sábado, 28 de novembro de 2009

DEUS NÃO TE FALTARÁ




Difícil é o caminho de elevação.
Deus te guiará.
Espinhos talvez te firam.
Deus saberá curar-te.
Desenganos surgirão.
Deus se te fará reconforto.
Incompreensões, por certo, virão sobre ti.
Deus te fortalecerá para que as superes.
Provações despontarão do cotidiano.
Deus te apoiará, a fim de que possas vencê-las.
O desânimo te ameaçará.
Deus te renovará as energias.
É possível venhas a sofrer perdas de importância.
Deus te enviará os recursos de que necessites.
Em algumas ocasiões, talvez caias.
Deus te socorrerá para que te levantes.
As crises da senda de aperfeiçoamento, muitas vezes, se multiplicam, em
torno de teus passos.
Confia, porém, no amparo de Deus, trabalha, serve e caminha.
Deus não te faltará.

Psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier (Chico Xavier) pelo
Espírito de EMMANUEL
Mensagem extraída do livro "FÉ" - Editora Ideal

SEM PERDER TEMPO




Não aceites o tóxico do ressentimento.

Ora, trabalha, serve e segue adiante.

Não te detenhas no charco do desânimo.

Ora, trabalha e segue adiante.

Não te precipites na fogueira da revolta.

Ora, trabalha e segue adiante.

A experiência física é demasiado rápida para perdermos tempo perante os
obstáculos naturais do caminho.

Valorizemos a oração e o trabalho, servindo sempre, a fim de concluirmos a
jornada vitoriosos perante a própria consciência.

SCHEILLA

Livro: “NOVAS MENSAGENS DE SCHEILLA PARA VOCÊ”
Médium: Clayton B. Levy

DIÁLOGO NO LAR




Destaca-se na atualidade terrestre a conveniência por instrumento de
harmonia nas relações humanas.

Entendimento de nação a nação, de grupo a grupo.

Raros companheiros, porém, reconhecem por enquanto a legitimidade da
indicação para a segurança doméstica.

Temos no mundo a escola em que se verifica a administração do ensino, entre
professores e alunos: o foro para troca a troca de alvitres, entre
magistrados e os que recorrem à justiça; o consultório para o intercâmbio de
informações entre o médico e o doente; o mercado destinado aos ajustes
recíprocos, nos domínios da oferta e da procura.

Porque não manter no lar o ponto de encontro dos corações que compõe a
equipe familiar?

Observa a importância da palavra compreensiva e oportuna, quando funciona em
teu benefício, na solução dos empeços da vida, e não sonegues em caso o
pagamento do imposto verbal do amor que todos devemos uns aos outros, no
instituto da evolução.

Não importa a idade física de teus filhos ou tutelados.

Ausculta-lhes as tendências e aspirações, oferecendo-lhes na frase amiga a
luz de tuas próprias experiências, de modo a auxiliá-los, tanto quanto
possível, a sentir raciocinando e a disernir o rumo exato que se lhe
descerre à frente, na senda que lhes caiba trilhar.

Não importa que teus pais ou orientadores, em família, se mostrem nessa ou
naquela posição diferente, no calendário que rege a existência corpórea.

Anota-lhes os pontos de vista e dá-lhes no veículo do carinho e do respeito
quanto sabes e pensas de melhor, relativamente aos problemas da vida, para
que semelhantes valores se lhes incorporem ao patrimônio espiritual.

Todavia, não deixes o diálogo amigo tão-somente para os dias de aflição,
quando a crise haja surgido, estabelecendo desastre e sofrimento nos trilhos
da experiência doméstica. Mantém o hábito de conversar freqüentemente com os
seres amados, praticando a caridade da cortesia e da tolerância, e
reconhecerás sem dificuldade que, muitas vezes, alguns simples minutos de
diálogo afetuoso, na paz do cotidiano, conseguem realizar verdadeiros
prodígios de tranqüilidade e segurança, francamente inabordáveis por longos
e longos meses de azedume ou de discussão.

Psicografado por Francisco Cândido Xavier pelo Espírito de Emmanuel
Mensagem extraída do livro "VIDA EM VIDA" - Editora Ideal

sábado, 21 de novembro de 2009

O mais importante


Provavelmente você estará atravessando longa faixa de provações em que o ânimo quase que se lhe abate.

Crises e problemas apareceram.

Entretanto, paz e libertação, esperança e alegria dependem de sua própria atitude.

