terça-feira, 30 de junho de 2009

Alcoolismo



Há uma relação indissociável entre álcool e violência. Os inúmeros acidentes de trânsito, os assassinatos no cadinho do lar, as agressões nos diversos meios sociais etc. advêm do alcoolismo.

Isso ocorre porque “o álcool é um depressor do Sistema Nervoso Central e age diretamente em diversos órgãos, tais como o fígado, o coração, vasos, e na parede do estômago”. (1) Além disso, desencadeia reações extremamente negativas no organismo físico e perispiritual.

No corpo físico, o álcool causa a desinibição, por isso, várias pessoas, antes quietas, tornam-se desafiadoras, extrovertidas; causa instabilidade e prejuízo na capacidade de julgamento crítico, afetando a memória, a coordenação motora; inconsciência; prejuízo da respiração e circulação sanguínea; provoca ainda hepatite alcoólica, cirrose hepática, câncer; anormalidades do desenvolvimento fetal, coma e até mesmo a morte. (2)

É imperioso compreendermos que o alcoolismo também é uma forma de suicídio e agravamento do programa espiritual do ser humano que por ele se envereda.

A gênese desse vício devastador é multifatorial. Pode ter início devido à insegurança psicológica do indivíduo, funcionando como uma catarse. Outras vezes tem início com pais irresponsáveis que molham a chupeta de suas crianças em alguma bebida nas confraternizações sociais. Noutras ocasiões, a taça da ilusão é sorvida devido a um amor malogrado, a “perda” de algum ente querido, a decepção financeira e um sem-número de fatores que aturdem a mente enfermiça.

Qualquer que seja o motivo, aquele que faz uso do álcool e nele perdura não logra paz. Essa plantação é extremamente cara para o ser humano e seus familiares e a colheita é a humilhação social ou a situação ridícula por que passa, além das deformidades perispirituais e reencarnações futuras de graves expiações.

Aqueles que se encontram em tais condições lamentáveis podem e devem lutar com todas as suas forças para o equilíbrio psicofísico. Devem procurar o apoio familiar e de grupos especializados, realizar cultos do evangelho no lar, buscar o recurso energético do passe, os trabalhos sociais para a ocupação mental, ouvir palestras evangélicas, participar de grupos de estudos sistematizados da Doutrina Espírita, entre outros. Todas as “armas” devem ser direcionadas para esse monstro do alcoolismo.

Não podemos olvidar também a juventude tão carente do amor e compreensão dos adultos. Os jovens em suas baladas, micaretas, festas universitárias e outras estão expostos à drogadição, ao sexo desregrado, ao alcoolismo... Somente a educação formal e principalmente a educação moral, calcada no bojo da família, são capazes de livrá-los de tais vícios.

Não somos contrários às diversões naturais da juventude, mas somos da opinião de que devem ser baseadas na responsabilidade e no amor fraternal, o que não é ensejado pelo álcool e outros, já que causam violência, assassinatos, estupros etc.

O alcoolismo também é uma forma de suicídio e desastres morais, devendo ser combatido por todos nós, espíritas.

Referências:

(1) Disponível em . Acesso em 3 de janeiro de 2009.

(2) Além de várias outras comorbidades associadas. O termo comorbidade é formado pelo prefixo latino "cum", que significa contiguidade, correlação, companhia, e pela palavra morbidade, originada de "morbus", que designa estado patológico ou doença.

MARCOS PAULO DE OLIVEIRA SANTOS

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