o tempo, os elementos corpóreos se reintegram em outros seres em sua volta, porque é da lei da Física que nada se perca, nada se acabe, tudo se transforme. "Nascer, morrer, renascer ainda, e progredir incessantemente, tal é a lei" - assim resume Allan Kardec a evolução do homem, no caminho de sua felicidade verdadeira e definitiva, o Reino dos Céus preconizado pelo Cristo.


A não ser para o suicida, que optou pelo desenlace antes do tempo, arrancando, abruptamente, do corpo a própria alma, antes de se completar seu novo ciclo, morrer não dói. A morte é um sono, disse o Nazareno, tão amigo da vida como da morte, na expressão de Humberto Rohden, um dos grandes pensadores cristãos deste século. Com a lógica de sua filosofia, Rohden pergunta: "Se for boa tua vida, como será má tua morte ? Não sabes que a morte é o corolário da vida ? Por que hesitaria a fruta madura em desprender-se da haste ? Por que desprenderia com dor o que amadureceu às direitas ?"


Em O Livro dos Espíritos se aprende que o corpo, quase sempre, sofre mais durante a vida do que no momento da morte. A alma nenhuma parte toma nisso. Os sofrimentos, que às vezes se experimentam no instante da morte, são, até mesmo, "um gozo para o Espírito", que vê chegar o fim do seu exílio. A separação nunca é instantânea. A alma se desprende gradualmente. O Espírito se solta pouco a pouco dos laços que o prendiam. Os laços se desatam, não se quebram. Não raro, na agonia, a alma já deixou o corpo, que nada mais tem do que vida orgânica. O homem não possui mais consciência de si mesmo e, não obstante, ainda lhe resta um sopro de vida.


Espíritos que partiram antes de nós se comunicam, todos os dias, na rotina dos trabalhos das casas espíritas, comprovando a imortalidade e confirmando a impressão que tiveram na passagem entre dois mundos distintos. Dormiram, para despertar aos poucos, no seu elemento natural que é o mundo espiritual. Atravessaram um período de perturbação para, no outro lado da vida, se encontrar consigo mesmo e com a plenitude da Infinita Bondade e da Justiça Divina.


Javier Godinho


(Fonte: Revista Espírita Allan Kardec)

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

NO SERVIÇO ASSISTENCIAL


NO SERVIÇO ASSISTENCIAL


*Desista de brandir o açoite da condenação sobre aspectos da vida alheia.


*Esqueça o azedume da ingratidão em defesa da própria paz.


*Não pretenda refazer radicalmente a experiência do próximo, a pretexto de auxiliá-lo.


*Remova as condições de vida e os objetos de uso pessoal, capazes de ambientar a humilhação indireta para os outros.


*Evite categorizar os menos felizes à conta de sentenciados à fatalidade do sofrimento.


*Não espere entendimento e ponderação do estômago vazio de companheiros necessitados.


*Aceite de boa mente os pequeninos favores com que alguém procure retribuir-lhe os gestos de fraternidade.


*Seja pródigo em atenções para com o amigo em prova maior que a sua, desfazendo aparentes barreiras que possam surgir entre ele e você.


*Conserve invariável clima de confiança e alegria ao contato dos companheiros de ideal e trabalho.


*Não recuse doar afeto, comunicabilidade e doçura, na certeza de que a violência é inconciliável com a bênção da simpatia.


*Sustente pontualidade em seus compromissos e nunca demonstre impaciência ou irritação.


*Dispense intermediários nas tarefas mais simples e cumpra o que prometer.


*Mantenha uniformidade de gentileza, em qualquer parte, com todas as criaturas.


*Recorde que o auxílio desorientado pode tornar-se prejuízo para quem o recebe e, acima de tudo, saiba sempre que a assistência fraterna é dever comum pois aquele que doa ao bem de si, recebe constantemente o bem de todos.


(De "Apostilas da Vida", de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito André Luiz)

sábado, 6 de setembro de 2008

EM TI PRÓPRIO

Não olvides que a civilização começa no esforço educativo de cada um.
***
Não podes, em verdade, fazer calar a maledicência, a derramar-se em chuva de lodo, mas podes silenciar a maldade em ti mesmo, abstendo-se de contribuir na extensão da crueldade.

***
Não te será possível vencer, a sós, a dominação da ignorância, contudo, aqui e ali, podes prestar uma informação valiosa e útil aos que desejam realmente aprender.

***
Não conseguirás corrigir de maneira total a influenciação da penúria, no entanto, podes estender as mãos e dividir com os necessitados o alimento de cada dia.

