domingo, 31 de maio de 2009

Estudo sobre Desobsessão - Comportamento do Médium diante do Serviço


O grupo espírita deve ser comparado a uma pequena família de afins espirituais, cuja finalidade é a de ajudar-se individual e coletivamente. Os nossos passos dentro do grupo deverão ser regidos pelo cuidado, meditação e comentários, para que obtenhamos melhor aproveitamento e desempenho nos trabalhos realizados.

É opinião dos espíritos da Casa que todos os médiuns aprendam a dar passes para melhor desenvolverem sua sensibilidade e criarem afinidade com os espíritos amigos e trabalhadores da Casa.

Cada médium deverá entrosar-se o máximo possível com o companheiro de serviço, procurar conhecê-lo nas mínimas ações e reações diante de uma situação, esforçando-se por lhe adivinhar os pensamentos.

O ambiente deverá estar sempre em vibração positiva por meio da oração constante que cada um fará em prol do alívio, compreensão e boa vontade do sofredor.

Devido a agitação e desequilíbrio existentes no espírito sofrido e da energia encontrada no médium de incorporação, difícil se torna por vezes, a este mesmo médium, conter o socorrido em suas gritarias, batidas na mesa e atos de revolta; nesse caso caberá ao auxiliar do doutrinador, o médium de incorporação com força e deixar que o espírito se esgote, para que mais sereno, ele, o espírito, possa receber os passes de refrigério que lhe serão aplicados pelo médium de apoio.

Em se tratando, porem, de espírito excessivamente agitado, enquanto o médium de apoio segura firme o médium de incorporação, o doutrinador deverá anular um pouco seus movimentos, fazendo uma ligeira pressão na nuca ou na parte superior do crânio do médium de incorporação, pontos especiais de intercâmbio entre o médium e o espírito. Essa medida só poderá ser tomada como recurso de caso extremo, onde a atitude do espírito, traga embaraços para o médium de incorporação.

A reunião de desobsessão por ser muito especial, requer ajuda por meio de irradiação de amor e tranquilidade vindas de todos os componentes, atuando como pilhas fluídicas em atendimentos aos socorridos.

A irradiação são emanações mentais, em ondas vibrantes de luz, paz e amor, derramadas como um bálsamo sobre todo o ambiente; para irradiarmos dessa forma, é preciso que façamos sempre exercícios de concentração a fim de podermos emitir a todos os irmãos menos afortunados, nossos pensamentos mais sublimados no intuito de amenizar-lhes as dores e sofrimentos.

É preciso que os participantes da reunião de desobsessão, tenham inteira confiança nos seus mentores, nos espíritos amigos e dirigentes da casa e nos seus companheiros de serviço, fazendo da convicção um ponto de apoio à afirmação do seu trabalho mediúnico.

O medo ou escrúpulo injustificado mantidos pelo médium de incorporação, além de prejudicar os trabalhos de assistência aos necessitados, serve de entrave ao aprimoramento dele próprio,a crisolando-o a indecisões que o levarão a irremediáveis erros futuros.

O silêncio é a medida preciosa que se toma para defender o equilíbrio vibratório do grupo, ajudando-o a uma concentração forte e segura como a de uma corrente de energia, a qual mantém seu circuito fechado vibrando uníssono e harmonioso ao redor de determinada área.

Outrossim, devemos levar em conta o quanto desagradável é, ver-se o irmão socorrido adotar essa posição de silêncio da qual na maioria das vezes o doutrinador desavisado se deixa envolver, perdendo tempo precioso que deveria ser empregado na doutrinação, esperando por sua vez que o espírito se manifeste. Nesse caso devemos contar com a ajuda do médium de apoio que virá em socorro do doutrinador fazendo uma prece a fim do mesmo reequilibrar-se despertando do seu envolvimento.

Podemos levar em conta, também, a participação do doutrinador que atento à todas as tarefas em execução, suprirá faltas como essas não deixando que se perca o trabalho, e nem se fuja a finalidade do mesmo.

Cabe ao doutrinador chamar atenção dos médiuns de incorporação no intuito de auxiliá-los quanto a maneira de conduzirem os trabalhos, alertando-os a uma mudança de gestos ou atitudes com a finalidade de maior rendimento dos serviços.

Todos os participantes deverão estar vigilantes a troca de mentores, tornando-se maleáveis aos mesmos, não criando embaraços para a condução dos trabalhos. As simples dúvidas surgidas sobre quem vai dirigir os trabalhos ou sobre qual o espírito presente, acarreta uma série de dificuldades aos serviços, pois a mente dispersa nesse sentido deixa de atuar com o grupo, é, pois, na observância desse ponto que os participantes devem se esforçar ao máximo para manterem a mente voltada ao trabalho mediúnico.

De cada um vai depender o máximo ou mínimo de aproveitamento dos serviços em que se desdobra a espiritualidade o grupo inteiramente harmonizado completará o trabalho começado, e sustentado pelos espíritos.

