
Aproveitando, que estava fazendo um estudo sobre as Virtudes e observando que estas são o contrário dos vícios humano que a Igreja rotulou dos Sete Pecados , abaixo relacionados:
1- Vaidade
2- Inveja
3- Ira
4- Preguiça
5- Avareza
6- Gula
7- Luxúria
Assim, para que possamos nos ver livres dos vícios acima citados, devemos cultivar as virtudes que fortalecerão nosso espírito para combater o os "pecados" acima relacionados. E o que é Virtude?
Virtude é uma disposição estável em ordem a praticar o bem; revela mais do que uma simples potencialidade ou uma aptidão para uma determinada ação boa: trata-se de uma verdadeira inclinação.
Para o Espírito Emmanuel a virtude é sempre sublime e imorredoura aquisição do Espírito nas estradas da vida, incorporada eternamente aos seus valores, conquistados pelo trabalho no esforço próprio. (Pergunta 253 de O Consolador)
Virtudes são todos os hábitos constantes que levam o homem para o bem, quer como indivíduo, quer como espécie, quer pessoalmente, quer coletivamente.
Desde a Antiguidade até os nossos dias, as virtudes foram classificadas em Cardeais e Teologais. As Cardeais são adquiridas pelo esforço; as Teologais como um Dom de Deus.Como nós veremos adiante, existem virtudes que nos levam a conhecer e amar a Deus - são as virtudes teologais: a Fé, a Esperança e a Caridade.
Mas também existem muitas outras virtudes que nos levam a agir corretamente em tudo o que fazemos. São as virtudes cardeais: Prudência, Justiça, Força e Temperança.
Cada uma dessas sete virtudes, três teologais e quatro cardeais, traz consigo outras virtudes.Por exemplo: praticando atos da virtude de Força, poderemos também agir com Coragem. Já a virtude de Temperança nos ajuda a praticar a Humildade. E assim por diante.
Prudência - É aquela virtude que permite ao entendimento reflexionar sobre os meios conducentes a um fim racional.
Fortaleza ou valentia - Consiste na disposição para, em conformidade com a razão, isto é, em atenção a bens mais elevados, arrostar perigos, suportar males e não retroceder, nem mesmo ante a morte. A paciência, por exemplo, é uma virtude subordinada à fortaleza, e consiste na capacidade constante de suportar adversidades.
Temperança - Consiste em aperfeiçoar constantemente a potência sensitiva, de modo a conter o prazer sensual dentro dos limites estabelecidos pela sã razão. Assim, a moderação é a temperança no comer, a sobriedade no beber, a castidade no prazer sexual. São aparentados com a temperança: a negação ou domínio de si mesmo, isto é, a vontade de não se deixar desviar do bem, nem sequer pelas mais violentas excitações do desejo.
Justiça - Consiste ela na atribuição, na equidade, no considerar e respeitar o direito e valor que são devidos a alguém, ou a alguma coisa. (Santos, 1965)
Na Ética religiosa a Fé, a Esperança e a Caridade são chamadas teologais, porque não são elas produtos de um hábito, pois o homem não as adquire através de seu próprio esforço.
A Fé é o assentimento do intelecto que crê, com constância e certeza, em alguma coisa. A prudência, a fortaleza, a justiça e a moderação podem ser adquiridas. Ninguém gesta dentro de si a Fé; ou a tem, ou não.
A Esperança é a expectação de algo de superior e perfeito. A Esperança não é o produto de nossa vontade, mas de uma espontaneidade, cujas raízes nos escapam, porque não é ela genuinamente uma manifestação do homem, mas algo que se manifesta pelo homem, porque não encontramos na estrutura de nossa vida biológica, nem da nossa vida intelectual, uma razão que a explique.
A Caridade é a mãe de todas as virtudes como dizem os antigos, e diziam-no com razão: é a raiz de todas as virtudes, porque ela é a bondade suprema para consigo mesmo, para com os outros, para com o Ser Infinito. A caridade, assim, supera a nossa natureza, porque, graças a ela, o homem avança além de si mesmo, além das suas exigências biológicas.Não são o produto de uma prática, porque pode o homem praticar a caridade sem tê-la no coração; pode o homem exibir uma crença firme, sem alentá-la em seu âmago; pode o homem tentar revelar aos outros que é animado pela esperança, sem ressoar ela em sua consciência. (Santos, 1965)
Ao longo do tempo adquirimos uma série de hábitos negativos. Alguns deles são visíveis como o fumo e o álcool; outros, nem tanto. É que costumamos disfarçá-los ao máximo, para que não se tornem muito evidentes. Nesse sentido, à gula(um dos sete pecados) damos o nome de necessidade proteínica; à lascívia chamamos necessidade fisiológica; a ira é embelezada com a expressão paradoxal: “cólera sagrada”; a cobiça é encoberta com a desculpa da previdência; a preguiça disfarçamos com a necessidade de repouso, quando não com a esperteza que faz os outros produzirem por nós.Allan Kardec, nas perguntas 893 e 913 de O Livro dos Espíritos , esclarece-nos este assunto com muita propriedade.
893. Qual a mais meritória de todas as virtudes?
— Todas as virtudes têm seu mérito, porque todas são indícios de progresso no caminho do bem. Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento das tendências; mas a sublimidade da virtude consiste no sacrifício do interesse pessoal para o bem do próximo, sem segunda intenção. A mais meritória é aquela que se baseia na caridade mais desinteressada.
913. Entre os vícios, qual o que podemos considerar mais radical?
Já o dissemos muitas vezes; o egoísmo. Dele deriva todo do mal. Estudai todos os vícios e vereis que no fundo de todos existe o egoísmo. Por mais que luteis contra eles não chegareis a extirpá-los enquanto não os atacardes pela raiz, enquanto não lhes houverdes destruído a causa. Que todos os vossos esforços tendam para esse fim, porque nele se encontra a verdadeira chaga da sociedade.
CONCLUSÃO
O movimentar-se diário produz hábitos. Os hábitos maus enraízam de tal sorte em nosso psiquismo que se tornam extremamente difíceis de serem eliminados. Em se tratando do esforço para extingui-lo, parece-nos que cometemos um erro que já se tornou secular, ou seja, combater a causa pelo efeito. Somente quando tomamos consciência do móvel que produz a ação é que podemos ter segurança na eliminação do efeito. Na realidade, não somos nós que deixamos os vícios; são eles que desprovidos da nossa atração, deixam-nos.
Sérgio Biagi Gregório
Meus Irmãos Fraternos, este estudo está no site: http://www.ceismael.com.br/filosofia/filosofia020.htm e é de autoria de Sérgio Biagi Gregório, embora eu tenha feito algumas pequenas modificações, sem permissão do autor, gostaria de dar-lhe o merecido crédito.
Na oportunidade gostaria de parabenizar quem teve a ideia de postar o Meme: 7 pecados, porque nos levou a estudar e meditar sobre a questão.
Beijos Fraternos
Obs: Repasso para minha mãezinha do Blog Um Sublime Peregrino.
Para Jeanne do blog Doutrina Espírita