***
Não podes, efetivamente, curar todos os enfermos da estrada, mas é possível auxiliar ao companheiro doente com a gota de remédio ou com a palavra amiga.

***
Ninguém por si só retificará esse ou aquele atormentado setor do mundo, entretanto, ninguém está impedido de algo fazer no cultivo da fraternidade.

***
Não te impressionem os espetáculos de perturbação e sofrimento ainda reinantes na Terra e nem te confies ao julgamento apressado dos outros. Faze o bem que puderes.

***
Lembremo-nos de que o homem e a multidão recolhem indefectivelmente aquilo que semeiam...

***
Recordemos porém, que em nós mesmos uma nova humanidade e uma nova era indubitavelmente podem começar.

***
Cogitemos de nossa própria melhoria para que a vida melhore.

***
Reajustemo-nos para que a nossa paisagem social se reajuste.

***
E, guardando em nós mesmos a vigilância construtiva na preservação da luz e do bem, estejamos convencidos de que o Senhor fará o resto, em favor do mundo, porque toda vitória espiritual para a imortalidade é obra de amor e de educação.


(De: "Viajor", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

A DOUTRINA ESPÍRITA


Tu ansiavas pelos dias futuros e te angustiavas na incerteza de como seria esse porvir;a Doutrina Espírita iluminando-te, esclareceu que tua vida futura é fruto da tua construção, hoje, dos dias de amanhã.
Magoado, tu argüías a Divindade acerca das desilusões e desenganos advindos da falência dos teus mais caros afetos;a Doutrina Espírita ensinou-te que ressarces junto ao companheiro ingrato e faltoso, pesada dívida do teu passado delituoso.Entristecido, contemplavas com desânimo os filhos difíceis e recalcitrantes, e perguntavas: por quê?
A Doutrina Espírita, compassiva, respondeu-te que recebeste, como filhos, espíritos que necessitavam educação e amor para não desperdiçarem a oportunidade reencarnatória.
Temeroso, muitas vezes indagaste sobre as religiões e qual seria a verdadeira; a Doutrina Espírita mostrou-te a fé raciocinada, que enfrenta a razão face a face, e a religião sem medo ou enganos, que esclarece e educa, respondendo integralmente às tuas dúvidas.
Ainda nesse plano, quantas vezes te afligiste acerca da Justiça Divina, temeroso que eras das penas eternas; a Doutrina Espírita raiando em ti, clareou-te a lógica fazendo-te compreender que através da reencarnação tens a oportunidade, inestimável, de resgatar as dividas do passado e que não estás destinado, assim como ninguém, às penas eternas que, afinal, não existem.
Desse modo, a Doutrina libertou-te para o amor de Deus, nosso Pai amantíssimo, do qual és filho dileto.Assim, ao longo da tua convivência com a Doutrina Espírita descobriste e vislumbraste novos horizontes, que te libertaram dos atavismos religiosos, enquanto te consola dos temores e aflições pertinentes ao teu intimo. Sê grato a esta Doutrina de amor, esclarecimento, amparo e consolo.Honra a Doutrina abençoada, dignificando-a com os teus atos, evitando, por todas as maneiras, retornar aos hábitos displicentes e distraídos do teu passado recente.Ama a Doutrina Espírita e arrima-te a ela, o Consolador prometido que chegou para ti.
Lar Espírita Chico Xavier - (Espírito Amélia). Psicografado por Vera Cohim

EDUCAÇÃO


A sabedoria encontra mais facilidade na mente que já recebeu asbênçãos da educação.Embora o Espírito apresente características que falam alto, relativamente à sua condição evolutiva, a demonstração de padrões de educação evidencia as experiências que tenha vivenciado nas diversas oportunidades reencarnatórias porque tenha passado.Porém, a educação a que nos referimos é aquela que evidencia a aquisição dos valores contidos e preceituados pelo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
No dia-a-dia das experiências na intimidade do lar, identifica-se o nível de educação dos Espíritos que ali se agregam para o reajuste, o burilamento e o exercício cotidiano da tolerância, da fraternidade, para a conquista do amor.No lar, cada um deverá receber, de conformidade com as suas necessidades mais prementes na escala evolutiva, aquilo de que precisa com maior prioridade.A corrigenda das imperfeições do Espírito, quando ministrada com equilíbrio e amor, favorece a educação que ainda lhe falta, facilitando-lhe assim a caminhada.Por mais precária que seja a situação do Espírito no conjunto familiar,ele sempre estará exercitando valores, ainda que adormecidos na intimidade inconsciente.Por mais antagônicas que sejam as suas tendências, por mais adversos que sejam os seus relacionamentos, os Espíritos aglutinados no conjunto familiar estarão sempre assimilando os valores devidos que os levarão,inexoravelmente, aos patamares ocupados pelos que já vivenciam os padrões de educação que lhes favorecerão, sobremaneira, na conquista dos valores que caracterizam as almas redimidas.
De "Unidade do Lar", de João Nunes Maia, pelo Espírito Maria Nunes