A harmonia do grupo só existirá quando houver simplicidade nos atos, humildade nas ações e amor fraterno em receber sem melindres, dos companheiros de trabalho, toda e qualquer observação no sentido de lhe ampliar os conhecimentos e elevar seu padrão mediúnico, explorando ao extremo as vantagens de que dispõe. É nesse esforço individual que o grupo deve manter-se coeso para desempenhar o tão com plicado serviço mediúnico de desobsessão.

Altivo Carissimi Pamphiro
(Artigo retirado da Revista Estudos Espíritas - Out. a Dez de 2001 - Edições Léon Denis)

sábado, 30 de maio de 2009

ARAR ORANDO


Narra Leão Tolstoi que um sacerdote convidou um lavrador a orar, e este, que se encontrava na gleba laborando, respondeu não poder acompanhá-lo à oração porque arava. Após meditar, obtemperou o ministro da fé religiosa: fazes bem, pois que arar é também orar...

A estória criada pelo eminente filósofo e moralista cristão tem plena aplicação na atualidade.

Ante um mundo aturdido qual o dos nossos dias, a cada instante espíritos desarvorados bradam: mais ação, menos oração. Deixemos a prece, usemos o trabalho. A miséria necessita de pão e socorro, não de palavras e orações...

Hoje, no entanto, como em todos os tempos, o utilitarismo esquece a previdência e o instantâneo é responsável pelas conseqüências funestas e graves, que advirão mediatas.

Sem dúvida, a ação edificante é geratriz da mecânica do progresso e da felicidade dos povos. Todavia, convém não olvidarmos que a oração é o lubrificante da máquina da vida.

Nem oração sem ação, nem atividade sem prece.

A medida ideal, evidentemente, será orar antes de atuar para que a ação imprevidente não conduza o desassisado à oração do desespero.

Fala-se muito em miséria social, em abandono social, em desespero social. Fala-se apenas, e, quando se age, ao invés de operar no sentido da produção do bem e da paz, muitos se precipitam no desequilíbrio, gerando ódio e anarquia. Dos escombros, porém, o soerguimento de qualquer ideal é muito mais difícil senão doloroso e demorado.

Com ponderação afirmamos que nada pior do que o idealismo desenfreado a estrugir nas mentes imaturas de muitos homens.

Nesse sentido, faz-se recomendável a reflexão e em particular a oração que enseja intercâmbio com as fontes luminosas da vida, produzindo equilíbrio e inspiração para o desenvolvimento da ação. Arar, pois, é orar também.

O solo sulcado, a terra preparada, o grão na cova e a vigilância do lavrador, por melhores condições em que se encontrem, dependem dos recursos divinos a se manifestarem no sol, na chuva ou nos granizos e no vento...

Levantemo-nos, quanto possível, através da oração lenificadora e inspirativa, para sairmos a servir e atender, agindo com segurança e acerto.

Em todos os seus passos, Jesus se nos revelou o trabalhador infatigável, por excelência, consubstanciando em atitudes desataviadas e seguras as palavras de que estavam cheios seu ideal e seu coração. Onde se encontrava, era a ação operosa e diligente. Todavia, jamais descurou de elevar-se ao Pai, através da comunhão oracional, e não poucas vezes deixou a multidão a mesma multidão famélica e atenazada a repontar através dos séculos para refugiar-se na oração. E porque considerasse a prece como medida de segurança, recomendou: Orai para não cairdes em tentação, nas tentações que enlouquecem, fazendo se desatrelem os carros das paixões desta ou daquela natureza, rotuladas também com o nome de ideal.

Joanna de Ângelis

(De "A prece segundo os Espíritos" - Divaldo Pereira Franco - Diversos Espíritos)

AS DUAS FACES DA NUVEM


Não creias, amigo ignoto, em nuvens totalmente escuras.

Por mais sinistras que pareçam, cá de baixo, não deixam de ser

luminosas, vistas lá de cima.

É questão de perspectiva...

Quando um dia subires à estratosfera, verás que até o mais

espesso negror se dilui em luminosa alvura.

Não creias em vida perdida.

Não fales em derrota completa.

A vida é tão vasta, sublime e profunda que nenhuma desgraça a

pode inutilizar por completo.

Se a ignorância ou a perversidade dos homens te fecharem uma

porta, abre outra.

Se a perfídia dos inimigos ou a traição dos "amigos" demolirem

os palácios da tua opulência, levanta modesta choupana à beira da

estrada.

Ninguém te pode fazer infeliz ¾ a não ser tu mesmo.

Tu é que tens nas mãos as chaves do céu e do inferno.

"O reino de Deus está dentro de ti"...

A felicidade não está na periferia da tua vida ¾ está no centro do

teu ser.

Não é nos nervos, na carne, no sangue, no acaso ou no

destino que reside a verdadeira beatitude ¾ mas, sim, no

íntimo recesso da tua consciência.

