quinta-feira, 10 de setembro de 2009

CARIDADE TRANSFERIDA


Ninguém objeta quanto à qualidade dos elevados propósitos.

Não se faz qualquer restrição à nobreza de tais sentimentos.

A caridade é sempre uma luz acesa vencendo trevas.

Por isso mesmo não é lícito eximir-se alguém de clarificar-se com a luminescência que dela emana.

Quem conduz uma luz beneficia-se primeiro.

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Generaliza-se uma prática que, embora edificante, tem assumido um caráter passadista.

Pessoas generosas, que desejam auxiliar, sempre se eximem de fazê-lo, justificando-se falta de tempo, de saúde, poucas possibilidades econômicas... E encaminham os necessitados que lhe buscam o concurso a outras que lhes parecem bem aquinhoadas, valorosas, sem problemas...Mas que os têm, igualmente, só que se não queixam, fomentando o comércio do desânimo e da insensatez.

São criaturas bem formadas, sem dúvida, as que assim procedem, no entanto, se recusam a alegria de servir, a bênção de socorrer, a felicidade de amar.

Claro que ante à impossibilidade real de fazer-se o bem, a atitude encaminhar o aflito a uma fonte abençoada é correta.

Não, porém, como um hábito constante, transferindo-se a caridade de domicílio e de mãos...

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Quando alguém te chegar em sofrimento, sempre poderás auxiliar, se o quiseres.

Não mensurando tempo nem examinando valores, deves repartir dádivas e repartir-te no ministério da caridade com Jesus.

Caridade transferida ¾ socorro tardio.

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Conhecendo alguém que se afadiga no labor santificante da caridade, corre em seu auxílio, ao invés de o sobrecarregares com novas incumbências e maior soma de responsabilidades.

Detendo-te a meditar na "Parábola do Bom Samaritano", compreenderás a necessidade de fazeres, tu mesmo, a caridade.

Não mandes outrem realizá-la em teu lugar.

Não postergues o teu momento de felicidade.

Jesus jamais se poupava, transferindo labores. Inclusive na cruz, quando solicitado pelo atormentado bandido, que Lhe rogava ajuda, distendeu-lhe a mão generosa da esperança, em nome da excelsa caridade de Nosso Pai.

(De "Oferenda", de Divaldo P. Franco - Joanna de Ângelis)