ESPÍRITO E VIDA


As minhas palavras são espírito e vida - disse Jesus.
Concluímos dessa assertiva que a palavra do Senhor é dinâmica, crescendo em sabedoria, à medida que cresce a capacidade da nossa inteligência para melhor penetrá-la.
Não é como a palavra do homem, cujo sentido e cuja acepção se cristalizam no tempo e no espaço.Por isso mesmo as palavras humanas requerem reformas e modificações constantes. Elas permanecem na letra morta, tal como sucede às leis que refletem, as quais são boas para os dias em que foram instituídas, tornando-se insustentáveis em épocas posteriores. As leis divinas, conquanto imutáveis, possuem, todavia, certa plasticidade, adaptando-se a cada indivíduo, de acordo com o seu grau de evolução intelectual e moral.
Daí o dizer-se, com acerto, que os acontecimentos não são nossos, porém o modo como são recebidos é de caráter pessoal, variando de indivíduo para indivíduo. As leis que regem o sucedimento são irrevogáveis, mas os efeitos que determinam assumem modalidades e aspectos personalíssimos. Conhecemos casos de perdas de fortuna que arrastaram as vítimas ao desânimo, ou então ao desespero, culminando no suicídio. Outros, porém, que constituíram verdadeiro incentivo para as pessoas atingidas, as quais se tornaram, por isso, mais diligentes, agindo, então, com mais critério na direção de suas atividades econômicas e conquistando uma situação financeira superior àquela que haviam perdido. O fato é idêntico,mas a maneira de o receber foi distinta, resultando daí que a mesma causa determinas se conseqüências desastrosas para uns e benéficas para outros.
O que variou não foi a lei,foram, sim, as atitudes daqueles sobre os quais a lei incidiu.Outro tanto se verifica, quando da desencarnação de um ente querido. Esta ocorrência tem motivado descrenças e ceticismo em pessoas crédulas até então, e tem, a seu turno,constituído a iniciação de almas descrentes no conhecimento da verdade, acerca dos sublimes destinos do Espírito em sua gloriosa trajetória evolutiva. O mesmo sucede com relação a todas as demais provas e experiências por que passamos.Destarte, compreendemos perfeitamente o valor da prece, cujo objetivo não é alterar o curso da divina justiça, porém nos ajustar e entrosar na estrutura viva da soberana lei que regeos destinos; lei essa, sempre boa, porque concebida e delineada pela infinita sabedoria ao serviçodo infinito amor.
Sempre, pois, que nos reportarmos à inflexibilidade da Justiça e à imutabilidade da lei, não emprestemos a essas expressões o cunho férreo, irredutível, petrificado na letra morta, como sói acontecer com a palavra e as leis humanas.O Verbo Divino é espírito e vida: por isso mesmo prevalecerá para sempre, ainda que passem o céu e a terra, acompanhando e promovendo a evolução das almas.
(De: "Na escola do Mestre", de Vinícius)

sábado, 30 de agosto de 2008

"Significados do Amor" Chico Xavier

"Quando Chega a Hora" - Lucius por Zibia Gasparetto

Minha vida na outra vida


Pela primeira vez na história, um filme retrata, com fidelidade, lógica e respeito, a reencarnação, tema de interesse de milhões de pessoas em todo o mundo. Baseado em fatos reais relatos no livro autobiográfico de Jenny Cockell, Minha Vida na Outra Vida conta a história de Jenny, uma mulher do interior dos Estados Unidos, que tem visões, sonhos e lembranças de sua última encarnação, como Mary, uma mulher irlandesa que faleceu na década de 30. Intrigada, Jenny sai em busca de seus filhos da vida passada. Tem início uma jornada emocionante. Jenny é magistralmente interpretada pela renomada atriz Jane Seymour, de Em Algum Lugar do Passado. Só, que desta vez, não se trata de ficção, mas de realidade. Neste DVD, você pode ver o filme na versão dublada ou legendada. O DVD traz o filme com áudio original em inglês e legendas em português e também o áudio dublado em português.


