Aqueles dias que passei na companhia agradável do  Dr. Odilon me proporcionaram muitas lições. É verdade que muito ainda me cabia  aprender, todavia, agora, não estava mais assim tão ignorante das realidades da  Vida Espiritual nas dimensões em que foram chamados a viver.
Comunicando  ao Instrutor o propósito de transmitir aos irmãos da Terra algo do que  aprendera, ele considerou:
- Paulino, não há problema, aliás, não é mesmo  interessante que a revelação mediúnica se concentre em alguns poucos  medianeiros, através das informações de além-túmulo de alguns poucos espíritos.  A experiência com a Verdade é inerente a cada um. Lógico que respeitamos os  amigos, encarnados e desencarnados, que estejam cumprindo tarefas que lhes foram  designadas pelo Alto; no entanto, desde que não extrapolemos, não há nada de  mais em comunicarmos aos nossos irmãos do mundo nossas vivências... A revelação  da Verdade não pode estar, inteira, nas mãos de um único homem; poderíamos, de  fato, compará-la a um imenso espelho que, caindo das alturas, se espatifou em  mil pedaços - cada qual recolheu um fragmento, apossando-se, simbolicamente, de  um pedaço da Verdade Absoluta... Repito, desde que você, meu filho, se disponha  a continuar levando, com sinceridade, aos homens, o fruto de suas experiências  na Vida Maior, não vejo qualquer empecilho. Depois da morte, continuamos livres,  respondendo, evidentemente, pelos excessos que, por ventura, venhamos a cometer.  O máximo que poderá acontecer será suscitar certa discussão de ordem doutrinária  entre os companheiros que tenham oportunidade de lê-lo... Todo atrito  filosófico, quando respeitoso e isento de qualquer paixão partidária, aumenta a  intensidade da luz.
- Mas - redargui - não desejo causar problemas para  os nossos amigos, mormente para o companheiro que se dispuser a  interpretar-
- Não - tranqüilizou-
Despedi-me do Dr. Odilon com lágrimas  nos olhos. Para mim, ele se constituíra um verdadeiro pai no Mundo Espiritual.  Apesar de suas múltiplas ocupações, sempre encontrava algumas horas para  dedicar-se ao diálogo comigo, e não apenas comigo mas com diversos outros jovens  desencarnados interessados em aprender um pouco mais.
Agradecendo a ele  pela generosidade, notei quando se afastava, falando-me com o seu inseparável  sorriso nos lábios:
- Até breve, Paulino! Até o nosso próximo  encontro!
Em silêncio, contemplei as estrelas que tremeluziam dentro da  noite, e eu, que estava aprendendo a orar, agradeci a Deus pela santa e bendita  oportunidade de servir, algo fazendo, depois de "morto", em benefício dos que  vagueiam no mundo, sem conhecer o caminho!...
(De "Vida Sem Fim", de  Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Paulino Garcia)
terça-feira, 28 de julho de 2009
APRENDENDO SEMPRE
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Os animais

Os animais tem sentimentos de amor, saudade, ódio, entre outros, mas sobre as causas de suas dores encontrei um texto que vai esclarecer mais sobre o assunto:
— E dor nos animais? Não tendo inteligência, livre-arbítrio ou consciência, suas ações, necessariamente instintivas, apenas visam a sobrevivência. E em assim sendo, como lhes imputar culpa e o respectivo resgate?
Partindo da premissa de que Deus é a Perfeição Suprema e o Amor Absoluto, em nenhuma hipótese poderíamos aventar a menor possibilidade de que isso consista injustiça ou equívoco da natureza.
Outro tem que ser o enfoque.
Aqui, entra em cena a condição esclarecedora do Espiritismo.
Vamos nos demorar mais um pouco nas reflexões sobre a dor, de modo geral:
a. Em “A Gênese”, Cap III, Allan Kardec filosofa com grande profundidade sobre o bem e o mal, analisando detalhadamente sobre instinto e inteligência e, particularmente, sobre a “destruição dos seres vivos uns pelos outros”. No item 21, esclarece que “a verdadeira vida, tanto do animal como do homem, não está no invólucro corporal, do mesmo modo que não está no vestuário. Está no princípio inteligente que preexiste e sobrevive ao corpo”. Aqui, já temos conteúdo suficiente para refletir que danos físicos que destruam a matéria, isto é, dos quais resulte a morte, não destruem o espírito (naturalmente, revestido do perispírito, que os animais também os têm, embora de matéria mais rudimentar que a humana).
Prossegue Kardec, agora no item 24: “nos seres inferiores da criação, naqueles a quem ainda falta o senso moral, em os quais a inteligência ainda não substituiu o instinto, a luta é pela satisfação da imperiosa necessidade — a alimentação; lutam unicamente para viver; é nesse primeiro período que a alma se elabora e ensaia para a vida”.
b. O Espírito Emmanuel nos esclarece, de forma a não deixar quaisquer dúvidas, que a dor representa aprendizado, constante da trilha evolutiva de cada ser vivo, rumo à evolução; essa informação é textual, cristalina e não deixa margem a derivações filosóficas. Ei-la:
“Ninguém sofre, de um modo ou de outro, tão-somente para resgatar o preço de alguma coisa. Sofre-se, também, angariando os recursos preciosos para obtê-la.
Assim é que o animal atravessa longas eras de prova a fim de domesticar-se, tanto quanto o homem atravessa outras tantas longas eras para instruir-se.
Espírito algum obtém elevação ou cultura por osmose, mas sim através de trabalho paciente e intransferível.
O animal igualmente para atingir a auréola da razão deve conhecer benemérita e comprida fieira de experiências que terminarão por integrá-lo na posse definitiva do raciocínio.
Dor física no animal é passaporte para mais amplos recursos no domínios da evolução”.
(O REFORMADOR, Junho, 1987 - FEB).
Assim, mesmo que para muitos de nós tal seja penoso aceitar, prudente será refletir muito sobre o tema e sobre o quanto ainda ignoramos das coisas de Deus; alenta-nos considerar, com veemência, que o Pai jamais abandona qualquer dos Seus filhos. Com essa certeza, fica afastada, "ab initio", que a crueldade que vitima animais seja indiferente à Vida e ao Amor de Deus, presente no infinitamente perfeito Plano da Criação.
c. Juvanir Borges de Souza, em “Tempo de Renovação”, Cap 20, pág. 164, Ed.FEB, 1989, arremata: “para bem compreendermos o papel da dor será necessário situá-la como a grande educadora dos seres vivos, com funções diferentes no vegetal, no animal e no homem, mas sempre como impulsionadora do processo evolutivo, uma das alavancas do progresso do princípio espiritual” (grifamos).
