quinta-feira, 10 de setembro de 2009

GLÓRIA À REENCARNAÇÃO

Alma liberta aos sóis, ganho esfera venusta...

Fito extático e ansioso o fulgor de outra esfera.

Expandir-me, crescer e voltar quisera,

E sensação de queda agônica me assusta...

Os instintos carnais, por escória incombusta,

Chamam-me ao teto antigo... A lei piedosa e austera

Mostra-me os sonhos de anjo e os impulsos de fera;

Homem, devo aprender quanto a ascensão me custa!

Torno, trêmulo, à Terra em torvos desenganos,

Mas agradeço, oh! Deus, os tremedais humanos,

Báratros, tentações, trevas e desatinos!,,,

Glória à reencarnação por mais me desconforte!

De corpo em corpo, vida em vida, morte em morte,

Alcançarei, um dia, os Páramos Divinos!...

Honório Armond

(De "Poetas Redivivos", de Francisco Cândido Xavier -
Diversos Espíritos)