Gente eu assisti, chorei muito, é muito lindo e emocionante, tenho certeza que vocês vão gostar.

LIÇÃO NO APÓLOGO


Na noite de 26 de janeiro de 1956, fomos agraciados com a visita de nosso amigo espiritual André Luiz, que nos ofereceu à meditação a página simples e expressiva que ele próprio intitulou "Lição no apólogo".

Diante das perturbações e das lágrimas que nos visitam cada noite o santuário de socorro espiritual, lembraremos velho apólogo, dezenas de vezes repetido na crônica de vários países do mundo e que, por pertencer à alma do povo, é também uma pérola da Filosofia a enriquecer-nos os corações.

Certo cavalheiro que possuía três amigos foi convocado a comparecer no fórum, de modo a oferecer solução imediata aos problemas e enigmas que lhe manchavam a vida, porquanto já se achava na iminência de terrível condenação.Em meio das dificuldades de que se via objeto, procurou os seus três benfeitores, suplicando-lhes proteção e conselho.Arrogante, replicou-lhe o primeiro:

- Mais não posso fazer por ti que obter-te uma roupa nova para que compareças dignamente diante do juiz.

Muito preocupado, disse-lhe o segundo:

- Não obstante devotar-te a mais profunda estima, posso apenas fortalecer-te e acompanhar-te até à porta do tribunal.

O terceiro, porém, afirmou-lhe humildade:

- Irei contigo e falarei por ti.

E esse último, estendendo-lhe os braços, amparou-o em todos os lances da luta e falou com tanta segurança e com tanta eloqüência em benefício dele, diante da justiça, que o mísero suspeito foi absolvido com a aprovação dos próprios acusadores que lhe observavam o processo.

Neste símbolo, temos a nossa própria história à frente da morte.Todos nós, diante do sepulcro, somos chamados a exame na Contabilidade Divina.E todos recorremos àqueles que nos protegem.O primeiro amigo, o doador de trajes novos, é o dinheiro que nos garante as exéquias.O segundo, aquele que nos acompanha até à porta do tribunal, é o mundo representado na pessoa dos nossos parentes ou na presença das nossas afeições mais queridas, que compungidamente nos seguem até à beira da sepultura.O terceiro, contudo, é o bem que praticamos, a transformar-se em gênio tutelar de nossos destinos, e que, falando em nós e por nós, diante da justiça, consegue angariar-nos mais amplas oportunidades de serviço, quando não nos conquista a plena liberação do Espírito para a Vida Eterna.

Atendamos assim ao bem, onde estivermos, agora, hoje, amanhã e sempre, na certeza de que o bem que realizamos é a única luz do caminho infinito e que jamais se apagará.

André Luiz(De "Vozes do Grande Além", de Francisco Cândido Xavier - Diversos Espíritos)

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

ENTRE A PEDRA E A MULHER


Puseram a mulher no meio e eles em volta, pedras na mão, pedras no olhar e o coração de pedra... Ela, encolhida, morta de vergonha, antecipa tremendo a primeira pedrada, pensando se será na testa ou se no rosto... no rosto de que sempre ela cuidou com tanta vaidade e com tanto esmero para ofertar aos beijos do pecado...Ah, que adiantam agora e de que servem pétalas de flor do prazer proibido que se vão transformar, brevemente, em pedradas?Mas por que não começam logo a cena hedionda em que adúlteros ferem uma adúltera em nome da pureza, em nome de Moisés e até em nome de Deus?...É que foram buscar Jesus para assistir como se faz justiça a uma pecadora.O mestre chega e, então, um astuto judeu de longas barbas, olhar parado e penetrante deserpente, com perfídias na voz, pergunta sorrateiro:

"Que dizes, Mestre? Esta mulher foi presa, ainda há pouco, em flagrante adultério!Moisés, o nosso pai, ordenou que essa laia fosse apedrejada".

Brilha um sorriso mau em todos os semblantes... está pronta a armadilha:

Se ele recomendar perdão para a infeliz, agirá contra a lei das escrituras, contra a lei de Moisés; se Ele mandar, porém, que a lei se cumpra, as pedras voarão sobre a mulher e Ele vai fracassar diante do povo, vai perder sua fama de bondade, tornando-se o advogado das pedradas o mesmo que se diz Paladino do amor!E agora "Seu Jesus"?... Sai dessa se puder!Puseram-te a perder entre a pedra e a mulher!

