sábado, 6 de setembro de 2008

EM TI PRÓPRIO

Não olvides que a civilização começa no esforço educativo de cada um.
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Não podes, em verdade, fazer calar a maledicência, a derramar-se em chuva de lodo, mas podes silenciar a maldade em ti mesmo, abstendo-se de contribuir na extensão da crueldade.

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Não te será possível vencer, a sós, a dominação da ignorância, contudo, aqui e ali, podes prestar uma informação valiosa e útil aos que desejam realmente aprender.

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Não conseguirás corrigir de maneira total a influenciação da penúria, no entanto, podes estender as mãos e dividir com os necessitados o alimento de cada dia.

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Não podes, efetivamente, curar todos os enfermos da estrada, mas é possível auxiliar ao companheiro doente com a gota de remédio ou com a palavra amiga.

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Ninguém por si só retificará esse ou aquele atormentado setor do mundo, entretanto, ninguém está impedido de algo fazer no cultivo da fraternidade.

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Não te impressionem os espetáculos de perturbação e sofrimento ainda reinantes na Terra e nem te confies ao julgamento apressado dos outros. Faze o bem que puderes.

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Lembremo-nos de que o homem e a multidão recolhem indefectivelmente aquilo que semeiam...

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Recordemos porém, que em nós mesmos uma nova humanidade e uma nova era indubitavelmente podem começar.

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Cogitemos de nossa própria melhoria para que a vida melhore.

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Reajustemo-nos para que a nossa paisagem social se reajuste.

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E, guardando em nós mesmos a vigilância construtiva na preservação da luz e do bem, estejamos convencidos de que o Senhor fará o resto, em favor do mundo, porque toda vitória espiritual para a imortalidade é obra de amor e de educação.


(De: "Viajor", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

A DOUTRINA ESPÍRITA


Tu ansiavas pelos dias futuros e te angustiavas na incerteza de como seria esse porvir;a Doutrina Espírita iluminando-te, esclareceu que tua vida futura é fruto da tua construção, hoje, dos dias de amanhã.
Magoado, tu argüías a Divindade acerca das desilusões e desenganos advindos da falência dos teus mais caros afetos;a Doutrina Espírita ensinou-te que ressarces junto ao companheiro ingrato e faltoso, pesada dívida do teu passado delituoso.Entristecido, contemplavas com desânimo os filhos difíceis e recalcitrantes, e perguntavas: por quê?
A Doutrina Espírita, compassiva, respondeu-te que recebeste, como filhos, espíritos que necessitavam educação e amor para não desperdiçarem a oportunidade reencarnatória.
Temeroso, muitas vezes indagaste sobre as religiões e qual seria a verdadeira; a Doutrina Espírita mostrou-te a fé raciocinada, que enfrenta a razão face a face, e a religião sem medo ou enganos, que esclarece e educa, respondendo integralmente às tuas dúvidas.
Ainda nesse plano, quantas vezes te afligiste acerca da Justiça Divina, temeroso que eras das penas eternas; a Doutrina Espírita raiando em ti, clareou-te a lógica fazendo-te compreender que através da reencarnação tens a oportunidade, inestimável, de resgatar as dividas do passado e que não estás destinado, assim como ninguém, às penas eternas que, afinal, não existem.
Desse modo, a Doutrina libertou-te para o amor de Deus, nosso Pai amantíssimo, do qual és filho dileto.Assim, ao longo da tua convivência com a Doutrina Espírita descobriste e vislumbraste novos horizontes, que te libertaram dos atavismos religiosos, enquanto te consola dos temores e aflições pertinentes ao teu intimo. Sê grato a esta Doutrina de amor, esclarecimento, amparo e consolo.Honra a Doutrina abençoada, dignificando-a com os teus atos, evitando, por todas as maneiras, retornar aos hábitos displicentes e distraídos do teu passado recente.Ama a Doutrina Espírita e arrima-te a ela, o Consolador prometido que chegou para ti.
Lar Espírita Chico Xavier - (Espírito Amélia). Psicografado por Vera Cohim

