terça-feira, 21 de julho de 2009

IDENTIFICAÇÃO DOS ESPÍRITOS





Questão grave, a de identificação dos Espíritos, nos fenômenos mediúnicos.

Utilizando-se de um equipamento muito complicado, nem todos os comunicantes sabem manipulá-lo como seria de desejar.

Além disso, as próprias complexidades e circunstâncias em que ocorre o fenômeno geram desafios aos mais experientes desencarnados, que se vêem a braços com a vontade e o caráter do médium, no momento das comunicações.

Outrossim, deve-se ter em mente que a morte biológica não é igual para todos, sendo o despertar na ultra tumba conforme o comportamento vivenciado durante toda a existência corporal.

Tomando consciência da realidade na qual ora se encontram, os Espíritos lúcidos passam a experimentar verdadeira revolução conceptual, obrigando-se a reconsiderar opiniões e objetivos aos quais se aferravam antes da libertação.

A surpresa que lhes assinala a consciência ante outros valores, alguns dos quais lhes eram desconhecidos ou não considerados, fá-los reavaliar o comportamento cultural e emocional, direcionando-os a novas ações, algumas bem diversas daquelas a que se habituaram no corpo somático.

Ampliam-se-lhes os horizontes da compreensão humana, e a visão, a respeito do destino, passa a experimentar uma correção de ângulo, que exige acuradas reflexões e largo esforço reeducativo.

O problema, portanto, da identificação dos Espíritos, é mais de aparência do que de realidade, desde que, qualquer pessoa que ama, não terá dificuldade em descobrir o seu afeto de retorno em mil pequenos ou grandes informes que os tipificam, sem a necessidade mórbida de exigir-lhes minudências e sinais de que eles mesmos se desejam libertar, a fim de avançarem no rumo de outros valores, ricos de paz e alento, que lhes acenam felicidade e união, quando aqueles da retaguarda física, também amados, romperem as algemas de retentiva e seguirem ao seu encontro, num mundo que já preparam, para que lhes seja melhor do que este de provas e expiações de onde procedemos.

(De "Temas da Vida e da Morte", de Divaldo P. Franco, pelo Espírito Manoel P. de Miranda)

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