terça-feira, 16 de março de 2010

Repassando para divulgar



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A ÁGUA FLUÍDA


A ÁGUA FLUÍDA

ALIMENTACIÓN DE LOS DESENCARNADOS-Español

Emmanuel

“E qualquer que tiver dado só que seja um copo de água fria por ser meu discípulo,
em verdade vos digo que, de modo algum, perderá o seu galardão”.
Jesus (Mateus, 10:42)

Meu amigo, quando Jesus se referiu à benção do copo de água fria, em seu nome, não apenas se reportava à compaixão rotineira que sacia a sede comum.

Detinha-se o Mestre no exame de valores espirituais mais profundos.

A água é dos corpos o mais simples e receptivo da terra. É como que a base pura, em que a medicação do Céu pode ser impressa, através de recursos substanciais de assistência ao corpo e à alma, embora em processo invisível aos olhos mortais.

A prece intercessória e o pensamento de bondade representam irradiações de nossas melhores energias.

A criatura que ora ou medita exterioriza poderes, emanações e fluidos que, por enquanto, escapam à análise da inteligência vulgar e a linfa potável recebe a influência, de modo claro, condensando linhas de força magnética e princípios elétricos, que aliviam e sustentam, ajudam e curam.

A fonte que procede do coração da Terra e a rogativa que flui no imo d’alma, quando se unem na difusão do bem, operam milagres.

O Espírito que se eleva na direção do céu é antena viva, captando potências da natureza superior, podendo distribuí-las em benefício de todos os que lhe seguem a marcha.

Ninguém existe órfão de semelhante amparo. Para auxiliar a outrem e a si mesmo, bastam a boa vontade e a confiança positiva.

Reconheçamos, pois, que o Mestre, quando se referiu à água simples, doada em nome da sua memória, reportava-se ao valor real da providência, em benefício da carne e do espírito, sempre que estacionem através de zonas enfermiças. Se desejas, portanto, o concurso dos Amigos Espirituais, na solução de tuas necessidades fisiológicas ou dos problemas de saúde e equilíbrio dos companheiros, coloca o teu recipiente de água cristalina, à frente de tuas orações, espera e confia. O orvalho do Plano Divino magnetizará o liquido, com raios de amor, em forma de bênção, e estarás, então, consagrando o sublime ensinamento do copo de água pura, abençoado nos Céus.


A mediunidade com jesus sabe como multiplicar o talento do tempo.Nós, os espíritas contemporâneos, e pós-Chico Xavier,
não podemos nos esquecer de sua biografia, pois ele também veio nos ensinar a vivenciar a Doutrina.
Estudando "Nosso Lar" (Carlos A. Baccelli- Inácio Ferreira)

Para refletir

  • “Se o homem tivesse sido criado perfeito, seria levado fatalmente ao bem; ora, em virtude de seu livre arbítrio, ele não é fatalmente levado nem ao bem nem ao mal. Deus quis que ele fosse submetido à lei do progresso e que esse progresso fosse o fruto do seu próprio trabalho, a fim de que tivesse o mérito desse trabalho, do mesmo modo que carrega a responsabilidade do mal que é feito por sua vontade”.

(Allan Kardec – A Gênese, cap. III, item 9).

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O laboratório no mundo invisível


Allan Kardec, no Capítulo VIII, da Segunda Parte de "O Livro dos Médiuns", nos deu a conhecer as características dos fluidos espirituais, a saber:

O Espírito age sobre a matéria;

O Espírito tem sobre os elementos materiais dispersos na atmosfera um poder e uma ação que os homens estão longe de suspeitar;

O Espírito pode concentrar os elementos da Natureza através da sua vontade. Assim, ele dá a esses elementos a forma que convenha às suas intenções. Atuando sobre os componentes da Natureza, transforma as propriedades íntimas da matéria;

O Espírito submete, com a sua vontade, a matéria etérea às transformações que deseja para produzir objetos, roupas, acessórios, substâncias diversas e mesmo remédios;

O Espírito dispõe, em toda parte, da matéria universal para tirar dela os elementos que ele precisa transformar;

A vontade do Espírito permite que a matéria elementar sofra uma transformação íntima, levando-a a adquirir certas propriedades especiais;

O Espírito, com a sua vontade, e com a permissão de Deus, pode agir sobre a matéria elementar transformando-

a em substâncias salutares;

Quanto mais elevado for o Espírito, mais facilmente entenderá o mecanismo da produção dos fenômenos espirituais e físicos;

Um médium, assistido por um Espírito, encontra condições para operar e agir sobre a matéria. Assim, em conjunto, podem produzir uma modificação nas propriedades da água ou mesmo atuar sobre os fluidos orgânicos, obtendo um efeito curativo através de uma ação magnética convenientemente dirigida;

O médium, que é um Espírito encarnado, não perde a faculdade de agir sobre a matéria com a sua força de vontade. Mas as modificações produzidas por ele nas propriedades da matéria situam-se dentro de certos limites;

Isto explica a faculdade de curar pelo contato e pela imposição das mãos, que algumas pessoas possuem num grau elevado.

(De "Terapêutica Espírita", de Geziel Andrade)

O teu trabalho


Por mais insignificante, valoriza o teu trabalho.

Nenhuma obra nasce acabada.

Se valorizares o teu esforço, serás valorizado por ele.

Toda tarefa no bem é importante e indispensável.

Aperfeiçoando o que faz, o homem se aperfeiçoa.

Toda ação repercute. Através do que fazes, influencias os que vivem à tua volta...

O teu trabalho é a tua identidade, fornecendo notícias de tua realidade profunda.

Humilde filete d'água tem a graciosidade que o mar não possui.

Débil flor do campo pode causar inveja aos mais bem cuidados jardins.