Diante das assertivas acima, refletimos:
- animais sofrem para que registrem em sua memória espiritual, eterna, que a dor dói, é ruim; assim, ao evoluírem, alcançando a inteligência, já trarão na bagagem cognitiva, que a dor deve ser evitada - a própria, por auto-preservação e a do próximo, por ser esse um dos conselhos de Jesus para a evolução espiritual;
- nada nos impede de considerar que a dor, nos animais, completado o aprendizado, não mais se repetirá, sendo muito provável que ao desencarnarem, seja em que condições sejam, o sofrimento é interrompido no ato da desencarnação e sob patrocínio caridoso dos Missionários do Amor Eterno;
- aliás, não cremos que seja necessária mais de uma experiência dolorosa, para fixação do aprendizado; como existem milhares de espécies e milhões de moradas no Universo, há grande probabilidade que os animais percorram muitos desses mundos, em corpos adequados, acumulando experiências;
- como a restauração perispirítica é uma realidade do Plano Maior, nada nos impede também de imaginar que os perispíritos dos animais, se danificados, ali serão recompostos por Geneticistas Siderais, os mesmos que promovem as modificações tendentes à escala evolutiva da espécie (vide “A Caminho da Luz”, Cap “A Grande Transição”);
- se animais forem "anestesiados" por Espíritos Protetores, na hora do abate, para evitar a dor, ali não ocorreria fixação do aprendizado evolutivo; contudo, nada nos objeta raciocinar que em muitos, muitos casos mesmo, isso ocorra, porém em outras circunstâncias; por exemplo: quando a crueldade humana esteja presente, infligindo sofrimento a animais cujo programa reencarnatório não o previa;
- aos Espíritos que amam os animais, a eles provavelmente é delegada a função de orientar as espécies animais quando no plano espiritual e de os proteger, quando no material; neste, fazem-no com abnegação e amor, criando "habitats" e mantendo os ecossistemas; assistindo-os nos momentos difíceis pelos quais passam; consideremos, por exemplo, que quando um predador de grande potencial ofensivo (nunca se esquecer que foram os Promotores da Vida que disso o equiparam...) ataca uma indefesa presa (também de organismo engendrado pelos Guardiões da Vida Eterna), Deus está presente num e noutro animal; pela Lei do Progresso, certamente, no avançar do tempo, os papéis talvez sejam invertidos, após o que, ambos já terão em sua memória espiritual tal lembrança (automatismo biológico-espiritual); atingindo a razão/inteligência, só cometerão violência por auto-decisão, a bordo do livre-arbítrio; e, a partir do livre-arbítrio, a evolução passa a ser balizada pela Lei de Causa e Efeito - Ação e Reação.
Por oportuno, vejamos alguns trechos das sempre elucidativas instruções de Allan Kardec, Espírito, clareando o assunto, através mensagem contida em “O Diário dos Invisíveis”, psicografada por Zilda Gama (p. 73 a 75 da 1ª Ed., 1927, Editora O Pensamento):
(...)
“Bem sabeis que a dor, física e moral, é a lixívia que alveja a alma enodoada do ser consciente e responsável por seus atos; é a lâmpada que a inunda de luz, tornando-a eternamente radiosa.
(...)
Se só o homem fosse suscetível à dor e às enfermidades e os irracionais tivessem os organismos imunes ao sofrimento, insensíveis como o aço, romper-se-ia o elo que os vincula pela matéria, que é semelhante em todos os animais.
(...)
Os animais, quer os de constituição semelhante à do homem, quem os de organismos imperfeitos, não padecem, como os racionais, unicamente para progredir espiritualmente, pois são inconscientes e irresponsáveis, mas Deus, que tudo prevê, não os fez insensíveis à própria defesa e conservação, como meio de serem domesticados, tornando-os úteis às coletividades.
Um cavalo que fosse indiferente à dor seria capaz de precipitar-se, com o cavaleiro, ao primeiro abismo que se lhe deparasse, tentando livrar-se da sela e da carga importuna que lhe tolhem os movimentos, privando-o de viver às soltas pela vastidão dos prados ou à sombra das florestas. Por que recuam, temerosos, ante a ameaça de um calhau ou de uma farpa, um cão ou um touro enfurecido? Com receio do sofrimento que teriam se fossem por eles atingidos
(...)
Os irracionais necessitam da dor, para que possam, em estado de liberdade, defender a própria vida, temer as sevícias, sofrear os impulsos ferozes, procurar repouso e alimento, tornar-se menos perigoso ao homem, manter o instinto de conservação, que não teriam, se os seus corpos fossem desprovidos de sensibilidade. O homem progride mais pelos padecimentos morais que pelos físicos; nos irracionais predominam estes sobre aqueles.
(...)
A dor é útil aos animais para que os fracos e pequenos se defendam dos fortes e cruéis, procurando esconderijos inacessíveis a seus adversários nas furnas ou nas mais altas frondes”.
Fonte: http://www.feal.com.br/colunistas.php?art_id=11&col_id=31
NA SEARA
Na seara espírita onde foste chamado a servir, não critiques  os
companheiros, mesmo quando estejais a sós com alguém de tua inteira
confiança.
Evita fomentar conversações inúteis, promotoras da  desunião e da
desconfiança.
Se te encontras imbuído do propósito  de auxiliar, não apontes erros nos
outros.
Não te esqueças que  cada um deve colher os frutos de sua própria
experiência e não queiras  substituí-los no aprendizado que se lhes faz
necessário.
Recordando a ti mesmo o quanto já te equivocaste,  exercita a
paciência e a compreensão para com aqueles que não te escutam  os alvitres.
Valorizas os companheiros, destacando-lhes o esforço e a boa
vontade nas tarefas que desempenham, sem exigir deles a perfeição que
também não podes oferecer.
Não permitas que os assuntos levianos  se alastrem no grupo a que
pertences, minando-lhes as bases com a  infiltração da intriga, que acaba
por derrubar as mais sólidas  construções de fraternidade.
Quando não tenhas o que conversar,  relativamente às tarefas em
pauta, antes que o tema descambe para a  maledicência, provoque o diálogo
em torno de uma das lições da Doutrina,  canalizando as tuas idéias para o que
seja proveitoso.
Educar a  palavra é educar a alma em profundidade.
Se foste chamado a dirigir um  grupo de amigos vinculados ao
Espiritismo, reflete na responsabilidade  de que te encontras transitoriamente
investido e procura mantê-los  unidos através do teu exemplo.
Não cultives preferências por este ou  aquele.
Divide a tua atenção e o teu carinho, por igual, com todos  eles.