Melhor uma choupana arraiada de sorrisos do que um palácio

afogado em lágrimas...

Deus te creou para a felicidade ¾ e quem pode frustrar os planos

do Onipotente?

Se a tua vida não é um dia cheio de sol ¾ por que não

poderia ser uma noite iluminada de estrelas?

Por que não poderia a tua felicidade ganhar em profundidade

o que talvez tenha perdido em extensão?

Por que não poderia a luz suave de miríades de astros

infundir-te na alma uma felicidade que nunca te deram os fulgores

solares?

Se não percebes o chilrear dos passarinhos e o chiar das

cigarras da zona diurna da vida ¾ por que não te habituas a escutar

as vozes discretas com que o silêncio noturno enche a tua solidão?

Há tanto misticismo nas fosforescências da Via-Láctea...

Há tanta sabedoria na reticência da luz sideral...

Há tanta eloqüência no mutismo das nebulosas longínquas...

Há tantas preces no sussurro das brisas noturnas...

Há tanta alma na argêntea placidez do luar...

Há tanta filosofia na vastidão pressaga do cosmos...

Há tanta beatitude na acerbidade da dor, quando iluminada por

um grande ideal...

Há tão profunda paz em pleno campo de batalha, quando o

homem compreendeu o porquê da luta e o sentido divino do sofrimento...

Por mais negra que seja a face humana das nuvens da tua vida

¾ crê, meu amigo, que é luminosa a face voltada para as alturas da

Divindade.

(Do livro "De Alma para Alma", de Huberto Rohden)

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Disciplina e Horário dos Trabalhos


Os amigos espirituais advertem-nos que, muito antes de nós, eles já estão preparando o ambiente em que serão desenvolvidas as sessões espíritas, quer sejam administrativas, de estudo ou mediúnicas.
O Espírito André Luiz, por exemplo, lembra-nos de que os próprios médiuns, desde a hora em que acordam, já estão recebendo o auxílio invisível dos benfeitores do espaço, no sentido de prepará-los para a tarefa mediúnica daquele dia.
Assim, a disciplina deve começar pela observância do horário dos trabalhos, para que sejam iniciados na hora marcada, se desenvolvam dentro do horário determinado e terminem na hora justa.
Além da disciplina do horário, o colaborador espírita deve preocupar-se também com a disciplina do comportamento, evitando rusgas desnecessárias, discussões infrutíferas, perda de tempo com questiúnculas etc.
No âmbito da disciplina alimentar, o Espírito Emmanuel orienta-nos que em cada sete dias, qual ocorre ao impositivo do descanso geral, deveríamos destacar um deles para ingerir o mínimo de alimentação, doando o necessário repouso aos mecanismos do corpo.
O texto evangélico nos diz que "aquele que perseverar até o fim será salvo". Em nosso caso, todo o colaborador que envidar esforços para que os trabalhos não se estendam além do tempo requerido, as discussões não fujam do tema proposto e as observações não fiquem impregnadas de comentário chulo, estará contribuindo para que a sua Entidade atinja o fim último, que é a salvação da alma dos seus frequentadores, entendida por nós como o aprendizado das virtudes evangélicas.
O Centro é, além de tudo o que já vimos, um instrumento coordenador das atividades espirituais. No esquema das suas sessões teóricas e práticas a questão do horário é imperiosa, mas não deve sobrepor-se às exigências do amor fraterno.
Não é justo deixarmos fora da sessão companheiros dedicados ou necessitados, porque chegaram dois ou três minutos atrasados. Vivemos num mundo material e não espiritual, em que as pessoas lutam com dificuldades várias no tocante à locomoção, aos embaraços de compromissos diversos, e é justo que se dê uma pequena margem de tolerância no horário.
A disciplina de um Centro Espírita é principalmente moral e espiritual, abrangendo todos os seus aspectos, mas tendo por constante e invariável a orientação e a pureza de intenções.

terça-feira, 26 de maio de 2009

VIDA FELIZ CII


Este teu cansaço contínuo, acompanhado de insatisfação e de mau humor, é um sinal vermelho de perigo em tua vida.

Resulta da maneira irregular de como vens aplicando os teus recursos e energias, sem o competente refazimento.

Não te bastará dormir, dar descanso ao corpo, se permaneceres emocionalmente inquieto, ansioso.

Assim, dê um balanço dos teus atos, medita em profundidade e perceberás que te está faltando o "pão do espírito", que nutre e reconforta.

Reorganiza a vida e busca o equilíbrio, enquanto é tempo.

(De "Vida Feliz", de Divaldo P. Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis).

VIDA FELIZ CXXI


Ouve com serenidade sempre que a tal sejas convocado.
Permite que o outro conclua o pensamento, não antecipando conclusões, certamente incorretas.
Nem todos sabem expressar-se com rapidez e clareza.

Escuta, portanto, com boa disposição, relevando as colocações e palavras indevidas, assim, buscando entender o que ele te deseja expor.