Se veio a colher ofensa ou menosprezo, você mesmo pode ser o perdão e a tolerância, doando aos agressores o passaporte para o conhecimento deles próprios.

Se dificuldades lhe contrariaram a expectativa de auto-realizaçã

o, nesse ou naquele sentido, a sua paciência lhe fará ver os pontos fracos que precisa anular a fim de atingir a concretização dos seus planos em momento mais oportuno.

Se alguém lhe impôs decepções, o seu entendimento fraterno observará que isso é uma bênção da vida imunizando-lhe o espírito contra a aquisição de pesados e amargos compromissos futuros.

Se experimenta obstáculos na própria sustentação, o seu devotamento ao trabalho lhe conferirá melhoria de competência e a melhoria de competência lhe elevará o nível de compensações e recursos.

Se você está doente, é a sua serenidade, com a sua cooperação, que será base essencial de auxílio aos médicos e companheiros que lhe promovem a cura.

Se sofre a incompreensão de pessoas queridas, é a sua bondade, com o seu desprendimento, que se lhe transformará em arrimo para que os entes amados retornem ao seu mundo afetivo.

Evite as complicações de rebeldia e inconformidade, ódio e inveja, egoísmo e desespero que apenas engrossarão o seu somatório de angústia.

Mudanças, aflições, anseios, lutas, desilusões e conflitos sempre existiram no caminho da evolução. Por isso mesmo, o mais importante não é aquilo que aconteça e sim o seu modo de agir.

André Luiz (Chico Xavier)

(De "Na era do espírito", de Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires - Espíritos diversos)

O MESTRE ORIENTA




O jovem escutou os ensinamentos do Mensageiro e deslumbrou-se.

Pela sua mente perpassaram as esperanças de felicidade sem jaça, prenunciando-

lhe o momento da libertação.

Aguardou que o mar humano ali presente se diluísse nas praias largas dos seus outros compromissos, e, porque o Benfeitor estivesse a sós, acercou-se-lhe e indagou:

- Quais são os maiores tesouros para o homem?

O Enviado penetrou-lhe a juventude com o olhar profundo e redarguiu, amoroso:

"- Os mais importantes bens do homem para a vida são: o Espírito - o Espírito - ser gerado por Deus destinado às glórias estelares, causa e fim da realidade soberana; a respiração - alicerce da vida orgânica, da nutrição e eliminação de venenos; e o sêmen - vibração co-criadora, perpetuando a espécie em homenagem ao Pai Criador.

Deles decorrem os três elementos-consequências: interação criatura-Criador; manutenção vital e sucessão ininterrupta.

O Espírito, depois de criado, é indestrutível; a respiração, no corpo físico, é indispensável, e o sêmen é essencial para a reprodução animal.

Sábio é todo aquele que se preserva em espírito, laborando para a imortalidade; nutrindo-se para viver e reproduzindo-se para preparar o futuro, quando se reencarnará.

O seu é o gozo do dever, exercido com elevação, porque, enquanto tudo o mais é transitório, ele é permanente e sempre viverá."

- E se eu desejar entregar-me à Realidade última - voltou a interrogar o candidato - como me reproduzirei, abrindo oportunidade para o futuro?

" - O sêmen - concluiu o Santo - é elemento vital, portador de energia orgânica e transcendental.

Há vidas que produzem vidas, gerando corpos; outras existem que fomentam beleza, multiplicando-se os valores eternos pela canalização das suas forças para a imortalidade.

O ato de criar é de Deus, porém, está em nós por herança do Seu excelso amor. Estamos sempre criando para a liberdade ou escravidão pessoal."

(De "A um passo da imortalidade", de Divaldo P. Franco, pelo Espírito Eros)

CONDIÇÕES DA LIBERDADE


CONDIÇÕES DA LIBERDADE

Irmão Saulo

O princípio da liberdade é um anseio natural do homem e constitui o fundamento de todas as realizações duradouras. Sabemos que o homem é, na Terra, entre os seres visíveis que a povoam, o único realmente dotado de livre arbítrio. Mas a liberdade é condicionada pela responsabilidade, sendo que a responsabilidade, por sua vez, não pode existir sem liberdade. Estamos diante do que poderíamos chamar a dialética da autonomia. Da interação de liberdade e responsabilidade surge a síntese da independência, tanto em plano individual como no coletivo.

