Aqueles dias que passei na companhia agradável do Dr. Odilon me proporcionaram muitas lições. É verdade que muito ainda me cabia aprender, todavia, agora, não estava mais assim tão ignorante das realidades da Vida Espiritual nas dimensões em que foram chamados a viver.
Comunicando ao Instrutor o propósito de transmitir aos irmãos da Terra algo do que aprendera, ele considerou:
- Paulino, não há problema, aliás, não é mesmo interessante que a revelação mediúnica se concentre em alguns poucos medianeiros, através das informações de além-túmulo de alguns poucos espíritos. A experiência com a Verdade é inerente a cada um. Lógico que respeitamos os amigos, encarnados e desencarnados, que estejam cumprindo tarefas que lhes foram designadas pelo Alto; no entanto, desde que não extrapolemos, não há nada de mais em comunicarmos aos nossos irmãos do mundo nossas vivências... A revelação da Verdade não pode estar, inteira, nas mãos de um único homem; poderíamos, de fato, compará-la a um imenso espelho que, caindo das alturas, se espatifou em mil pedaços - cada qual recolheu um fragmento, apossando-se, simbolicamente, de um pedaço da Verdade Absoluta... Repito, desde que você, meu filho, se disponha a continuar levando, com sinceridade, aos homens, o fruto de suas experiências na Vida Maior, não vejo qualquer empecilho. Depois da morte, continuamos livres, respondendo, evidentemente, pelos excessos que, por ventura, venhamos a cometer. O máximo que poderá acontecer será suscitar certa discussão de ordem doutrinária entre os companheiros que tenham oportunidade de lê-lo... Todo atrito filosófico, quando respeitoso e isento de qualquer paixão partidária, aumenta a intensidade da luz.
- Mas - redargui - não desejo causar problemas para os nossos amigos, mormente para o companheiro que se dispuser a interpretar-
- Não - tranqüilizou-
Despedi-me do Dr. Odilon com lágrimas nos olhos. Para mim, ele se constituíra um verdadeiro pai no Mundo Espiritual. Apesar de suas múltiplas ocupações, sempre encontrava algumas horas para dedicar-se ao diálogo comigo, e não apenas comigo mas com diversos outros jovens desencarnados interessados em aprender um pouco mais.
Agradecendo a ele pela generosidade, notei quando se afastava, falando-me com o seu inseparável sorriso nos lábios:
- Até breve, Paulino! Até o nosso próximo encontro!
Em silêncio, contemplei as estrelas que tremeluziam dentro da noite, e eu, que estava aprendendo a orar, agradeci a Deus pela santa e bendita oportunidade de servir, algo fazendo, depois de "morto", em benefício dos que vagueiam no mundo, sem conhecer o caminho!...
(De "Vida Sem Fim", de Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Paulino Garcia)
Jesus – A Luz das nações
Há um dia
2 comentários:
Oi, passa lá no blog, tem um selinho pra ti.
Beijos
Obrigada bjos
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