Se te acusa, procura a raiz do mal e extirpa-a. O diálogo deve sempre transcorrer sem azedume, deixando saldo positivo.

Se te esclarece ou ensina, absorve a lição.

Se acusa alguém, diminui a intensidade da objurgatória com expressões de conforto ao ofendido.

(De "Vida Feliz", de Divaldo P. Franco, pelo espírito Joanna de Ângelis)

VIDA FELIZ CXXX


A pontualidade, além de um dever, é também uma forma de respeito e homenagem a quem te espera ou depende de ti.

Agindo com cuidado, o tempo jamais te trairá deixando-te em atraso.

O hábito de chegar em tempo é adquirido da mesma forma que o da irregularidade de horários.

Programa os teus compromissos e desincumbe-te serenamente de todos eles, cada um de sua vez.

Quando não possas comparecer, ou tenhas que te atrasar, dize-o antes, a fim de liberar quem te aguarda.

Deste modo, quando ocorrer um imprevisto, e tenhas que chegar tarde, mesmo que não acreditem na tua justificativa, estarás em paz.

(De "Vida Feliz", de Divaldo P. Franco, pelo espírito Joanna de Ângelis)

domingo, 24 de maio de 2009

Vida transitória


"Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanecer." (Tiago, Cap. 4 - v. 14)
A pergunta de Tiago - "Porque, que é a vossa vida?" - soa como uma trombete aos ouvidos dos que voluntariamente dormem embalados no berço da ilusão... A sua resposta - "É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece" - é a verdade que os homens apegados à vida material não estimam ouvir.

Quantos receiam pensar na morte?! No entanto, não há realidade mais concreta para os que vivem no mundo.

Se os homens soubessem como é frágil a vida no corpo, "um vapor que aparece por um pouco", certamente haveriam de valorizar mais o espírito.

Qual Tiago, Pedro, em sua 1ª Epístola, cap. 1 - v. 24, afirma: Porque toda carne é como erva, e toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor..."

Por mais apego à vida física, o homem não é senhor dos seus dias.

Ninguém sabe precisar com clareza o que o aguarda amanhã.

Basta que uma simples célula adoeça para que um órgão vital seja comprometido.

Um microscópico coágulo numa artéria pode ser o mensageiro da morte.

Uma queda insignificante na via pública, a que todos estão sujeitos no dia a dia, talvez seja o motivo do óbito de quem se considera na plenitude das forças orgânicas.

Quantos deitam-se para não mais se levantar, surpreendidos que são pela morte no próprio leito?!

Para que o homem viva espiritualmente a sua existência física, ele não pode deixar de pensar na proximidade da morte.

Para que o espírito encarnado invista nos valores reais, é necessário que ele considere a transitoriedade dos bens que usufrui, por empréstimo, no mundo das formas perecíveis.

Conta-se que Francisco de Assis, indagado certa vez, quando cuidava do jardim, qual seria a sua atitude se soubesse que morreria no dia seguinte, sem deter-se na humilde tarefa a que se entregava, ele respondeu ao frade que o questionara: "Continuaria regando as minhas flores!..."

Os que vivem em espírito não se perturbam ante a idéia da morte.

Quando os homens se conscientizarem em profundidade de que estão sobre a Terra "por um pouco", eles viverão com senso de eternidade, como os primitivos cristãos que não hesitavam enfrentar a morte nos circos do martírio, porque sabiam que estavam investindo na felicidade futura.

Por isto, repetindo ainda o apóstolo Tiago: "Eia agora vós, que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos."

Faça o homem agora o que tenciona fazer por sua alma, porque depois já poderá não contar com as oportunidades com que a vida lhe acena neste exato momento.

(De "Evangelho e Doutrina", de Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Irmão José).

sexta-feira, 22 de maio de 2009

A amizade



A amizade é o sentimento que imanta as almas umas às outras, gerando alegria e bem-estar.

A amizade é suave expressão do ser humano que necessita intercambiar as forças da emoção sob os estímulos do entendimento fraternal.

Inspiradora de coragem e de abnegação. a amizade enfloresce as almas, abençoando-as com resistências para as lutas.

Há, no mundo moderno, muita falta de amizade!

O egoísmo afasta as pessoas e as isola.

A amizade as aproxima e irmana.

O medo agride as almas e infelicita.

A amizade apazigua e alegra os indivíduos.

A desconfiança desarmoniza as vidas e a amizade equilibra as mentes, dulcificando os corações.

Na área dos amores de profundidade, a presença da amizade é fundamental.

Ela nasce de uma expressão de simpatia, e firma-se com as raízes do afeto seguro, fincadas nas terras da alma.

Quando outras emoções se estiolam no vaivém dos choques, a amizade perdura, companheira devotada dos homens que se estimam.

Se a amizade fugisse da Terra, a vida espiritual dos seres se esfacelaria.

Ela é meiga e paciente, vigilante e ativa.

Discreta, apaga-se, para que brilhe aquele a quem se afeiçoa.