Jesus não se perturba. Inclina-se até o chão e começa a escrever com o dedo sobre a areia... Quem sabe o que escreveu?... Talvez revelações dos pecados de todos os presentes: talvez deixasse em letras, sobre a areia, a maldade interior dos que ali desejavam lavar, com mão impura, uma impureza alheia! O certo é que ao lerem as palavras riscadas sobre o solo, das mãos as pedras vão caindo inofensivas, pingando reticências de vergonha no incômodo silêncio que se fez...E, de cabeça, a partir dos mais velhos, vão todos se afastando do local e só fica Jesus diante da mulher, e só fica a inocência em face da impureza e só fica o pecado em face do perdão.Cristo não faz "sermão", não diz: "Olha em que deu a falta de vergonha! Afinal que lucraste noteu breve pecado? O prazer dura pouco, mas é longo o remorso! Então, valeu a pena? "Não diz isso porque seria uma pedrada e não tem pedra alguma o coração de Deus!Ele olhou a mulher com bondade e lhe disse:

"Mulher, pobre mulher, onde é que estão agora os que te ameaçavam? Ninguém te condenou?"

"Ninguém, Senhor", diz ela, arrancando uma voz quase inaudível do fundo da vergonha e doarrependimento...

"Pois nem eu te condeno! Agora vai em paz. Volta ao teu lar, mas nunca, nunca peques mais!"

Assim se desmontou uma armadilha e ficou, para sempre, comprovado que o coração de Deus é feito de ternura e o coração humano é, às vezes, pedra dura!

(De "Entre sem bater", de Heber Salvador de Lima).

DIANTE DA PAZ


Entendendo-se a paciência, à maneira de ciência da paz, não procures a paz, à distância, de vez que ela reside em ti mesmo.

-o-

A paz, no entanto, baseia-se na lei da troca que mantém o equilíbrio do Universo, através do binômio "dar e receber".Semeia a paz, a fim de que a recolhas.Quando te não seja possível providenciar a segurança do ambiente fustigado de inquietação, mentaliza a paz por intermédio da palavra e do pensamento.

-o-

Ante os enfermos, cala os assuntos suscetíveis de criar agitação e oferece-lhes a tranqüilidade, relacionando temas capazes de garanti-la; entretanto, se o verbo não te for facultado, envia idéias de reconforto e encorajamento aos doentes, diligenciando proteger-lhes as forças mentais, ameaçadas de desgoverno.Surpreendendo a discórdia, permanece com a verdade e aclara o caminho, mas emite pensamentos de paz, no rumo dos irmãos em contenda; e, se podes falar, pronuncia a frase edificante que consiga ajudar a extinguir os focos de perturbação ou desequilíbrio.

-o-

Renteando com alguma criatura menos feliz, por maiores sejam os motivos que a tornem pouco simpática, rememora os vínculos de fraternidade que nos unem fundamentalmente uns aos outros e procura ampará-la mentalmente, abençoando-lhe a presença com silenciosas mensagens de amor e renovação.

-o-

Se recebes notícias acerca das aflições e provas de alguém, endereça a esse alguém pensamentos de compreensão e consolo que lhe favoreçam o reajuste.

-o-

Conversando, acalma os que te ouvem.Escrevendo, articula imagens de otimismo e confiança, serenidade e alegria.

-o-

Lembrando amigos ou inimigos, envia-lhes votos de êxito nas tarefas e compromissos que abracem.-o-Seja a quem seja, auxilia como e quanto puderes, a fim de que todos os que se comunicam contigo permaneçam e paz e alegria.

-o-

Cada consciência, na Excelsa Criação de Deus, é núcleo de vida independente na Vida Imperecível.

-o-

Reflete na importância de tua própria imortalidade e recorda, onde estejas, que a paz de teu ambiente começa invariavelmente de ti.

(De "Rumo Certo", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Chegou a hora?


Só peru morre na véspera!" - diz o adágio popular, fazendo referência ao fato de que ninguém desencarna antes que chegue seu dia.Na realidade ocorre o contrário. Poucos cumprem integralmente o tempo que lhes foi concedido. Com raras exceções, o homem terrestre atravessa a existência pressionando a máquina física, a comprometer sua estabilidade.Destruímos o corpo de fora para dentro com os vícios,a intemperança, a indisciplina... O álcool, o fumo, o tóxico, os excessos alimentares, tanto quanto a ausência de exercícios, de cuidados de higiene e de repouso adequado, minam a resistência orgânica ao longo dos anos, abreviando a vida física.