A questão 825 de O Livro dos Espíritos é a seguinte: "Pergunta: Há posições no mundo em que o homem possa gabar-se de gozar de liberdade absoluta? ¾ Resposta: Não, porque vós todos necessitais uns dos outros, assim os pequenos como os grandes". Esse problema foi amplamente analisado por Kardec no estudo "Liberdade, Igualdade e Fraternidade", publicado em Obras Póstumas. Ali encontramos esta proposição: "Do ponto de vista do bem social a fraternidade figura em primeira linha, é a base. Sem ela não poderá haver igualdade nem liberdade verdadeiras. A igualdade decorre da fraternidade e a liberdade é uma conseqüência das duas".

Temos assim duas condições sociais para a liberdade, que são os princípios de igualdade e fraternidade, e uma condição moral que é a fraternidade. A essas condições Emmanuel propõe os corolários da obediência e do serviço. Sem obediência às leis divinas, que nos mandam servir ao próximo por amor, não há liberdade. Por outro lado, a liberdade absoluta não existe, é apenas um sofisma. Vivemos no relativo e não no absoluto.

Mas o que são as leis divinas? Um código de moral escrito? Para o Espiritismo as leis divinas são as próprias leis naturais, criadas por Deus. Existem desde os planos inferiores da Natureza. Os sofistas modernos pedem a liberdade dos instintos animais do homem, mas o Espiritismo nos adverte da existência dos extintos espirituais que constituem as exigências da consciência. E entre esses acentua a presença da lei de adoração que nos impulsiona a todos em direção a Deus.

(De: "Na era do Espírito", de Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires - Espíritos Diversos)

Solidão




Ouçamos com os ouvidos internos, pois ninguém pode assimilar bem uma
experiência que não provenha de sua própria orientação interior.

Segundo Pascal, o grande pensador científico-filosófico do século XVII, “a
verdadeira natureza do homem, seu verdadeiro bem, sua verdadeira virtude e a
verdadeira religião são coisas cujo conhecimento é inseparável.”

Nem sempre a solidão pode ser encarada como dor ou insânia.
É, em muitas ocasiões, períodos de preparação, tempos de crescimento,
convites da vida ao amadurecimento.

De acordo com o pensamento de Pascal, o âmago do ser está intimamente
ligado ao bem, à virtude e à religião. É justamente nas “épocas de solidão”
que conseguimos a motivação necessária para estabelecer a verdade sobre esse
fato.

Na solidão, é que encontramos sanidade para nosso mundo interior,
respostas seguras para nossos caminhos incertos e nutrição vitalizante para
os labores que enfrentamos em nossa viagem terrena.

Nestes nossos apontamentos sobre a solidão, não estamos nos referindo à
“tristeza de estar só”, mas sim, necessariamente, à “quietude íntima”, tão
importante e saudável para que façamos um trabalho de autoconsciência,
valorizando as nuances de nossa vida interior.

Muitos indivíduos vivem dentro de um ciclo diário estafante. Realizam
suas atividades num ambiente de competitividade, agitação, pressa e
rivalidade, vivendo em constante tensão psicológica e, por conseqüência,
alterando suas funções fisiológicas. Por viverem num estado de cansaço e
desgaste contínuos, não conseguem fazer uma real interação entre o meio
ambiente e seu mundo interno, o que ocasiona sérios problemas de convivência
e inúmeros conflitos pessoais.

Nem sempre é possível abandonarmos a vida alvoroçada, os ruídos e as
músicas estridentes, talvez seja até mesmo inviável; mas é perfeitamente
realizável dedicarmos algum tempo à solidão, retirando-nos para momentos de
reflexão.

Nos instantes de silêncio, exercitamos o aprendizado que nos levará a
abrir um canal receptivo à Consciência Divina. É nesse momento que ficamos
cientes de que realmente não estamos sozinhos e que podemos entrar em
contato com a voz da consciência. A voz de Deus, por assim dizer, começará a
“falar em nós”.

Inúmeras criaturas criam uma mente agitada por temerem que estão vazias,
pensam não haver nada dentro delas que lhes dê proteção, apoio e segurança.
Acreditam que são uma casca que precisa exclusivamente de sustentação
exterior; por isso, continuam ocupando a casa mental ansiosamente,
obstruindo seu acesso à luz espiritual.