Sustenta na fraqueza e liberta nos momentos de dor.

A amizade é fácil de ser vitalizada.

Cultivá-la, constitui um dever de todo aquele que pensa e aspira, porquanto, ninguém logra êxito, se avança com aridez na alam ou indiferente ao elevo da sua fluidez.

Quando os impulsos sexuais do amor, nos nubentes, passam, a amizade fica.

Quando a desilusão apaga o fogo dos desejos nos grandes romances, se existe amizade, não se rompem os liames da união.

A amizade de Jesus pelos discípulos e pelas multidões dá-nos, até hoje, a dimensão do que é o amor na sua essência mais pura, demonstrando que ela é o passo inicial para essa conquista superior que é meta de todas as vidas e mandamento maior da Lei Divina.

(Do livro "Momentos de Esperança", de Divaldo Pereira Franco - Joanna de Ângelis)

VIDA FELIZ CXLI


Dose com cuidado as tuas emoções.

Uma atitude afetada é sempre desagradável, tanto quanto o retraimento injustificável é responsável por muitas dificuldades no relacionamento social.

A afetação é distúrbio de conduta, e o retraimento é sintoma de insegurança.

Auto-analisa-te com carinho e sinceridade, buscando superar as ansiedades e os temores que respondem pelo teu comportamento.

Atitudes tranqüilas são resultado de realização íntima, que somente conseguirás mediante exercícios de prece, paciência e meditação.

Assim, o controle das tuas emoções se fará possível.

(De "Vida Feliz", de Divaldo P. Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis)

Vida nova


Despoja-se também de tudo em que edificava a sua existência da ira, da malícia, da cólera, da maledicência, das palavras torpes, a fim de viver em Jesus.

Se vocês já se despiram do homem velho e de suas tendências, então, não mintam para os outros.

Vista-se do homem novo , inovando a sua vida para o conhecimento nobre, segundo a imagem do Mestre Jesus.

Revista-se como os eleitos de Deus: de profunda misericórdia, de bondade extrema, de humildade real, de mansidão, de vida longa e dilatada no Evangelho.

Suportem-se uns aos outros. Perdoem-se uns aos outros, se alguém tiver queixa contra o outro.

Assim como o Cristo nos suportou e perdoou, façam o mesmo.

Revista-se da caridade, que é o vínculo perfeito entre a Terra e os Céus.

O que você fizer, na Seara do Senhor, por palavra ou por obras, faça tudo em nome e dentro da doutrina do Cristo.

Tudo o que você fizer, faça-o de todo o coração, como se estivesse fazendo ao próprio Senhor e não aos homens.

Aquele que fizer o agravo, receberá a ofensa que fizer, porque na Lei de Ação e Reação não há diferenciação de pessoas.

Ande com sabedoria evangélica para com os que estão ainda fora do Evangelho, resgatando do mal aqueles que são escravos dos erros.

Que a sua palavra seja sempre agradável, temperada com o sal que preserva o bem para que você saiba como lhe convém responder a cada um que lhe diga ou pergunte alguma coisa sobre a espiritualidade maior.

(Fonte: "Sabedoria do Evangelho"- Paulo de Tarso - J. Manahen e R. Jacinto)

sábado, 16 de maio de 2009

Um quarto de hora


Quando tiveres um quarto de hora à disposição, reflete nos benefícios que podes espalhar.
Recorda o diálogo afetivo com que refaças o bom ânimo de algum familiar, dentro da própria casa; das palavras de paz e amor que o amigo enfermo espera; de sua presença; de auxiliar em alguma tarefa que te aguarde o esforço para a limpeza ou o reconforto do próprio lar; da conversação edificante com uma criança desprotegida que te conduzirá para a frente as sugestões de boa vontade; de estender algum adubo à essa ou àquela planta que se faz útil; e do encontro amistoso, em que a tua opinião generosa consiga favorecer a solução do problema de alguém.
Quinze minutos sem compromisso são quinze opções na construção do bem.
Não nos esqueçamos de que a floresta se levantou de sementes quase invisíveis, de que o rio se formou das fontes pequeninas e de que luz do Céu, em nós mesmos, começa de pequeninos raios de amor a se nos irradiarem do coração.

(De "Caridade", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Meimei)