EDUCAÇÃO


A sabedoria encontra mais facilidade na mente que já recebeu asbênçãos da educação.Embora o Espírito apresente características que falam alto, relativamente à sua condição evolutiva, a demonstração de padrões de educação evidencia as experiências que tenha vivenciado nas diversas oportunidades reencarnatórias porque tenha passado.Porém, a educação a que nos referimos é aquela que evidencia a aquisição dos valores contidos e preceituados pelo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
No dia-a-dia das experiências na intimidade do lar, identifica-se o nível de educação dos Espíritos que ali se agregam para o reajuste, o burilamento e o exercício cotidiano da tolerância, da fraternidade, para a conquista do amor.No lar, cada um deverá receber, de conformidade com as suas necessidades mais prementes na escala evolutiva, aquilo de que precisa com maior prioridade.A corrigenda das imperfeições do Espírito, quando ministrada com equilíbrio e amor, favorece a educação que ainda lhe falta, facilitando-lhe assim a caminhada.Por mais precária que seja a situação do Espírito no conjunto familiar,ele sempre estará exercitando valores, ainda que adormecidos na intimidade inconsciente.Por mais antagônicas que sejam as suas tendências, por mais adversos que sejam os seus relacionamentos, os Espíritos aglutinados no conjunto familiar estarão sempre assimilando os valores devidos que os levarão,inexoravelmente, aos patamares ocupados pelos que já vivenciam os padrões de educação que lhes favorecerão, sobremaneira, na conquista dos valores que caracterizam as almas redimidas.
De "Unidade do Lar", de João Nunes Maia, pelo Espírito Maria Nunes

ESPÍRITO E VIDA


As minhas palavras são espírito e vida - disse Jesus.
Concluímos dessa assertiva que a palavra do Senhor é dinâmica, crescendo em sabedoria, à medida que cresce a capacidade da nossa inteligência para melhor penetrá-la.
Não é como a palavra do homem, cujo sentido e cuja acepção se cristalizam no tempo e no espaço.Por isso mesmo as palavras humanas requerem reformas e modificações constantes. Elas permanecem na letra morta, tal como sucede às leis que refletem, as quais são boas para os dias em que foram instituídas, tornando-se insustentáveis em épocas posteriores. As leis divinas, conquanto imutáveis, possuem, todavia, certa plasticidade, adaptando-se a cada indivíduo, de acordo com o seu grau de evolução intelectual e moral.
Daí o dizer-se, com acerto, que os acontecimentos não são nossos, porém o modo como são recebidos é de caráter pessoal, variando de indivíduo para indivíduo. As leis que regem o sucedimento são irrevogáveis, mas os efeitos que determinam assumem modalidades e aspectos personalíssimos. Conhecemos casos de perdas de fortuna que arrastaram as vítimas ao desânimo, ou então ao desespero, culminando no suicídio. Outros, porém, que constituíram verdadeiro incentivo para as pessoas atingidas, as quais se tornaram, por isso, mais diligentes, agindo, então, com mais critério na direção de suas atividades econômicas e conquistando uma situação financeira superior àquela que haviam perdido. O fato é idêntico,mas a maneira de o receber foi distinta, resultando daí que a mesma causa determinas se conseqüências desastrosas para uns e benéficas para outros.
O que variou não foi a lei,foram, sim, as atitudes daqueles sobre os quais a lei incidiu.Outro tanto se verifica, quando da desencarnação de um ente querido. Esta ocorrência tem motivado descrenças e ceticismo em pessoas crédulas até então, e tem, a seu turno,constituído a iniciação de almas descrentes no conhecimento da verdade, acerca dos sublimes destinos do Espírito em sua gloriosa trajetória evolutiva. O mesmo sucede com relação a todas as demais provas e experiências por que passamos.Destarte, compreendemos perfeitamente o valor da prece, cujo objetivo não é alterar o curso da divina justiça, porém nos ajustar e entrosar na estrutura viva da soberana lei que regeos destinos; lei essa, sempre boa, porque concebida e delineada pela infinita sabedoria ao serviçodo infinito amor.
Sempre, pois, que nos reportarmos à inflexibilidade da Justiça e à imutabilidade da lei, não emprestemos a essas expressões o cunho férreo, irredutível, petrificado na letra morta, como sói acontecer com a palavra e as leis humanas.O Verbo Divino é espírito e vida: por isso mesmo prevalecerá para sempre, ainda que passem o céu e a terra, acompanhando e promovendo a evolução das almas.
(De: "Na escola do Mestre", de Vinícius)