A mente pode ser uma ajuda efetiva, ou mesmo um obstáculo ferrenho na
escolha da melhor direção para atingirmos o amadurecimento íntimo.
A crença em nossa limitação é que faz com que restrinjamos nossa mente. Isso
se agrava quando envolvemo-la no burburinho de vozes, no tumulto e na
agitação do cotidiano, passando assim a não avaliarmos corretamente seu
verdadeiro potencial.

São muitos os caminhos de Deus, e a solidão pode ser um deles. “E saindo,
foi, como costumava, para o Monte das Oliveiras; e também os seus discípulos
o seguiram.”

Jesus Cristo, constantemente, se retirava para a intimidade que o
silêncio proporciona, pois, entendia que a elevação de alma somente é
possível na “privacidade da solidão”.

O Cristo Amoroso sabia que, quando houvesse silêncio no coração e no
intelecto, se estabeleceriam as bases seguras da relação entre a criatura e
o Criador, proporcionando a percepção de que somos unos com a Vida e unos
com todos os seres.
“...buscam no retiro a tranqüilidade que certos trabalhos reclamam. (...)
Isso não é retraimento absoluto do egoísta. Esses não se insulam da
sociedade, porquanto para ela trabalham.”

A Espiritualidade Maior entende que, nos retiros de tranqüilidade,
criamos uma sustentação interior, que nos permite sintonizar com as leis
divinas e com os valores reais da consciência cristã.

Ouçamos com os ouvidos internos, pois ninguém pode assimilar bem uma
experiência que não provenha de sua própria orientação interior.

Ninguém é capaz de seguir sua verdadeira estrada existencial, se não
refletir sobre sua essência. Não encontraremos o caminho de que
verdadeiramente necessitamos, se nós mesmos não o buscarmos, usando nossos
inerentes recursos da alma para perceber as inarticuladas orientações
divinas em nós.

Somente cada um pode interpretar as razões da Vida em si mesmo.
Adotemos o aprendizado com o Senhor Jesus, exemplificado no Horto das
Oliveiras: retiremo-nos para um lugar à parte e cultivemos os interesses de
nossa alma.

Se não encontrarmos um recanto externo que facilite a meditação, nem
alguma paisagem mais afastada junto à Natureza, onde possamos repousar da
inquietação da multidão, mesmo assim poderemos penetrar o nosso santuário
íntimo.

Sigamos o Mestre, recolhendo-nos na solidão e no silêncio do templo da
alma, onde exclusivamente encontraremos as reais concepções do amor e da
justiça, da felicidade e da paz, de que todos temos direito por Paternidade
Divina.

Espírito: HAMMED
Médium: Francisco do Espírito Santo Neto – As dores da alma.

domingo, 15 de novembro de 2009

Convite à Perseverança


"... Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo." (Mateus, 10:22.) Não asseveres: "é-me impossível fazer!" Nem redarguas: "não consigo!" Nunca informes: "sei que é totalmente inútil aceitar." Nem retruques: "é maior do que as minhas forças".

Para aquele que crê, o impossível é tarefa que somente demora um pouco para ser realizado, já que o possível se pode realizar imediatamente.

Instado a ajudar não te permitas condições, especialmente se fruis o tesouro da possibilidade.

Fácil ser delicado sem esforço, ser amigo sem sacrifício, ser cristão sem auto-doação...

Perseverança nos objetivos elevados, com oferenda de amor, é materialização de fé superior.

Para que seja atuante, a fé deve nutrir-se do poder dos esforços caldeados para as finalidades que parecem inatingíveis.

Todos podem iniciar ministérios..

.

Tarefas começantes produzem entusiasmos exaltados.

Mede-se, porém, o verdadeiro cristão e, particularmente, o espírita pelo investimento que coloca na bolsa de valores imortalistas a render juros de paz...

Unge-te, portanto, de fé e deixa que resplandeça a tua fidelidade ao lado de quem padece.

Não fosse o sofrimento, ninguém suplicaria socorro.

Não fosse a angústia ninguém se encorajaria a romper os tecidos da alma para exibir exulcerações...

Ninguém se compraz carregando demorada canga, não obstante, confiando em alívio, lenitivo...

Nas cogitações que te cheguem ao plano da razão, interroga como gostarias que fizessem contigo se foras o outro, o sofredor, o necessitado que ora te roga ajuda.

Assim, envolve-te na lã do "Cordeiro de Deus" e persevera ajudando.

Não somente dando o que te sobra mas aquela doação maior a que te parece difícil, a quase impossível...

A perseverança dar-te-á paz e plenitude. Insiste na sua execução.