Destruímos o corpo de dentro para fora com o cultivo de pensamentos negativos, idéias infelizes, sentimentos desequilibrantes,envolvendo ciúme, inveja, pessimismo, ódio, rancor, revolta...

Há indivíduos tão habituados a reagira com irritação e agressividade, sempre que contrariados, que um dia "implodem" o coração em enfarte fulminante. Outros "afogam" o sistema imunológico num dilúvio de mágoas e ressentimentos,depressões e angústias, favorecendo a evolução de tumores cancerígenos.Tais circunstâncias fatalmente implicarão em problemas de adaptação, como ocorre com os suicidas. Embora a situação dos que desencarnam prematuramente em virtude de intemperança mental e física, seja menos constrangedora, já que não pretendiam a morte, ainda assim responderão pelos prejuízos causados à máquina física, que repercutirão no perispírito, impondo-lhes penosas impressões.

Como sempre, tais desajustes refletir-se-ão no novo corpo,quando tornarem à experiência reencarnatória, originando deficiências e males variados que atuarão por indispensáveis recursosde reajuste.Não somos proprietários de nosso corpo. Usamo-lo em caráter precário, como alguém que alugasse um automóvel para longa viagem. Há um programa a ser observado, incluindo roteiro,percurso, duração, manutenção. Se abusamos dele, acelerando-o com indisciplinas e tensões, envenenando-o com vícios, esquecendo os lubrificantes do otimismo e do bom ânimo, fatalmente ver-nos-emos às voltas com graves problemas mecânicos. Além de interromper a viagem, prejudicando o que fora planejado, seremos chamados a prestar contas dos danos provocados num veículo que não é nosso.No futuro, em nova "viagem", provavelmente teremos um"calhambeque" com limitações variadas, a exigir maior soma de cuidados, impondo-nos benéficas disciplinas.


(De "Quem tem medo da morte?", de Richard Simonetti)

Caminhando com Jesus


Segues, com o passo acelerado, o caminho que traçaste para ti;
Destemido, olhas ao teu redor, como que desafiando os que intentam seguir-te;
Sempre cauteloso, desvias-te das armadilhas que pressentes em torno de ti;
Se, por acaso, te chamam, evitas parar a fim de não te atrasares.
Segues, assim, confiante, apressado e improdutivo.
Experimenta diminuir a marcha acelerada, e deixa desafogar o olhar;
abandona a posição defensiva em que te colocas.
Ampara o irmão que sofre bem ao teu lado;
sê para ele o abençoado bordão, ao qual ele poderá arrimar-se.
É meritória a tua pressa em alcançar os nobres objetivos a que te propuseste, mas, hoje, em que a luz do Evangelho já clareia o teu caminho, não podes mais, ou não deves mais, seguir sozinho.
Seguir, sim, naturalmente, mas seguir com Jesus, olhando para os que estão à margem da vida, para auxiliá-los.
Muitos já passaram por ti e te ajudaram; faze o mesmo.
Não cogites sobre atrasos, nem desperdices oportunidades.
Os que caminham praticando o Bem, nunca se atrasam.
Ao contrário, toda ação boa, praticada, gera, sem dúvida nenhuma, progresso evolutivo.
Almejas a reforma moral, assim como desejas alcançar a paz na Vida espiritual;
pois, então, inicia pela ação construtiva do amor ao próximo.
A vida, construída em torno do amor, da caridade e da fé, é progresso ascensional na caminhada.
Os que andam apressados e indiferentes às necessidades do próximo, atrasam os planos de Deus para com eles.
Os que encontram Jesus e O amam, empreendem, de imediato, a modificação dos hábitos; aprendem a servir e anseiam auxiliar os sofredores.
A construção dessa nova perspectiva, dessa nova visão, deve ser a meta de todo cristão.
Almejar apenas a reta de chegada é esquecer de caminhar, firme e constantemente.
Se temes as armadilhas do caminho, protege-se delas pela sólida aplicação do Evangelho.
Divulga o que aprendeste, auxilia os que te estendem as mãos, e verás que Jesus, o divino peregrino, te acompanhará. Confia n' Ele e segue sereno.
(Mensagem do Espírito Amélia, psicografado por Vera Cohim, no Lar Espírita Chico Xavier).

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Para meditar


Achei este pensamneto do Dalai Lama perfeito, isso realmente dá pra meditar, refletir e concluir sobre nossas vidas...


Perguntaram ao Dalai Lama:


"O que mais te surpreende na Humanidade?"