Alegra-te no que fazes. Quem não se realiza no que faz é infeliz.

(De "Vigiai e orai", de Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Irmão José)

O único pecado


Será necessário que professemos o Espiritismo e creiamos nas manifestações espíritas, para termos assegurada a nossa sorte na vida futura?

Se assim fosse, seguir-se-ia que estariam deserdados todos os que não creem, os que não tiveram ensejo de esclarecer-se, o que seria absurdo. Só o bem assegura a sorte futura. Ora, o bem é sempre o bem, qualquer que seja o caminho que a ele conduza.

- Mamãe, quero ser batizado.

- Por que, meu filho?

- Meus amiguinhos, na escola, dizem que irei para o Inferno.

Diálogos assim exprimem as dificuldades de crianças cujos pais participam de movimentos religiosos onde não há o batismo que, segundo a orientação ortodoxa, promove nossa reconciliação com Deus, após uma briga que não foi nossa.

Os culpados teriam sido Adão e Eva, expulsos do Paraíso por cometerem o pecado da desobediência. Sua culpa, como se fora infalível mácula genética, transmitir-se-ia, desde então, a todos os descendentes do mitológico casal, impedidos de uma comunhão plena com Deus até que se submetam às virtudes mágicas daquele ritual.

O batismo foi durante muitos séculos um dos instrumentos de afirmação do catolicismo, a impor como axioma um lamentável equívoco dogmático: "Fora da Igreja não há salvação".

Qualquer pessoa medianamente informada sabe que semelhante concepção teológica é uma aberração, porquanto bilhões de seres humanos têm transitado pela Terra, ao longo dos séculos, sem nenhuma notícia a respeito do assunto, sem nenhum esclarecimento quanto às supostas propriedades redentoras da pia batismal.

Nada disso encontra respaldo nas lições de Jesus, que ensinava: "A cada um segundo suas obras" (Mateus, 16:27), estabelecendo o princípio da responsabilidade individual.

Não nos pedirão contas, na Espiritualidade, da religião que professamos, e muito menos dos rituais a que nos submetemos. Pesará, na avaliação de nossa existência, apenas o conteúdo de nossas ações, considerando-se que tanto mais se exigirá quanto mais ampla a nossa noção do bem e do mal, do certo e do errado, do que devemos ou não fazer...

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A pretensão de deter o monopólio da verdade e o endereço da salvação caracterizam as religiões de um modo geral, originando preconceitos execráveis e absurdas discriminações que não raro desembocam em lutas fratricidas, como se o objetivo da religião fosse a guerra, não a paz; a discórdia, não o entendimento; o ódio, não o amor.

Maomé, o fundador do Islamismo, encarna bem essa tendência, estabelecendo que os adeptos de outras religiões, deviam ser convertidos ou eliminados, na aplicação do terrível "crê ou morre". Ainda hoje, muçulmanos exaltados defendem uma revolução islâmica armada, uma guerra sem tréguas aos "infiéis".

Os reis cristãos da Europa medieval não fizeram por menos, disparando as famigeradas cruzadas em que, a pretexto de libertar o solo sagrado da Palestina, em poder dos árabes, converteram o Cristianismo em bandeira de guerra e a figura augusta do Cristo em inspiração da violência e da morte.

Jesus enfrentou problemas semelhantes com seus próprios compatriotas, um povo fanático que alimentava a pretensão de ter sido escolhido por Deus para elevar-se ao domínio das nações. E acabou sendo sacrificado porque pregava a revolucionária ideia de que aos olhos do Criador a importância de um homem não está em sua nacionalidade ou crença que professa, mas na quantidade de benefícios que seja capaz de prestar ao próximo.

*

O Espiritismo oferece uma visão muito objetiva a respeito destas questões, a começar pela palavra "salvação", que em seu sentido escatológico, de consequências finais, tradicionalmente sugere a absurda ideia de que há almas que se perdem, condenadas a irremissível sofrimento, o que contraria frontalmente os atributos divinos.

Sendo Onisciente - tudo sabendo do presente, passado e futuro - porque consumaria Deus a criação de um Espírito, sabendo que iria perder-se?

Como considerá-lo Onipotente, se não consegue impedir que seus filhos se percam irremediavelmente?

Infinitamente misericordioso, não deveria o Criador conceder infinitas oportunidades de reabilitação às criaturas transviadas?

Por isso, superando o abominável sectarismo que divide as religiões, Kardec desfraldou como bandeira da Doutrina Espírita um princípio universalista: "Fora da Caridade Não Há Salvação".

A Deus não importa que religião professamos. Nosso Pai espera apenas que nos comportemos como seus filhos, reconhecendo que a fraternidade (parentesco de irmãos), impõe o dever elementar de nos ajudarmos uns aos outros, sem o que jamais estaremos "salvos" de desentendimentos, brigas, violências, explorações, desequilíbrios, frustrações e muitos outros problemas que fazem a infelicidade humana.

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Discute-se nos círculos religiosos quais os pecados mais danosos, capazes de precipitar a perdição humana. A tradição teológica chega a enumerar os "capitais": orgulho, avareza, luxúria, gula, ira, inveja e preguiça.

Na verdade, só há um pecado, no sentido de transgressão, de descumprimento da vontade de Deus: a falta de amor ou, mais exatamente, o amor voltado para nós mesmos, na exaltação do egoísmo.

Tudo o mais, todos os nossos comprometimentos com o mal, nascem desse pecado original, desse amor retido, desse amor fechado em si mesmo, que nega sua própria vocação - doar-se; que contraria sua gloriosa finalidade - estabelecer a comunhão entre os filhos de Deus.

A caridade salva-nos dessa suprema contradição, ajudando-nos a libertar o amor para que o amor nos redima.

(De "Um jeito de ser feliz", de Richard Simonetti)