(De "Convites da Vida", de Divaldo P. Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis

Diante da Consciência


A vontade do Criador, na essência, é, para nós, a atitude mais elevada que somos capazes de assumir, onde estivermos, em favor de todas as criaturas.

Que vem a ser, porém, essa atitude mais elevada que estamos chamados a abraçar, diante dos outros? Sem dúvida, é a execução do dever que as leis do Eterno Bem nos preceituam para a felicidade geral, conquanto o dever adquira especificações determinadas, na pauta das circunstâncias.

Vejamos alguns dos nomes que o definem, nos lugares e condições em que somos levados a cumpri-lo:

na conduta - sinceridade;

no sentimento - limpeza;

na idéia - elevação;

na atividade - serviço;

no repouso - dignidade;

na alegria - temperança;

na dor - paciência;

no lar - devotamento;

na rua - gentileza;

na profissão - diligência;

no estudo - aplicação;

no poder - liberalidade;

na afeição - equilíbrio;

na corrigenda - misericórdia;

na ofensa - perdão;

no direito - desprendimento;

na obrigação - resgate;

na posse - abnegação;

na carência - conformidade;

na tentação - resistência;

na conversa - proveito;

no ensino - demonstração;

no conselho - exemplo.

Em qualquer parte ou situação, não hesites quanto à atitude mais elevada a que nos achamos intimados pelos Propósitos Divinos, diante da consciência. Para encontrá-la, basta procures realizar o melhor de ti mesmo, a benefício dos outros, porquanto, onde e quando te esqueces de servir em auxílio ao próximo, aí surpreenderás a vontade de Deus que, sustentando o Bem de Todos, nos atende ao anseio de paz e felicidade, conforme a paz e a felicidade que oferecemos a cada um.

Emmanuel (Chico Xavier)

(De "Estude e Viva", de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, pelos Espíritos de Emmanuel e André Luiz)

Não Temas




A tarefa, pela sua magnitude, parece-te impossível de ser conduzida pelas tuas fracas forças.

O compromisso, porque grave, faz-te crer improvável levá-lo com êxito, mediante o necessário equilíbrio.

O labor, considerando a sua extensão, produz-te receio.

O desafio, pelas responsabilidades que impõe, causa-te preocupação.

Não temas, porém.

Quanto te diga respeito, faze com a melhor doação de ti mesmo.

*

Se pretender remover a montanha, inicia o trabalho retirando as primeira pedras.

Não lograrás o pico sem transpores o obstáculo inicial.

Conjeturando, apenas, no como realizar o dever, deter-te-ás na meditação.

Pensa, planeja, mas atua.

Se outros fracassaram, o problema é deles. Esta, porém, é a tua vez, de que darás conta.

Sem a ação, ser-te-á difícil saber dos resultados.

*

A seara em festa é o prêmio ao trabalho de preparação do solo.

A catedral suntuosa cresceu de pedra em pedra, após a escavação da base.

A escultura monumental resultou do primeiro golpe e dos que o sucederam.

Estás fadado ao triunfo.

Responsabilidade constitui estímulo ao êxito. Receio, porém, é prejuízo na economia moral da vida.

Dinamiza as tuas forças ao império da vontade bem dirigida e conseguirás, facilmente, realizar os cometimentos em pauta.

O equilíbrio de que necessitas resultará do exercício e da vivência da ação enobrecedora, que empreendes.

*

Embora a convivência diária com o Mestre, acompanhando-Lhe as realizações transcendentais, ao vê-Lo andando sobre o mar, os discípulos recearam. Compassivo e tranquilo, no entanto, acalmou-os Jesus, dizendo-lhes: "Não temais! Sou eu."

Em qualquer labor com Cristo, não temas nunca. Ele estará sempre contigo.

Joanna de Ângelis

Cintra, Portugal, 13.08.80

(De: "Roteiro de Libertação", de Divaldo P. Franco, ditado por diversos Espíritos).

Educação Infantil



Uma das mais relevantes questões dos dias contemporâneos, a educação da criança sempre mereceu de inúmeros profissionais tanto da área pedagógica como do campo da psicologia infantil uma atenção especial. Inúmeros especialistas têm doado as suas melhores forças no intuito de idealizar uma filosofia educacional que possa atender de forma plena a todas as necessidades emocionais do ser em formação da personalidade e propiciar-lhe o sustentamento intelecto-moral, para que possa tornar-se um cidadão pleno, consciente de seus direitos e de seus deveres para com a sociedade.

