terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Bezerra de Menezes

Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti (Riacho do Sangue (atual Jaguaretama), Ceará, 29 de agosto de 1831 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 11 de abril de 1900), médico, militar, escritor, jornalista, políticoe expoente do Espiritismo no Bra
sil. Filho de Antonio Bezerra de Menezes e de Fabiana de Jesus Maria Bezerra, após completar os seus estudos básicos na terra natal, partiu para a então capital do Império, a fim de matricular-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (5 de fevereiro de 1851).
Mesmo com grandes dificuldades para custear os estudos, fez residência na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, vindo a formar-se em 1856. No ano seguinte, a 1 de junho, tomou posse como membro na Academia Imperial de Medicina, de cujos Anais foi redator, entre 1859 e 1861. Em 1858 ingressou no Exército Brasileiro, no posto de Cirurgião-tenente, assistente do Cirurgião-mor, Manoel Feliciano Pereira de Carvalho. Nesse mesmo ano, a 6 de novembro, casou-se com Maria Cândida de Lacerda, que viria a falecer no início de 1863, deixando-lhe dois filhos.
Neste período a sua competência profissional, aliada ao carinho e generosidade que dispensava aos menos favorecidos, granjearam-lhe o respeito e o reconhecimento de numerosos amigos, que viriam logo a conduzi-lo para a Política, elegendo-se Vereador na Câmara Municipal do Rio de Janeiro (1860, 1864, 1873-1881) e Deputado Provincial (também pelo Rio de Janeiro) por diversas legislaturas (1867, membro da Comissão de Obras Públicas e, entre 1878 e 1885, a partir de 1882 membro das Comissões de Obras Públicas, Redação e Orçamento, totalizando quase trinta anos de atividade parlamentar.
Em 1865 desposou, em segundas núpcias, Cândida Augusta de Lacerda Machado, com quem teve mais sete filhos.
De 1878 a 1881 foi Presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, cargo que, à época, correspondia ao de Prefeito Municipal, administrando a cidade mais importante do país. Sem deixar de exercer a Medicina e a Política, empreendeu ainda a construção da Estrada de Ferro Macaé-Campos.
Após estudar por alguns anos as obras de Allan Kardec, em 16 de agosto de 1886, aos cinqüenta e cinco anos de idade, perante grande público (estimado, conforme as fontes, entre mil e quinhentas e duas mil pessoas) no salão de conferências da Guarda Velha, no Rio de Janeiro, em longa alocução, justificou a sua opção em abraçar o Espiritismo.
Entre 1887 e 1894 assinou semanalmente, sob o pseudônimo de Max, artigos sobre o Espiritismo em O Paiz, periódico de maior circulação da época, dirigido por Quintino Bocaiúva. Essas crônicas foram posteriormente reunidas em livro, em três volumes, pela Federação Espírita Brasileira, sob o título "Espiritismo: estudos philosophicos", publicados na cidade do Porto, em Portugal.
Em sua produção literária, destacam-se ainda:
A casa assombrada (romance)
Casamento e mortalha (romance)
Diagnóstico do Cancro (tese)
A Loucura sob novo prisma (estudo etiológico sobre as perturbações mentais)
Uma carta de Bezerra de Menezes (réplica a seu irmão que lhe exprobava a conversão ao Espiritismo)
Como escritor deixou artigos sobre variados temas, antes e depois de sua conversão, inclusive na pesquisa histórica e biográfica.
Na década de 1880 o incipiente movimento espírita brasileiro estava marcado pela total dispersão de seus adeptos e das entidades em que se reuniam. Havia, ainda, uma clara divisão entre os espíritas ditos místicos (mais afeitos a uma visão religiosa sobre o espiritismo), e os chamados científicos (mais propensos a um olhar filosófico e científico sobre a proposta espírita).
Em 1889 Bezerra de Menezes foi apontado como o único capaz de eliminar o espírito de cizânia então existente, vindo a ser eleito presidente da Federação Espírita Brasileira, cargo a que foi reconduzido em 1895, quando se agigantava a maré de discórdia e das radicalizões no meio espírita no país, função que exerceu até seu falecimento.
Carinhosamente apelidado de Médico dos pobres, o seu espírito de desprendimento não o permitiu acumular bens materiais, e foi em meio a grandes dificuldades financeiras que um acidente vascular cerebral o acometeu, na manhã de 11 de abril de 1900. Não faltaram aqueles, pobres e ricos, que socorreram a família, capitaneados pelo Senador Quintino Bocaiúva.

3 comentários:

Dulce Miller disse...

Oi Baby!
O Centro Espírita que eu frequento (não é sempre, mas vou sim) tem o nome de Bezerra de Menezes. Gostei de saber tudo isso sobre ele.
Obrigada.

Beijos

Adriana disse...

Olha, que legal, Du! Eu não sabia disso! Aff, vc nem me conta... Tá vendo como é, Baby? Tenho que vir aqui para saber das coisas! Rsrsrs... Eu não digo que essa Du é a agnóstica mais espiritualizada que eu conheço?!

Beijos, Baby e Du! ;-)

Cris disse...

Etaaa rsss beijos meninas e muita paz, já respondi na outra postagem lalaal rss olhando para cima e pensando nossa vcs são millllllllllllllllllllllllllllllll