Aprende a ouvir, para que saibas falar.
Lembra-te de que um  dos maiores problemas que Jesus enfrentou,
para nos ensinar o seu  Evangelho, foi o do relacionamento entre os irmãos
que lhe constituíam o  colégio apostólico.
Não alimentes aversão por quem pensa diferente de  teus pensamentos.
"Quem não é por nós, é contra nós; e quem conosco não  ajunta, espalha."
Não te arvores em juiz de quem quer que seja.
Os  Espíritos Superiores que ditaram a Doutrina a Allan Kardec
agitam quase  que em completo anonimato, assinando as mais belas
páginas apenas como  "Um Espírito Familiar", "Espírito Amigo", "Guia
Protetor", "João",  "Lázaro", "Cáritas", "Simeão"...
Afastemos o personalismo de nossas  cogitações.
Não queiramos ser o que sabemos que não  somos.
Impessoalizemo-
Quando não possas concordar com a  orientação doutrinária deste ou
daquele grupo, que acredita estar no  caminho certo, ou quando ainda não
consigas entender o posicionamento  deste ou daquele companheiro de ideal, que
defende firmemente o seu  ponto de vista, silencia e espera.
De tua parte, sê sempre aberto ao  diálogo, fugindo ao extremismo das idéias.
Se assim o fizeres, certamente  errarás menos e colaborarás de forma mais
eficiente na construção do  Reino de Deus sobre a face da Terra.
(De "Seara de Luz", de Carlos A.  Baccelli, pelo Espírito Irmão José)
NÃO ESTÁ AQUI

Não poderia haver lugar para Jesus no  mundo.
"Filho de Deus", o Seu era o lugar no sublime comando da  Humanidade.
Revertendo a ordem dos valores egoístas e ensinando a  fraternidade legítima, não poderia ser aceito nem compreendido sequer pelos que  O seguiam.
Luz imperecível em sombra densa, atraía e enceguecia por  momentos.
Dosada pelo amor dominaria os corações, lentamente, para todo o  sempre.
Chegando à hora das grandes e arbitrárias dominações, que ainda  persistem nos países inquietos da Terra e nas mentes intranquilas das criaturas,  era o semeador de estrelas em noite de trevas, a fim de que jamais houvesse medo  e obscurantismo.
Toda a Sua carga de emoção fazia-se um claro duradouro  de amor com que ofereceu dignidade à vida, num abundante enriquecer de  esperanças.
***
Lembra-te do amor de Jesus em todas as horas da  tua vida e ama sem desfalecimento.
Em soledade ou em abandono,  ama.
Sob o açodar da alheia impiedade ou perseguido sem descanso,  ama.
Colhido por incompreensões ou silenciado pelo vozerio dos tumultos  violentos, ama.
Prossegue amando, sem preocupar-te com retribuições nem  aplausos.
Sofrendo, porém, amando.
Se todos, amigos e conhecidos,  ficarem contra ti, permanece a favor do bem, sem dúvida, favorável a  eles.
Maltratado, não revides.
Ignorado, não te rebeles.
A  árvore podada mais reverdece e o grão, esmagado na cova escura, explode em  vida.
Jesus é Vida.
***
Após todas as tribulações, sevícias  e dilacerações, Ele continuou afável.
Abandonado pelos comensais das Suas  horas de mansidão e de misericórdia, não os repreendeu.
Em poucos dias o  triunfo da entrada na cidade e o triunfo eterno, na cidade que pensava  matá-Lo...
Os enganosos júbilos do domingo não O emularam, antes  fizeram-No triste, quando os outros sorriam.
Sem embargo, diante das  lágrimas de saudade dos que O buscavam no túmulo, Ele se encontrava em glória  real na Vida.
- Que vieste ver? - inquiriram os seres angélicos a Maria  de Madalena. - Ele não está aqui.
Jesus encontra-se, sem dúvida, a céu  aberto, pelo mundo, renovando a psicosfera terrena e albergando os sofredores no  Seu coração.
Segue-O tu.
Faze o mesmo que Ele prossegue fazendo,  sem reclamar, nem desanimar nunca.
(De "Otimismo", de Divaldo P. Franco,  pelo Espírito Joanna de Ângelis)
terça-feira, 21 de julho de 2009
JOVENS E JOVENS
Fala-se das jovens adolescentes que  engravidam prematuramente.
De jovens perdidos no lodaçal dos  vícios...
De jovens que põem fogo em índios e mendigos...
De  jovens tresloucados, que se arrebentam em acidentes violentos nas competições  ilegais, chamadas "rachas".
Quando lemos ou ouvimos tais informações,  ficamos chocados com tantos desatinos e logo imaginamos o que será do futuro da  Terra, se a juventude está perdida.
Todavia, os olhos e ouvidos  interessados, podem ler ou ouvir vez que outra, uma tímida notícia de jovens que  se dedicam com fervor ao bem geral.
São jovens cientistas premiados  pelos esforços dedicados em busca de melhor qualidade de vida para enfermos  anônimos...
Jovens que se entregam de corpo e alma às artes, exaltando o  bem e o belo.
Com habilidade extraem sons melodiosos dos teclados...
Com graciosidade cantam, dançam, fazem acrobacias nas quadras  esportivas..
Jovens saudáveis que dedicam o tempo a distrair e  alegrar pessoas idosas e enfermas enclausuradas em velhanatos..
Adolescentes que se chocam com a miséria do próximo e envidam esforços  para minorar-lhes o sofrimento..
Tantos são os jovens que são  arrimo da família. Que trabalham de sol a sol na lavoura, regando com o próprio  suor a terra generosa de onde retiram o sustento...
Jovens médicos que,  com mãos hábeis, fazem cirurgias extraindo tumores dos corpos, sem deixar vazio  o coração dos pacientes desesperados.
Jovens que, apesar de conquistarem  a fama, não se permitem a promiscuidade nem se prestam a promover produtos que  incitam aos vícios nem aos desregramentos na área da sexualidade.
Jovens  que falam do Cristo e buscam viver Seus ensinos...
Como podemos perceber,  há jovens e jovens...
Se o bem fosse mais divulgado, certamente seria  imitado e adotado como postura por tantos jovens indecisos, inseguros, que  acabam se decidindo pela maioria, ou pelo que pensam ser a maioria.
Assim, tenhamos a certeza de que a juventude não está perdida e que o  futuro já está acontecendo hoje, com essa força juvenil saudável e entusiasta,  capaz de derrubar as estruturas apodrecidas da sociedade em que vive e  fortalecer os costumes sadios e promissores vigentes.
............