Cura ensinando


A mediunidade de cura é uma das mais nobres em função no Espiritismo, porque ela verdadeiramente consola; no entanto, precisa ser exercida com a força da educação, instruindo o paciente para "não pecar mais", como se refere o Evangelho de Jesus.
O médium curador é dotado de bênção consoladora, porém, é necessário que se lembre da vida de Jesus, que curava o enfermo, instruindo-o acerca de como viver, ensinando o Evangelho, de modo que respeitasse os outros como também a vida, observando as leis naturais que regulamentam toda a criação.
Debelar um mal é coisa divina que o medianeiro deve fazer com alegria, senão amor, nas linhas da caridade, sem se esquecer de valorizar a disciplina, psicologicamente entendendo as reações do doente e a índole que marca seus impulsos. E, com urgência, acudi-lo nas suas necessidades de corrigir alguns dos seus defeitos, como violência, ingratidão, melancolia, ódio, mágoa e outras tantas forças negativas, base da infelicidade da alma. Deve o medianeiro negar o inconveniente, destacando o elevado do modo pelo qual ensina Jesus.
Curar não é somente extinguir doenças, mas sim as enfermidades morais, que exigem muito mais urgência que a dor física, e que nascem nos pensamentos e nas palavras condicionadas na própria vida. E o médium deve ser o primeiro a ter uma vida reta no pensar, no falar e no viver, que esse seu esforço não ficará em vão. Companhias invisíveis o ajudarão na conquista desse amor e da caridade, para que a benevolência não se separe dos seus sentimentos.

Ao conversar com o seu irmão, poderá enviar-lhe forças curativas, pela disposição de intimidade a intimidade, envolvidas no amor. Não se esqueça do sorriso, que a força de Deus entregará o seu coração para os corações que sofrem. Trate do doente, e em seguida adestre seus sentimentos nas qualidades de luz que o Mestre nos ensinou.
Para tanto, amplie seu arsenal do saber através do Espiritismo, da Codificação que Allan Kardec nos entregou pelas vias da boa vontade, atendendo a quem busca o aprendizado, atendendo a lei que nos revela que "quem busca acha", "quem procura encontra", a "quem bate à porta do saber, ela se lhe abrirá pela torça da verdade". Quem trabalhar para a cura dos enfermos, estará curando a si mesmo; tudo aquilo que semeamos colheremos na lavoura da vida universal. Um copo de água potável que se oferta ao sedento é medicamento divino, quando o amor acompanha o gesto nas fibras mais íntimas da sua composição.
O médium tem inúmeros ensejos de fazer o bem, a todos os minutos, por onde passa, e quando entra em ação orando, pode ser médico da alma, enviando suas vibrações de harmonia para os que sofrem de todos os males. Não se deve curar sem abrir as portas para a instrução, doando ao enfermo pelo menos uma palavra de amor e caridade, tranqüilizando a consciência daquele que padece, ou ofertando um pão a quem tem fome, roupa ao nu, e um sorriso aos tristes, que ajuda a cortar pela raiz o crescimento da melancolia, espraiando o contentamento a todos que encontrar a caminho.
A mediunidade à luz da Doutrina Espírita é força de Deus imantada de carinho, na estrada da fraternidade. Seja um dos impulsos dessa luz, que nunca deve se apagar no coração do discípulo de Jesus. Repreenda todo o mal, com o exemplo do bem, porque existe um remédio para todos os males, o amor. Ame, que será feliz.

(De "Plenitude mediúnica", de João Nunes Maia, pelo Espírito Miramez)

sexta-feira, 8 de maio de 2009

AMOR MATERNO E AMOR FILIAL


O coração materno é uma taça de amor em que a vida se manifesta no mundo. (...)
Entretanto, quão grave é o ofício da verdadeira maternidade!...
Levantam-se monumentos de progresso entre os homens e devemo-los, em grande parte,
ás mães abnegadas e justas, mas erguem-se penitenciárias sombrias e devemo-las, na
mesma proporção, às mães indiferentes e criminosas. (...)” (07)
“(...) A Natureza deu à mãe o amor a seus filhos no interesse da conservação deles. No animal, porém, esse amor se limita às necessidades materiais; cessa quando desnecessário se
tornam os cuidados. No homem, persiste pela vida inteira e comporta um devotamento e uma abnegação que são virtudes. Sobrevive mesmo à morte e acompanha o filho até no além-túmulo. (...)” (02)
Daí se compreender que o amor maternal está nas leis da natureza mas, sem sombras
de dúvida, a missão materna nem sempre é um mar de rosas, sendo, ao contrário, tarefa espinhosa onde a renúncia e as lágrimas fazem moradia.
Isto porque “(...) Habitualmente, renascem juntos, sob os elos da consangüinidade,
aqueles que ainda não acertaram as rodas do entendimento, no carro da evolução, a fim de
trabalharem com o abençoado buril da dificuldade sobre as arestas que lhes impedem a harmonia.
Jungidos à máquina das convenções respeitáveis, no instituto familiar, caminham,
lado a lado, sob os aguilhões da responsabilidade (...) e da convivência compulsória para sanarem
velhas feridas imanifestas.
(...) Existem pais que não toleram os filhos e mães que se voltam (...) contra os próprios
descendentes. Há filhos que se revelam inimigos dos progenitores e irmãos que se exterminam
dentro do magnetismo degenerado da antipatia congênita (...)”. (08)
A missão materna reveste-se assim de encargos sublimes, sobretudo nesses lares onde
Espíritos antagônicos, se não inimigos, se encontram temporariamente unidos pelos laços do
parentesco físico. “(...) A maternidade exige e desenvolve a sensibilidade, a ternura, a paciência,
aumentando a capacidade do amor na mulher. (...)” (04)
“(...) No ambiente doméstico, o coração maternal deve ser o expoente divino de toda a
compreensão espiritual e de todos os sacrifícios pela paz da família. (...)
A missão materna resume-se em dar sempre o amor de Deus (...). Nos labores do mundo,
existem aquelas que se deixam levar pelo egoísmo do ambiente particularista; contudo, é
preciso acordar a tempo, de modo a não viciar a fonte da ternura.

