CONDIÇÕES DA LIBERDADE
Irmão Saulo
O princípio da liberdade é um anseio natural do homem e constitui o fundamento de todas as realizações duradouras. Sabemos que o homem é, na Terra, entre os seres visíveis que a povoam, o único realmente dotado de livre arbítrio. Mas a liberdade é condicionada pela responsabilidade, sendo que a responsabilidade, por sua vez, não pode existir sem liberdade. Estamos diante do que poderíamos chamar a dialética da autonomia. Da interação de liberdade e responsabilidade surge a síntese da independência, tanto em plano individual como no coletivo.
A questão 825 de O Livro dos Espíritos é a seguinte: "Pergunta: Há posições no mundo em que o homem possa gabar-se de gozar de liberdade absoluta? ¾ Resposta: Não, porque vós todos necessitais uns dos outros, assim os pequenos como os grandes". Esse problema foi amplamente analisado por Kardec no estudo "Liberdade, Igualdade e Fraternidade"
Temos assim duas condições sociais para a liberdade, que são os princípios de igualdade e fraternidade, e uma condição moral que é a fraternidade. A essas condições Emmanuel propõe os corolários da obediência e do serviço. Sem obediência às leis divinas, que nos mandam servir ao próximo por amor, não há liberdade. Por outro lado, a liberdade absoluta não existe, é apenas um sofisma. Vivemos no relativo e não no absoluto.
Mas o que são as leis divinas? Um código de moral escrito? Para o Espiritismo as leis divinas são as próprias leis naturais, criadas por Deus. Existem desde os planos inferiores da Natureza. Os sofistas modernos pedem a liberdade dos instintos animais do homem, mas o Espiritismo nos adverte da existência dos extintos espirituais que constituem as exigências da consciência. E entre esses acentua a presença da lei de adoração que nos impulsiona a todos em direção a Deus.
(De: "Na era do Espírito", de Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires - Espíritos Diversos)
Genesaré - Grupo Sal da Terra
Há um dia
Nenhum comentário:
Postar um comentário