Ser jovem é não ter cumplicidade negativa  com o passado. É não se deixar contaminar pelos hábitos viciados de outras  gerações.
Ser jovem é viver com entusiasmo, semeando alegria com  discernimento.
A juventude é a primavera da vida, e jovem sem entusiasmo  é como uma flor sem perfume, que tende a ser derrubada pelos primeiros ventos do  inverno.
Portanto, o jovem para ser feliz, deve erguer bem alto a  bandeira da solidariedade, da fraternidade e da verdadeira liberdade, que é a  paz da consciência tranqüila.
(Equipe de Redação do Momento Espírita,  programa radiofônico levado ao ar pela Federação Espírita do Paraná -  www.momento.
IDENTIFICAÇÃO DOS ESPÍRITOS

Questão grave, a de identificação dos  Espíritos, nos fenômenos mediúnicos.
Utilizando-se de um equipamento  muito complicado, nem todos os comunicantes sabem manipulá-lo como seria de  desejar.
Além disso, as próprias complexidades e circunstâncias em que  ocorre o fenômeno geram desafios aos mais experientes desencarnados, que se vêem  a braços com a vontade e o caráter do médium, no momento das  comunicações.
Outrossim, deve-se ter em mente que a morte biológica não é  igual para todos, sendo o despertar na ultra tumba conforme o comportamento  vivenciado durante toda a existência corporal.
Tomando consciência da  realidade na qual ora se encontram, os Espíritos lúcidos passam a experimentar  verdadeira revolução conceptual, obrigando-se a reconsiderar opiniões e  objetivos aos quais se aferravam antes da libertação.
A surpresa que lhes  assinala a consciência ante outros valores, alguns dos quais lhes eram  desconhecidos ou não considerados, fá-los reavaliar o comportamento cultural e  emocional, direcionando-
Ampliam-se-lhes os horizontes da  compreensão humana, e a visão, a respeito do destino, passa a experimentar uma  correção de ângulo, que exige acuradas reflexões e largo esforço  reeducativo.
O problema, portanto, da identificação dos Espíritos, é mais  de aparência do que de realidade, desde que, qualquer pessoa que ama, não terá  dificuldade em descobrir o seu afeto de retorno em mil pequenos ou grandes  informes que os tipificam, sem a necessidade mórbida de exigir-lhes minudências  e sinais de que eles mesmos se desejam libertar, a fim de avançarem no rumo de  outros valores, ricos de paz e alento, que lhes acenam felicidade e união,  quando aqueles da retaguarda física, também amados, romperem as algemas de  retentiva e seguirem ao seu encontro, num mundo que já preparam, para que lhes  seja melhor do que este de provas e expiações de onde procedemos.
(De  "Temas da Vida e da Morte", de Divaldo P. Franco, pelo Espírito Manoel P. de  Miranda)
domingo, 19 de julho de 2009
MARCO DA REENCARNAÇÃO

ESE - Cap IV          Item 24
A  reencarnação na Terra tem limites, desde que o Espírito chegue a uma condição de  não
mais precisar vestir a roupagem da carne; no entanto, considerando  que a reencarnação se
constitui em mudanças, e olhando para a vida  eterna plena de transformações, ela se nos
apresenta sem limites, porque  as mudanças são permanentes.
Tudo reassume novos corpos na pauta da vida  contínua; pode-se dizer, não encontrando
outra expressão, que a vida se  compõe de um seqüente movimento. Em todo lugar onde
estagiamos, buscando  experiências, existe a oportunidade extrema, nos mostrando o ponto final
que podemos suportar naquele mundo; entretanto, não são extremos  permanentes e, sim,
limites do mundo em que estamos e que nós  suportamos.
A evolução não tem barreiras; as mudanças são eternas em  todas as escalas da vida.
Crescemos sempre, é o que podemos dizer. No  ponto em que a humanidade se encontra na
Terra, como mundo de expiações  e provas, prestes a sair deste estágio, precisamos
trabalhar dentro de  nós, em preparo para alcançar um mundo de regeneração. Assim se
processa  a subida cada vez melhor, até a depuração espiritual que a vida pode nos  oferecer.. E
a Doutrina Espírita nos fala desta verdade, notícia que  muito nos agrada, por já sentirmos o
ambiente da felicidade; e para  tanto, trabalhamos no ambiente do amor.
Os benfeitores espirituais que  orientam a humanidade, sob a égide de Jesus, têm uma
grande tolerância,  por saberem que o Espírito revestido de carne recebe muita influência do
magnetismo inferior, mas, mesmo assim, deve lutar, porque é no esforço  de cada dia que
poderá alcançar a liberdade, dominando as  paixões.
Nada tem limites, a não ser nos estágios, mas para adentrar em  outra seqüência de
aperfeiçoamento; assim é a vida, cheia de alegria,  amor e caridade. O perispírito pode chegar
à certa elevação de se  confundir com o Espírito sujeito à reencarnação na Terra; e o
próprio  corpo, em mundos superiores, também se confundir com o perispírito nos mundos
inferiores.Entregue
a sabedoria divina, no sentido de atingirmos um  grau elevado do Espírito imortal, doando amor
e espargindo luzes em  todas as direções. Essa é a vida naquele ambiente de felicidade
imperturbável.
O Espiritismo nos concita ao trabalho na nossa  intimidade, sempre na exemplificação das
virtudes de ouro que o  Evangelho de Jesus, na amplitude do amor, nos oferta como
caminho,  verdade e vida, considerando o amor como ponto de partida, que é igualmente o
ponto de chegada, por se mostrar em todos os estágios das dimensões. O  amor é o hálito de
Deus e o clima onde o Cristo vive.
Estamos  vivendo a aproximação do fim dos tempos, onde dominam expiações e provas,
na busca de outro mundo para a nossa regeneração. A humanidade caminha  sob a aflição
da dor, contudo,recebe permanentemente lições valiosas,  envolvidas com a verdade que
podemos entender como a  libertação.
O mundo atual vivem em torno de dois monstros que devoram  todas as esperanças, que
se chamam orgulho e egoísmo, que devem ser  expulsos das nossas vidas. Basta analisarmos
com ponderação, que  encontraremos essas duas feras devorando nossas alegrias.
Lutemos para  vencer essa guerra, que entraremos na era da felicidade, sentindo o
Senhor irradiando nas nossas consciências, em completa integração com  Jesus, que domina
nossos destinos.
Entendemos que nada tem  limites; tudo se transforma, mas sempre para melhor, sendo
Deus a fonte  das nossas vidas, em quem devemos confiar e a quem devemos servir com
humildade e amor.
(De: "Máximas de Luz", de João Nunes Maia, pelo  Espírito Miramez)
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Luz em ti

Ninguém dispõe dele em teu lugar.
