quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Mãe


Procurei ansiosamente

Um símbolo do amor de Deus no mundo,

Carinho permanente,

Amor que nada mais pedisse à vida,

A fim de estar contente,

Que o dom de ser amor sublimado e profundo.

Vi o Sol trabalhando sem cansaço

Doando-se sem pausa, alto e bendito,

O astro imenso, porém, pedia espaço,

De maneira a brilhar nas telas do Infinito.

Julguei achar na fonte esse traço perfeito,

Fitando-lhe a corrente a servir sem parar,

Mas a fonte exigia a hospedagem do leito

A fim de prosseguir à procura do mar.

Fui à árvore amiga e anotei-lhe a lição:

Conquanto a se entregar tanto aos bons,

quanto aos frutos,

Precisa defesa e vínculos no chão

Ao fornecer, sem paga, a riqueza dos frutos.

Vi a abelha no favo a pedir mel às flores,

Nuvens para servir solicitando alturas,

Escolas em função buscando professores

E o lar para ser lar exigindo estruturas.

Toda força do bem que ao bem se entregue

Em bondade constante e em contínua grandeza,

Assegura-se, vive, auxilia e prossegue,

Algo requisitando ao Mundo e à Natureza.

Em ti, unicamente, Mãe querida,

Encontro o amor que nasce e cresce, em suma,

No sacrifício pura, acalentando a vida,

Sem reclamar da Terra cousa alguma.

Eis porque sobre todo amor que existe

As Mães são guias, anjos, cireneus,

Cujo brilho por si só nos protege e persiste

Em ser somente amor, no excelso amor de Deus.

Estrela, Deus te guarde em teu fulgor celeste! ...

Agradeço-te a luz, o carinho e o perdão ...

Bendita sejas, Mãe, porque me deste

A presença de Deus no coração.

Maria Dolores

(De "Somente Amor", de Francisco Cândido

Xavier, pelos Espíritos Maria Dolores e Meimei)

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