E ele respondeu:


"Os homens... Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde.E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido."

(Dalai Lama)

domingo, 10 de agosto de 2008

AGORA É O TEU MOMENTO


Não te detenhas no passado.
Não pares, contemplativo, visualizando o futuro.
Hoje, agora, é o teu momento, o que te deve interessar.
O produto do ontem, sem que te apercebas nem te esforces para tal, está presente para seincorporar no agora, como preparação para o daqui a pouco.
Vive bem este momento presente.
Absorve as gotas preciosas que a vida faz destilar para ti.
Não percas uma só dessas gotas.Vive normalmente, mas desejoso de adquirir o alimento espiritual que te fará mais forte, maiscompreensivo, para que possas amar muito e indistintamente.
Este deve ser o teu propósito.Apaga da memória os quadros que te pareceram desagradáveis, reconhecendo que, narealidade, esses quadros não foram mais que o esboço para uma obra de arte que figurará nomuseu da espiritualidade.
Banha-te a cada momento nas águas cristalinas do amor divino. Não permitas que a lama dospensamentos negativos conspurque a beleza que existe em tudo, quando se têm "olhos de ver eouvidos de ouvir".Não esperes encontrar a perfeição na face da Terra e, sobretudo, não te julgues em nadasuperior a qualquer de teus irmãos de jornada terrena, ainda que eles sejam uns depravados.
Cristo jamais se afastou dos pecadores. Ele, todo pureza, perdoou a mulher adúltera, dirigiupalavras sábias e profundas à mulher samaritana e, quando censurado por seus discípulos,respondia: "Não vim para os sãos e sim para os doentes".Ele, maior de todos, tornava-se pequeno e humilde e não se recusava a nenhum convitedaqueles que sabia seus perseguidores.
Não são nossas palavras nem nossos atos aparentes que pesarão na balança da eternidade, masnosso verdadeiro ser, aquilo que somos por dentro. Os atos e palavras podem sair camuflados.
A mistificação pode ser tão perfeita que consigamos reunir em torno de nós uma onde deadmiradores, mas se dentro de nós não há sinceridade, não há amor, se emborainconscientemente empanamos a verdade pela vaidade de nos apresentarmos bemparamentados de palavras e atos, então não adianta perder tempo em enganar os outros,porque os mais enganados seremos nós mesmos.
Vive a tua vida procurando perceber nos teus atos e palavras o que de real contêm, e quandodescobrires que o teu comportamento não condiz com tuas aspirações espirituais, não teentregues ao remorso que retarda a caminhada; ora, expõe ao Pai que está em ti a dificuldadeque ainda tens de te externares sem artifícios e Ele te enviará reforços; estarás, assim, equipadopara tentar novamente as experiências até então mal sucedidas.Aquele que consegue alcançar um degrau mais alto na espiritualidade não mais aceita prosélitos eensina que cada um deve viver por si as suas próprias experiências, que não podemos servir demodelo para ninguém nem estamos à altura de termos seguidores.
Só Jesus é o mestre, e aquele que o segue, cumprindo o "amai-vos uns aosoutros", esse pode viver independentemente, vendo no universo a sua pátria e em cadasemelhante um irmão.Faze isto agora. Liberta-te do sentimentalismo que nos faz sofrer tanto e espalha sofrimento aonosso redor.Não te prendas a nada e a ninguém, e ama a todos e a tudo.Agora é o teu momento.

(De "Eu sou o caminho", de Cenyra Pinto)

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Prece


Senhor!...

enquanto o tempo se renova

Nos vastos horizontes deste dia,

Aspiro a ser, onde me colocares,

A lembrança da paz e da alegria.

Ante a explosão de amor com que envolves o mundo,

Deixa que eu seja um raio de esperança

A todo coração desalentad

Que procura encontrar-se e ainda não te alcança.

Que eu tenha os próprios braços no socorro

À penúria de todos os matizes.

Entretanto, Senhor, faze de mim também a palavra de fé

Levantando na estrada os tristes e infelizes.

Converte-me a visão em caridade,

Dá-me o dom de servir sem perguntar a quem,

Conserva-me na escola do dever,

Faze de minhas mãos artífices do bem.

Ampara-me, Senhor, para que me transforme,

Na seara da vida e seja com quem for,

Num singelo canteiro de trabalho

A bendizer-te a luz e a florir-se de amor!...