Nas horas mais difíceis, podes gastá-lo
sem preocupação.
Quando alguém te fira, é capaz de revelar-te
a grandeza da alma, no brilho do perdão.
No momento em que os seres mais queridos
porventura te abandonem, será parte
luminosa de tua bênção.
Ante os irmãos infelizes, é o teu cartão de
paz e simpatia.
Nos empreendimentos que te digam respeito
ao próprio interesse, converte-se em passaporte
para a aquisição das vantagens que desejes
usufruir.
No relacionamento comum, transforma-se na
chave para a formação das amizades fiéis.
Na essência, é um investimento, a teu próprio
favor, que realizas sem o menor prejuízo.
Esse tesouro é o teu sorriso, - luz de Deus em ti
mesmo, - que nenhuma circunstância pode
extinguir e que ninguém consegue arrebatar.
(Do livro "Palavras do Coração", de Francisco Cândido Xavier,
pelo Espírito Meimei)
LUZ PARA TODOS

Autor espiritual: Emmanuel.
Médium: Francisco  Cândido Xavier.
Palavras de apresentação de Chico Xavier:
LUZ PARA  TODOS
Estariam os princípios espíritas endereçados à segregação para uso  exclusivo daqueles irmãos que carregam provas visíveis no plano  material?
Encontramos, com freqüência, na Terra, quem suponha deva ser a  Nova Revelação limitada ao trabalho em favor dos que sofrem a penúria do corpo,  sob pena de perder a própria simplicidade.
Entretanto, a fulguração solar  será menos luz quando clareia o recôncavo de um vale e o topo de um arranha-céu  ao mesmo tempo? E, acaso, a fonte se diminuirá em grandeza por deixar-se  canalizar em serviço à cidade grande, após haver saciado a sede aos lares do  campo?
*
Decerto, a mensagem da Vida Maior tem significação mais  imediata em auxílio a quantos se vejam no mundo em dificuldades abertas, seja no  chão das exigências primárias da natureza ou na sombra das grandes tribulações  em que a inconformidade os compele a se tornarem francamente infelizes.  Imperioso, porém, pensar naqueles outros companheiros da humanidade que a vida  situou em outros setores.
Não é a face externa da criatura que lhe  determina o grau da necessidade espiritual.
Dói-nos ver as mãos que se  nos estendem nas ruas, à cata de pão; no entanto, será justo, igualmente,  compreender os obstáculos daqueles que se esfalfam em serviço para que haja pão,  tanto quanto possível, à mesa de todos.
Aflige-nos registrar os empeços  do amigo em profissão singela, cujo salário não lhe satisfaz a todos os  requisitos da vida simples, mas não nos será lícito esquecer os óbices daqueles  que se atormentam na orientação da oficina para que o trabalho não se perturbe  ou escasseie.
Magoa-nos surpreender irmãos diversos, acomodados nos  palheiros humildes que lhes servem de residência; contudo, não podemos  desconhecer os impedimentos daqueles outros que encanecem nas administrações,  construindo caminhos ao progresso e traçando horizontes ao reconforto  geral.
Sensibiliza- nos o martírio das mães que vagueiam nas vias  públicas à busca de socorro para filhinhos padecentes; entretanto, seria injusto  desconsiderar o sofrimento daquelas outras que se aniquilam, pouco a pouco,  dentro de casa, em posição de incessante sacrifício, para sustentarem os  descendentes, de modo a que a dignidade humana possa honrosamente  sobreviver.
*
Reflitamos no conjunto dos problemas humanos e a  ninguém deserdemos da verdade e do amor, de vez que em qualquer situação  pertencemos todos a Deus e, segundo as nossas necessidades, é natural que Deus  nos atenda a cada um.
(Do livro "Na era do Espírito", de Francisco  Cândido Xavier e J. Herculano Pires - Espíritos Diversos)
sábado, 11 de julho de 2009
PARASITOSE MENTAL

Avançando em nossos ligeiros apontamentos acerca da obsessão, cremos seja de nosso interesse apreciar o vampirismo, ainda mesmo superficialmente, para figurá-lo como sendo inquietante fenômeno de parasitose mental.
Sabemos que a parasitogenia abarca em si todas as ocorrências fisiopatológicas, dentro das quais os organismos vivos, quando negligenciados ou desnutridos, se habilitam à hospedagem e à reprodução dos helmintos e dos ácaros que escravizam homens e animais.
Não ignoramos também que o parasitismo pode ser externo ou interno.
Nas manifestações do primeiro, temos o assalto de elementos carnívoros, como por exemplo as variadas espécies do aracnídeo acarino sobre o campo epidérmico e, nas expressões do segundo, encontramos a infestação de elementos saprófagos, como, por exemplo, as diversas classes de platielmíntios, em que se destacam os cestóides no equipamento intestinal.
E, para evitar as múltiplas formas de degradação orgânica, que o parasitismo impõe às suas vítimas, mobiliza o homem largamente os vermífugos, as pastas sulfuradas, as loções mercuriais, o pó de estafiságria e recursos outros, suscetíveis de atenuar-lhe os efeitos e extinguir-lhe as causas.
No vampirismo, devemos considerar igualmente os fatores externos e internos, compreendendo, porém, que, na esfera da alma, os primeiros dependem dos segundos, porquanto não há influenciação exterior deprimente para a criatura, quando a própria criatura não se deprime.
É que pelo ímã do pensamento doentio e descontrolado, o homem provoca sobre si a contaminação fluídica de entidades em desequilíbrio, capazes de conduzi-lo à escabiose e à ulceração, à dipsomania e à loucura, à cirrose e aos tumores benignos ou malignos de variada procedência, tanto quanto aos vícios que corroem a vida moral, e, através do próprio pensamento desgovernado, pode fabricar para si mesmo as mais graves eclosões de alienação mental, como sejam as psicoses de angústia e ódio, vaidade e orgulho, usura e delinqüência, desânimo e egocentrismo, impondo ao veículo orgânico processos patogênicos indefiníveis, que lhe favorecem a derrocada ou a morte.
Imprescindível, assim, viver em guarda contra as idéias fixas, opressivas ou aviltantes, que estabelecem, ao redor de nós, maiores ou menores perturbações, sentenciando-nos à vala comum da frustração.
Toda forma de vampirismo está vinculada à mente deficitária, ociosa ou inerte, que se rende, desajustada, às sugestões inferiores que a exploram sem defensiva.
Usemos, desse modo, na garantia de nossa higiene mento-psíquica, os antissépticos do Evangelho.