A mãe terrestre deve compreender, antes de tudo, que seus filhos, primeiramente, são
filhos de Deus.
Desde a infância, deve prepará-los para o trabalho e para a luta que os esperam.
Desde os primeiros anos deve ensinar a criança a fugir do abismo da liberdade, controlando-
lhe as atitudes e concertando-lhe as posições mentais, pois que essa é a ocasião mais
propícia à edificação das bases de uma vida. (...)
Ensinará a tolerância mais pura, mas não desdenhará a energia quando seja necessária.(...)
Sacrificar-se-á de todos os modos ao seu alcance (...) pela paz dos filhos, ensinandolhes
que toda dor é respeitável, que todo trabalho edificante é divino, e que todo desperdício
é falta grave.
Ensinar-lhes-á o respeito pelo infortúnio alheio (...).
Será ela no lar o bom conselho sem parcialidade, o estímulo do trabalho e a fonte de
harmonia para todos.
Buscará na piedosa Mãe de Jesus o símbolo das virtudes cristãs (...).” (06)
Com relação à piedade filial lembramos que “(...) O mandamento: “Honrai a vosso pai
e a vossa mãe” é um corolário da lei geral de caridade e de amor ao próximo (...); mas, o termo
honrai encerra um dever a mais (...): o da piedade filial. (...)
Honrar a seu pai e a sua mãe, não consiste apenas em respeitá-los; é também assisti-los
na necessidade; é proporcionar-lhes repouso na velhice; é cercá-los de cuidados como eles
fizeram conosco, na infância. (...)” (01)
Basicamente, duas causas determinam a ingratidão dos filhos para com os pais: aquelas
devidas às imperfeições dos filhos e aquelas outras referentes às falhas dos pais.
“(...) Com a desagregação da família, que se observa generalizada na atualidade, a ingratidão
dos filhos torna-se responsável pela presença de vários cânceres morais, no combalido
organismo social, cuja terapia se apresenta complexa e difícil.
Sem dúvida, muitos pais, despreparados para o ministério em relação à prole, cometem
erros graves, que influem consideravelmente no comportamento dos filhos, que, a seu turno,
logo podem, se rebelam contra estes, crucificando-os nas traves ásperas da ingratidão. (...).
Muitos progenitores, igualmente, imaturos (...) que transitam no corpo açulados pelo
tormento de prazeres incessantes — que os fazem esquecer as responsabilidades junto aos
filhos para os entregarem aos servos remunerados, enquanto se corrompem na leviandade —
, respondem pelo desequilíbrio e desajuste da prole, na desenfreada competição da utópica e
moderna sociedade.
Todavia, filhos há que receberam dos genitores as mais prolíferas demonstrações e testemunhos
de sacrifício e carinho, aspirando a um clima de paz, de saúde moral, de equilíbrio
doméstico, nutridos pelo amor sem fraude e pela abnegação sem fingimentos, e revelam-se,
de cedo, frios, exigentes e ingratos. (...)” (03)
Em suma, “(...) a família é o núcleo de maior importância no organismo social.
Santuário dos pais, escola dos filhos, oficina de experiências o lar é a mola mestra que
aciona a humanidade. (...)” (05)
* * *
FONTES DE CONSULTA
01 - KARDEC, Allan. Honrai o vosso pai e a vossa mãe. ln:_. O Evangelho Segundo o
Espiritismo. Trad. de Guillon Ribeiro. 111. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1995. Item 03,
págs. 233-234.
02 - Da lei de justiça, de amor e de caridade. ln:_. O Livro dos Espíritos. trad. de Guillon
Ribeiro. 75. ed. Rio [de Janeiro]: FES, 1994. Questão 890, pág. 410.
03 - FRANCO, Divaldo Pereira. Filhos Ingratos. In:_. Após a Tempestade. Pelo Espírito
Joanna de Ângelis. Salvador, BA: Alvorada, 1974. Págs. 32- 33.
04 - Feminismo. ln_. Luz Viva. Pelos Espíritos Joanna de Ângelis e Marco Prisco.
Salvador, BA: Alvorada, 1984. Pág. 55.
05 - Criança e família. ln:_. Terapêutica de Emergência. Por diversos [Espíritos. Salvador,
BA: Alvorada, 1983. Pág. 58.
06 - XAVIER, Francisco Cândido. Dever. ln:_. O Consolador Pelo Espírito Emmanuel. 17.
ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1995. Questão 189, págs. 114 -115.
07 - Angústia materna. In:_. Luz no Lar Por diversos Espíritos. 7. ed. Rio [de Janeiro]:
FEB, 1991. Pág. 15.
08 - No reino doméstico. ln:_. Luz no Lar Por diversos Espíritos. 7. ed. Rio [de Janeiro]:
FEB, 1991. Pág. 24.
Texto Extraído do Programa VI do ESDE Editado Pela FEB

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Pensamento: Dia das Mães


Ser mãe é missão de graves responsabilidades e de subida honra. É gozar do privilégio de receber nos braços espíritos do Senhor e conduzi-los ao bem.

