Não lances o fel da censura na taça do companheiro que, pouco a pouco, desperta na caridade sublime.
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Recorda que o próprio dia não acorda de vez.
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Primeiro, tons rubros no céu anunciam as promessas da aurora.
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Em seguida, tênues riscos de caridade aparecem no campo do firmamento e, apenas muito depois, surge o carro solar na glória do alvorecer.
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Desencorajar leve impulso do bem é o mesmo que sufocar a semente que, divina e multiplicada, será, no caminho, a base de nosso pão.
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Se descobres validade na barulhenta virtude dos semelhantes, ensina-lhes com o próprio exemplo de tolerância e serenidade que o socorro fraterno pede o silêncio da discrição.
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Se alguém dá pouco aos teus olhos do muito que te parece reter, nas possibilidades do mundo, auxilia-o com a força da tua simpatia e de tua prece, para que se afeiçoe à mais ampla largueza do coração.
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Lembra-te de que a exibição inconveniente de hoje poderá transformar-se, mais tarde, em trabalho seguro do bem, se souberes amparar as vítimas da propaganda, ruidosa e desnecessária, e não te esqueças que a migalha de agora poderá ressurgir, depois, na forma de um tesouro de bênçãos se lhe apoiares o movimento nos alicerces da própria compreensão.
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Ante o bem que se faça, faze o bem quanto possas, para que o bem pequeno se faça, junto de todos, o bem maior.
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Não admitas caridade no ato de reprovar a caridade que alguém se decida a fazer, porque, à frente do Cristo, somos todos depositários das riquezas da Vida Eterna e só pelo entendimento do amor, com o trabalho do amor, funcionando no auxílio a ricos e pobres, cultos e ignorantes, justos e injustos, é que chegaremos a acender a luz da mente purificada para a exaltação da Terra Melhor.
(De "Alma e Luz", de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel)
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