Bondade para com todos, trabalho incansável no bem, otimismo operante, dever irrepreensivelmente cumprido, sinceridade, boa-vontade, esquecimento integral das ofensas recebidas e fraternidade simples e pura, constituem sustentáculo de nossa saúde espiritual.
— «Amai-vos uns aos outros como eu vos amei» recomendou o Divino Mestre.
— «Caminhai como filhos da luz» — ensinou o apóstolo da gentilidade.
Procurando, pois, o Senhor e aqueles que o seguem valorosamente, pela reta conduta de cristãos leais ao Cristo, vacinemos nossas almas contra as flagelações externas ou internas da parasitose mental.
Dias da Cruz
Fonte:
Do livro "INSTRUÇÕES PSICOFÔNICAS", psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier (Chico Xavier), pelo espírito Dias da Cruz, edição FEB.
Senhor
.jpg)

Maria Dolores
terça-feira, 7 de julho de 2009
HEREDITARIEDADE MORAL - 3ª PARTE- Final
Algo semelhante ocorre em relação à vocação, ponta visível de nosso universo  íntimo, sem subordinação a fatores hereditários ou ambientes.
Desde a mais tenra  infância a criança revela tendências e habilidades relacionadas com determinada  atividade que, não raro, surpreendem os adultos.
Se houvesse uma escola  para os pais uma disciplina seria indispensável: como ajudar os filhos a seguir  suas inclinações, no indispensável casamento entre vocação e  profissão.
Quando isto não ocorre, temos verdadeiros  desastres:
Maus médicos que seriam excelentes fazendeiros.
Maus  advogados que seriam ótimos músicos.
Maus administradores que se dariam  bem melhor como operários.
Diz Gibran Khalil Gibran, em "O  Profeta":
Vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as  filhas da ânsia da Vida por si mesma.
Eles vem através de vós mas não são  de vós.
E embora convivam convosco, não vos pertencem.
Jesus diz  algo semelhante no famoso diálogo com Nicodemos, quando proclama:
O  Espírito sopra onde quer; tu lhe ouves a voz, mas ignoras donde ele vem e para  onde vai...
Os dois textos aplicam-se à concepção reencarnacionista,  dando-nos conta de que os filhos trazem suas próprias aptidões e senso  moral.
Podemos e devemos auxiliá-los a desenvolver para o Bem esses  valores. Para isso estão juntos de nós.
Consideremos, contudo, que  chegará o momento em que seguirão seus caminhos. Então, aprenderão com seus  próprios erros e crescerão com seus próprios acertos.
(De "Quem tem medo  dos Espíritos?", de Richard Simonetti)
HEREDITARIEDADE MORAL - 2ª PARTE

Por  isso os filhos revelam suas próprias características, eminentemente pessoais,  sua maneira de ser, não raro em oposição ao lugar em que vivem e aos estímulos  que recebem.
A melhor demonstração disso está no próprio lar.
Numa  família de cinco filhos, com os mesmos pais, o mesmo ambiente, os mesmos  cuidados, sob as mesmas condições, são todos diferentes entre si, como os dedos  da mão.
Há um carinhoso; outro que é muito agressivo.
Há o que não  gosta de mentir; outro que se destaca por ser amigo do engodo.
Há o  fascinado por sons estridentes; outro que prefere música suave.
Há o  ávido por aventuras amorosas; outro extremamente comedido no relacionamento  afetivo.
Entre pais e filhos, a mesma antítese.
Exemplo marcante:  Marco Aurélio e Cômodo.
Marco Aurélio, o mais virtuoso e sábio dos  imperadores romanos, imortalizado por seu amor à filosofia e às  letras.
Cômodo, seu filho, teria passado anônimo pela História, não fora  o lamentável destaque para sua crueldade e devassidão.
A moral, portanto  é a carteira de identidade do Espírito, dando-nos conta de que ele é filho de si  mesmo, de seus patrimônios íntimos, de suas experiências pretéritas,  revelando-nos o estágio de evolução em que se encontra.
***
Noutro  dia, referindo-se a uma família onde pais e filhos têm comportamento imoral,  sempre dispostos a lesar o semelhante, um amigo comentava:
- É tudo  farinha do mesmo saco.
Realmente, isto pode acontecer, não por herança  moral ou mera influência ambiente, mas por afinidade.
Uma família de  bandidos é constituída por Espíritos que tem essa tendência.
Uma família  de gente honesta e digna integra Espíritos do mesmo porte.
Há, ainda, a  "ovelha negra", um filho degenerado, de comportamento inconsequente e vicioso,  no seio de uma família ajustada. Espírito atrasado que foi acolhido com o  propósito de ser ajudado em seu aprendizado.
O inverso também acontece:  uma "ovelha branca" entre marginais. Espírito evoluído numa tarefa sacrificial  em favor dos familiares.
***
Continua....
(De "Quem tem  medo dos Espíritos?", de Richard Simonetti)
HEREDITARIEDADE MORAL
1ª Parte
Frequentemente, os pais  transmitem aos filhos a parecença física.
Transmitirão também alguma  parecença moral?
Não, que diferentes são as almas ou Espíritos de uns e  outros. O corpo deriva
corpo, mas o Espírito não procede do Espírito.  Entre os descendentes das raças
apenas há consanguinidade. Questão 207  de O Livro dos Espíritos.
Vários provérbios ressaltam a ideia de que os  filhos reproduzem defeitos e qualidades dos pais:
Tal pai, tal  filho...
Filho de peixe, peixinho é...
Quem sai aos seus não  degenera...
Filhos de gatos, ratos mata...
Filho de burro pode ser  lindo, mas um dia dá coice...
Bem, depende do ângulo em que observamos o  assunto.
Quanto à estrutura física é notório que funciona a  hereditariedade. Filha de pais obesos dificilmente será manequim. Filho de pais  magérrimos terá poucas chances de ser lutador de sumo.
Há, também, certo  peso hereditário determinando o quociente de inteligência. Pais de QI elevado  guardam melhores chances de gerar filhos inteligentes. Pesquisas demonstram  isso.
Aqui é preciso levar também em consideração o nível social.  Indivíduos de QI elevado obtem maior sucesso profissional, garantindo razoável  estabilidade econômico-financeira
Imperioso recordar sempre, no estudo da  reencarnação, que o Espírito subordina-se às possibilidades do corpo que lhe  serve às experiências humanas, como um corredor de Fórmula Um está sujeito às  potencialidades de sua máquina. Ayrton Senna, ás do automobilismo mundial,  afundaria em ostracismo sem um carro de tecnologia de ponta.
Um gênio da  Espiritualidade terá imensas dificuldades em mobilizar seu potencial num corpo  subnutrido desde a gestação.