Enquanto houver mães na terra, Deus estará abençoando o homem com a oportunidade de alcançar a meta da perfeição que lhe cabe porque a mãe é a mão que conduz, o anjo que vela, a mulher que ora, na esperança de que os seus filhos alcancem felicidade e paz.


Equipe de Redação do Momento Espírita.

Mãe


Mãe que partiu...podes vê-la
Na fé que te reconforta
Toda mãe é como estrela
Que brilha depois de morta

Mãe entregue à sepultura vence trevas e impecilhos
Para ser paz e brandura
A cabeceira do filho

Mãe distante eternamente ? ! ...
Isso nunca sucedeu

Toda mãe está presente
Nos filhos que Deus lhe deu.

Ser mãe!...que golpes extremos
Nas trilhas por onde vamos!...

Dor dos filhos que perdemos
Dor dos filhos que deixamos!...

Mãe morta!...
Em vão me remoço!...

Raiz cortada ao chão
Quero abraçar-vos...

Não posso
Filhos do meu coração

Celeste Jaguaribe

Psicografada por Chico Xavier

sábado, 2 de maio de 2009

A necessidade do trabalho


Tudo no Universo é dinamismo e labor.
Os mundos giram incessantemente pelo espaço infinito, em grandiosas jornadas.
As estações do ano mantêm a Terra em processo de constante e viva metamorfose.
As espécies animais e vegetais estão em contínuo aprimoramento.
A organização e o progresso surgem das alterações incessantes.
No âmbito dos seres irracionais, o aprimoramento ocorre de forma automática.
Os imperativos da natureza fazem com que apenas os espécimes mais hábeis e adaptáveis vivam o bastante para assegurar sua reprodução.
Desse modo, a melhor herança genética é transmitida aos futuros seres.
Na faixa da Humanidade, o processo evolutivo é mais sofisticado.
O homem não é guiado apenas pelo instinto de forma automática.
Ele dispõe da razão para orientá-lo.
E sua evolução não possui como aspecto primordial as alterações do organismo físico.
Embora vinculado a um corpo, o homem possui de mais importante a sua natureza espiritual.
Malgrado os corpos se sucedam ao longo das reencarnações, o Espírito que os anima mantém suas conquistas.
As experiências na Terra visam ao burilamento intelecto-moral.
As fadigas necessárias à manutenção da vida física têm por objeto viabilizar essa evolução.
O homem possui muito forte o instinto de conservação da vida.
Para preservá-la, ele se afadiga em inúmeras tarefas.
Essas tarefas, desenvolvidas com a finalidade de obter bem-estar e segurança, fazem-no superar-se a cada dia.
No ambiente profissional, a gentileza é imperativa.
Ninguém pode se dar ao luxo de espantar clientes e maltratar colegas e superiores.
Também é necessário ser pontual, vestir-se adequadamente, falar com correção.
A concorrência torna necessário o contínuo aperfeiçoamento dos próprios talentos e habilidades.
Vagarosamente a criatura desenvolve disciplina, tolerância, amor ao estudo e bons modos.
Caso não necessitasse trabalhar a fim de manter-se, o homem permaneceria um bruto.
Tudo se encadeia com perfeição nos planos divinos.
A Humanidade é uma fase, após a qual vem a Angelitude.
No concerto cósmico, não há favores ou privilégios.
Cada qual é responsável por seu destino e pelos caminhos que trilha.
Mas para sempre, e em qualquer condição, haverá trabalho para ser feito.
Os próprios anjos laboram na manutenção da ordem cósmica.
Trabalhar não é um castigo, conforme o vagabundo o qualifica.
Ócio e estagnação são sinais de doença e de morte.
Valorize suas tarefas.
Realize-as com amor, mesmo por entre dificuldades.
Se você se sente bem apenas no final de semana, esforce-se por mudar esse modo doentio de perceber o mundo.
O seu trabalho corresponde a uma genuína bênção em seu favor.
Se ele lhe exige paciência, renúncias e esforços, não se rebele.
São exatamente as suas áreas de dificuldade que estão sendo trabalhadas.
Enquanto você não enfrentar e superar suas deficiências evolutivas, elas continuarão presentes em sua vida.
Após vencê-las, você estará pronto para experiências mais sublimes.
Pense nisso.

Redação do Momento Espírita Em 23.11.2007.