Maria Dolores(De "Mãos marcadas", de Francisco Cândido Xavier - Espíritos diversos)

terça-feira, 8 de julho de 2008

Poemas de paz


A paisagem sofrida pela tempestade respondeu à destruição com a paz
do reverdecimento do campo logo depois.
*
O silêncio da renúncia é a única melodia capaz de fazer coral junto
ao canto da paz vitoriosa sobre a aflição vencida.
*
Embora chorando de compaixão, a piedade transformou as mãos em duas
alavancas de caridade e resolveu o problema da dor, esparzindo a esperança
da paz.
*
Somente aquele que se esvazia de egoísmo se pode encher de paz.
*
Os heróis que não lutaram deslustram o nome que ostentam; os
cristãos que não se deram ignorarão as láureas da paz.
*
Passada a superlativa dor da delivrança, a parturiente sorri, em
repouso de paz pela glória de ser mãe.
*
Na tormentosa aridez do deserto o feneco é como o atestado do amor
de Deus, em forma de vida, cantando a paz do existir.
*
Recapitula e consolidas; consolidas e produzes. Produzir com Cristo
é assegurar-se e, assim sendo, bem produzindo adquires a paz que em ti mesmo
produzirá o bem.

(De "Poemas de Paz", de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Simbá)

"Quando Chega a Hora" - Lucius por Zibia Gasparetto

segunda-feira, 23 de junho de 2008

MEDIUNIDADE ÚTIL‏


Evita discussões insensatas, genealogias, contendas, e debates sobre a lei; porque não têm utilidade e são inúteis." - Tito, cap. 3 - v.9


A mediunidade, seja qual for a maneira por que se expresse, há de ter uma finalidade útil. Sinceramente, é de pouca valia o cultivo da faculdade medianímica que não se aproveita em benefício do próximo.

A mediunidade que não esclarece, não consola e nada edifica, a nosso ver, respeitosamente, deve ser posta de lado, porquanto são muitos os tarefeiros espírita que se anulam, em sua capacidade de trabalho, absorvendo quase todo o seu tempo disponível com práticas mediúnicas improdutivas.Não raro, o processo de desenvolvimento mediúnico carece de ser repensado e retomado em outros níveis.

O medianeiro de bom senso, que se auto-analisa, sabe detectar quando a sua produção está deixando a desejar e não tem receio algum de permutar a sua lida ostensiva na mediunidade por uma outra ocupação de natureza espiritual mais discreta.

Em mediunidade, é necessário saber discernir quando se deve continuar insistindo ou não.Alguns médiuns seriam bem mais úteis à Doutrina, se canalizassem os seus recursos para atividades que o libertassem do anseio de se equipararem a companheiros com tarefa definida no campo da mediunidade.

Não é necessário que a mediunidade se manifeste ostensivamente em alguém, para que ele seja considerado médium. Quanto mais ostensiva a mediunidade, mais características tem de obsessão.

Torna-se indispensável que o médium não se conflite com os seus dons. De sua harmonização com eles, depende todo o processo de seu aprimoramento.Quando falamos e insistimos em perseverança na mediunidade, evidentemente que não estamos excluindo a lógica. Se não houver, digamos, vocação para a mediunidade, melhor não prosseguir.

E - coisa curiosa -: quando, por vezes, o médium abre mão de ser médium, então é que a mediunidade se manifesta com espontaneidade.A faculdade mediúnica conta com muitos entraves psicológicos a partir do próprio medianeiro.A opção correta, que deve nortear o médium em seu desenvolvimento, é aquela que o motive à prática do bem incondicional - veja a mediunidade como se fosse uma árvores, cujos frutos produzidos por ela a transcendem em importância e significado.

Técnicas de sintonia mediúnica, de concentração, de relaxamento psíquico, de harmonização vibratória, de introspecção, convenhamos, são excessivamente místicas e teóricas, tendendo ao fanatismo e ao desequilíbrio.

Em mediunidade, a técnica não funciona. Nenhum campo de atividades espirituais demanda maior conhecimento prático do que teórico, quanto o da mediunidade. Isto não quer dizer de maneira alguma - repetimos em alto e bom som - que o estudo deve ser desconsiderado. Não depreendam isto de nossas palavras.

O que combatemos é a teoria em detrimento da vivência.Paulo falou a Tito com base em sua experiência de vida. Ele sabia que "contendas e debates sobre a lei" eram fúteis.

Os malabaristas da palavra nem sempre sabem o que fazer com as mãos...Se a árvore boa é a que produz bons frutos, mediunidade boa é a que oferece resultados práticos no consolo e no esclarecimento.


(De "No mundo da mediunidade", de Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Odilon Fernandes)