Isso é claramente demonstrado nas  experiências com adoção. Filho de favelados humildes, paupérrimos, é adotado por  família rica, ainda recém-nascido. Recebe desde logo o que há de melhor em  nutrição e cuidados médicos. O confronto deste bebê, na idade adulta, com um  irmão que permaneceu na favela, revelará sensível diferença em favor do  primeiro.
***
O mesmo não se pode dizer quanto à moral.
Não  herdamos a bondade ou a maldade, o altruísmo ou o egoísmo, o vício ou a virtude  de nossos pais.
Esses valores não estão impressos nos genes, nem se  condicionam à estrutura ou desenvolvimento.
Constituem patrimônio do  Espírito.
Há, sem dúvida, também aqui, a influência do meio. A criança é  sensível aos exemplos que recebe, ao pressionamento do ambiente em que  vive.
Mas é uma influência relativa, mesmo porque a evolução moral  opera-se de dentro para fora, a partir da disposição íntima do indivíduo em  lutar contra suas imperfeições e  deficiências.
Continua....
(De "Quem tem medo dos  Espíritos?", de Richard Simonetti)
HUMILDADE

-o-o-o-
O carente  desfruta da oportunidade de ser modesto. A natureza obrigará seu coração a se
comportar com humildade ante os seus semelhantes que ostentam as posses  das coisas
materiais. Não lhe falta escola para sufocar o  orgulho.
-o-o-o-
A humildade não é humilhação, é valor da alma em  busca da luz.
-o-o-o-
O rico certamente domina sobre o pobre,  porém nunca empana o seu caráter, quando esse
está fundamentado na força  da verdade. O ouro jamais modifica o homem no que tange às
virtudes  evangélicas. Quem conquistou o bem é bom hoje e eternamente: assim a caridade,
assim o amor.
-o-o-o-
Quem toma emprestado é devedor. Mas  quando se trata de um devedor evoluído, ele não se
prende à dívida e  procura ajudar o usurário. Necessidade é clima comum entre os  homens.
-o-o-o-
O rico de bens materiais pode viver na escuridão,  no que diz respeito ao tesouro espiritual,
e o intercâmbio com os pobres  pode trazer ao seu coração inspirações elevadas e modificar as
suas  idéias.
-o-o-o-
A humildade não se compra, é luz do Espírito,  valor divino, na escala dos dons de ouro.
-o-o-o-
A submissão  cristã é oriunda da riqueza do amor. E sempre inteligente, porque cede quando o
coração manda e recusa com paciência, quando a razão  determina.
-o-o-o-
Se passas por carências, não desesperes. Tira  do que te falta da experiência para a
abundância, porque alguém  invisível está prevendo o teu futuro.
-o-o-o-
Desperdiçar o tempo  é estragar as condições do progresso.
-o-o-o-
Procura viver todos  os dias lições de humildade, até que ela faça parte verdadeiramente da tua
vida. Os benefícios que trará te ajudarão a fazer o mesmo com todas as  outras virtudes.
(De: "Gotas de Fé", de João Nunes Maia - Espírito  Carlos)
IDÉIAS DO CAMINHO

Onde brilhe a Luz  Divina:
A porta da liberdade
Tem nome de disciplina.
Se  almejas subir aos Céus,
Nas luzes de que dispões,
Saibamos descer  na escada
De nossas reclamações.
Escuta. Muitos  problemas
Que o medo feroz te aponta
A vida chega e  resolve
Sem pedir-nos qualquer conta.
Calamidades por  fora?
Não te iludas, meu amigo,
Tão só por dentro de nós
Há  verdadeiro perigo.
Buscar Deus nas horas calmas
De coração calmo e  atento
É a maneira de encontrá-lo
Nos dias de  sofrimento.
Deus te pôs no mar de lutas
Para atender-lhe ao  comando...
Não durmas. Serve e socorre.
Alguém está  naufragando.
S. Lasneau
(De "Rosas com amor", de Francisco  Cândido Xavier - Autores diversos)
quinta-feira, 2 de julho de 2009
OS PODERES DA ORAÇÃO

No Evangelho de Jesus encontramos seus exemplos de dedicação à prece, bem como suas lições que dignificam esse ato.
Pelo Espiritismo sabemos que podemos orar a Deus, a Jesus ou aos Espíritos para glorificar, para pedir algo, para transmitir uma mensagem pessoal ou para agradecer dádivas recebidas. Podemos orar em benefício de nós mesmos ou de nossos semelhantes, amigos ou inimigos, encarnados ou desencarnados. Pela prece podemos ainda revelar nossas imperfeições e rogar amparo para as nossas necessidades e para o nosso progresso material e espiritual.
0 fluido universal, ao formar uma corrente fluídica, serve de meio de transmissão do pensamento e da vontade decorrentes de uma prece. As orações dirigidas a Deus também escutam-nas os Espíritos incumbidos da execução da Vontade Divina. Assim eles podem nos ajudar, influenciar e responder aos nossos pedidos.
0 poder da prece está no pensamento e nos sentimentos (de fé, confiança, fervor e sinceridade) do ser que ora, e não em atos exteriores.
As conseqüências naturais de nossos sentimentos, pensamentos e atos nefastos não são evitadas com uma simples prece de arrependimento. Os sofrimentos, a expiação e as provações são necessárias para adquirirmos experiência e progresso. 0 reequilíbrio final só conseguimos com novas atitudes nas sendas do amor. do bem e das virtudes.
Mas, orando, quando em erro, obtemos, de imediato, de Deus e dos bons Espíritos, que escutam nossas preces, coragem, paciência, resignação, força moral, recursos salutares e a inspiração de idéias e ações nobres que nos levem a vencer as dificuldades, e nos dão o direito e os méritos ao retorno à saúde, à felicidade e ao bem-estar.
NOVAS REVELAÇÕES SOBRE A ORAÇÃO
Alguns Espíritos, através de diferentes médiuns, têm-nos revelado importantes informações complementares sobre a oração. A seguir, elas estão relacionadas, com transcrição de pequenos trechos de livros, para maior clareza e melhor compreensão delas:
SEMPRE HÁ RESPOSTAS ÀS PRECES: "Não há prece sem resposta. E a oração, filha do amor, não é apenas súplica. E comunhão entre o Criador e a criatura, constituindo, assim, o mais poderoso influxo magnético que conhecemos." (André Luiz e Xavier, F.C., "Os Mensageiros", FEB, 24." edição, pág. 136.)
A PRECE TRANSMITE AS IMAGENS DO DESEJO E DO PENSAMENTO: "A prece impulsiona as recônditas energias do coração, libertando-as com as imagens de nosso desejo, por intermédio da força viva e plasticizante do pensamento, imagens essas que, ascendendo às Esferas Superiores, tocam as inteligências visíveis ou invisíveis que nos rodeiam, pelas quais comumente recebemos as respostas do Plano Divino, porquanto o Pai Todo-Bondoso se manifesta igualmente pelos filhos que se fazem bons." (Emmanuel e Xavier, F. C., "Pensamento e Vida", FEB, 9." edição,pág. 121.)
A PRECE MOBILIZA EXÉRCITOS DE TRABALHADORES DO PAI: "A oração, elevando o nível mental da criatura confiante e crente no Divino Poder, favorece o intercâmbio entre as duas esferas e facilita nossa tarefa de auxílio fraternal. Imensos exércitos de trabalhadores desencarnados se movimentam em toda parte, em nome de nosso Pai." (André Luiz e Xavier, F. C., "Missionários da Luz", FEB 22." edição, página 333.)
AS ORAÇÕES SÃO TRATADAS POR ESPÍRITOS NOMEADOS PARA ESSE FIM: "Deveis saber que há aqui, nomeados para a prece, guardas cujo dever é analisar e escolher as oferecidas pelos habitantes da Terra, separá-las em classes e grupos, e passá-las adiante para serem examinadas por outros e atendidas de acordo com o seu merecimento e força. (...) há também preces que se nos apresentam sob tão profundo aspecto, que ficam fora do alcance dos nossos estudos e conhecimentos.
Estas, nos as passamos para os de gradação mais elevada, para que as tratem em vista do seu maior saber." (OWEN, Rev. G. Vale, "A Vida Além do Véu", FEB, 5. edição, pág. 179.)
"Petições semelhantes a esta elevam-se a Planos Superiores e aí são acolhidas pelos emissários da Virgem de Nazareth, a fim de serem examinadas e atendidas, conforme o critério da verdadeira sabedoria." (André Luiz e Xavier, F, C., "Ação e Reação", FES, 14". edição, pág. 158.)
OS TIPOS DE PRECES SÃO CONSIDERADOS PARA SE DEFINIR OS SOCORROS NECESSÁRIOS: "Nossa especialidade é examinar as preces dos seres terrenos, acudindo às Casas de Oração ou qualquer lugar onde há um Espírito que pede e que sofre. As rogativas de cada um, então, são anotadas e examinadas por nós, procurando estabelecer a natureza da prece, os seus méritos e deméritos, sua elevação ou inferioridade para podermos determinar os socorros necessários. Até as orações das crianças são tomadas em consideração: qualquer pedido, qualquer súplica, tem a sua notação particular. Há orações sublimes que se elevam da Terra até o nosso distrito, tão puras elas são, todavia, que atravessam as nossas regiões como jatos de luz, buscando esferas mais altas e mais elevadas que a nossa. Existem igualmente, as imprecações mais negras e mais dolorosas.
Todas, contudo, merecem o nosso particular carinho e acurada atenção." (Deus, Maria João de e Xavier, Francisco C., "Cartas de uma Morta", LAKE, 10." edição, pág. 109.)
A PRECE AJUDA NA CURA, RENOVAÇÃO E ILUMINAÇÃO: "(...) os raios divinos, expedidos pela oração santificadora, convertem-se em fatores adiantados de cooperação eficiente e definitiva na cura do corpo, na renovação da alma e iluminação da consciência." ("Missionários da Luz", página 67.)
A PRECE É FATOR DE IMUNIZAÇÃO ESPIRITUAL: "A esposa de Nemésio mantinha o hábito de oração. Imunizava-se espiritualmente por si. Repelia, sem esforço, quaisquer formas-pensamentos de sentido aviltante que Ihe fossem arremessadas." (André Luiz; Xavier, F. C, e Vieira, W., "Sexo e Destino", FEB, 15. edição, pág. 55.)
É INDISPENSAVEL A PRÁTICA METÓDICA DA ORAÇÃO NO LAR: "Toda vez que se ora num lar, prepara-se a melhoria do ambiente doméstico. Cada prece do coração constitui emissão eletromagnética de relativo poder. Por isso mesmo, o culto familiar do Evangelho não é tão-só um curso de iluminação interior, mas também processo avançado de defesa exterior, pelas claridades espirituais que acende em torno. 0 homem que ora traz consigo inalienável couraça. 0 lar que cultiva a prece transforma-se em fortaleza, compreenderam?" ("Os Mensageiros", FEB, 24". edição, página 197.)
CONCLUSÕES
Pelos ensinamentos do Espiritismo acerca da oração, podemos ter certeza de que as nossas preces são sempre ouvidas e atendidas de acordo com os méritos e benefícios. Que quando pedimos pela nossa melhoria íntima e crescimento espiritual uma torrente de graças, de consolações e de orientações se derrama sobre nós, pela aproximação com os Benfeitores que dirigem nossos passos. Que nos casos de erros por orgulho, por egoísmo, por vaidade e por falta de amor, caridade e perdão, devemos pedir ao Pai forças para não falir de novo e coragem para a reparação das faltas, que vão garantir-nos consciência tranqüila e o fim do remorso e das idéias de culpa. Que a vontade, o pensamento e o sentimento são tudo na oração. Que os Espíritos, a nós vinculados por laços de afinidades, apreciam as nossas preces a eles dirigidas por se sentirem ainda lembrados e queridos. Que na hora da irritação, incerteza, descontrole emocional, dor, desespero, provações, depressão, angústia ou enfermidade devemos nos recolher em silêncio e nos entregar à oração, rogando auxílio a Deus e a Jesus: a ajuda virá, a paciência despontará, a crise logo passará e a normalidade retornará dando segurança às decisões que nos vão garantir bem-estar e reequílibrio duradouro. Que muitos sofrimentos e problemas morais, físicos e de saúde, decorrem de faltas cometidas em vidas passadas, que temos de resgatar através de provas necessárias ao nosso progresso pessoal. Como essas situações difíceis são úteis e indispensáveis à nossa felicidade futura, não podem ser afastadas ante o nosso pedido, através da prece. Mas, nunca faltará ajuda espiritual para facilitar-nos a superação delas.
BIBLlOGRAFIA BÁSICA
KARDEC Allan: "0 Evangelho Segundo o Espiritismo"*, Caps. XXVII e XXVII". "0 Livro dos Espíritos”. Parte Terceira, Cap. II, Da Lei de Adoração. À prece.
DENIS Léon. "Depois da Morte” Parte Quinta. A Prece. Edição FEB.
FONTE
0 Reformador, n." 1963.