Inúmeras obras e tratados já foram escritos, nunca em nenhuma época se realizaram tantos congressos, simpósios e encontros para discutir a educação infantil em suas várias facetas. Porém, nota-se que, a cada dia que passa, todos os preceitos para uma educação saudável são destruídos pelos conceitos de um hedonismo exacerbado que hoje predomina em a sociedade.

A filosofia hedonista foi pela primeira vez idealizada por Aristipo de Cirene, discípulo de Sócrates, no século V antes de cristo. A palavra hedonismo se deriva da palavra grega hedone, que significa prazer. Então, o hedonismo se caracteriza por uma filosofia de vida cujo objetivo primacial seria a busca do prazer individual pelo ser humano.

Porém, apenas o conceito genérico do hedonismo não é suficiente para explicá-lo de forma completa. Isso ocorre porque o significado de prazer pode ser desdobrado de diversas formas.

O que é prazer, afinal? Genericamente, pode-se dizer que tudo aquilo que é bom dá prazer. Mas será que é só isso?

Na sociedade atual podemos perceber que o prazer que é sempre buscado é o prazer imediato, aquele que não necessita de nenhum esforço para ser conseguido, que satisfaz de forma rápida. Seria o prazer sexual, o prazer de ter sempre aquilo que se deseja sempre, o prazer do estômago abarrotado, o prazer do repouso longo, o prazer do vício. Então, pela teoria hedonista, a problemática humana estaria resolvida no sentido de doar-se de forma integral a esses prazeres, encarcerando-se os homens na jaula das sensações.

Porém, o que vemos é que essa forma de vida não trouxe ao homem a felicidade que a filosofia hedonista pregava. Os prazeres aos quais se entrega geralmente têm duração curta e, quando se exaurem, criam-se anseios por atingir um patamar mais elevado desse prazer. Com isso, há uma entrega total e irrestrita a sensação que causa prazer, só que essa busca se revela nula, pois não se consegue atingir a felicidade almejada, pois esses prazeres apenas criam vontade de sentir algo mais que aquele prazer não pode dar. Com isso, o homem cai em comportamentos depressivos e neurotizantes que lhes destrói a vida e todas as aspirações de progresso, já que busca algo que não existe.

É como se fosse a sede da água do mar. Pode-se bebê-la em abundância, porém, como está repleta de cloreto de sódio, quanto mais se consome, mais sede ela causa, pois a pessoa que a bebe não consegue atingir o seu objetivo, que é saciar a sua sede. A permanecer nesse ato, apenas aumentará a sede, o que lhe fará beber mais da água salgada e sentir mais sede. E seu martírio jamais cessará.

Então, onde está a felicidade proporcionada pelo prazer que o hedonismo prega ? Simples. O prazer não se resume apenas as manifestações fisiológicas, efêmeras que não plenificam. O prazer se encontra na emoção profunda do ser. A emoção que alguém sente ao ler o lindo Soneto da Fidelidade, do grande Vinícius de Morais.A sensação de tranqüilidade quando ouvimos A linda Moonlight sonate, de Beethoven. A boa sensação de ler uma obra de Machado de Assis. E o prazer sentido em ajudar alguém, em ver alguém que gostamos muito galgando os degraus altos do sucesso, o prazer de ver alguém que amamos chegar perto de nós. E quantos outros poderíamos citar !

Esses prazeres são o motivo da vida, é por eles que devemos procurar sempre e não o prazer da sensação que proporciona minutos de felicidade mas períodos longos de amargura, nesta vida e na outra.

Agora é justo que os leitores perguntem o que isso tem a ver com a educação infantil.

Tudo a ver. Sabemos que no período da infância o espírito está iniciando o trabalho de reencarnação e por isso possui o cérebro muito sensível, guardando nele as impressões que lhe são incutidas pelos pais e pela sociedade. Por isso, quando vemos que os projetos educacionais estão voltados para preparar o ser para viver no mundo alucinante das sensações desordenadas, é óbvio que se aposse de todos os pais interessados na felicidade dos filhos uma preocupação natural.

Vemos que a criança só é educada para entender o seu corpo de forma superficial e para encaixar-se na sociedade como um elemento a mais, sem consciência do que pode lhe fazer mal ou bem, sem saber que valores preservar e quais aqueles que devem ser abandonados. Com isso, quando adolescente, não sabe administrar as mudanças que se operam em sua psicologia e, aturdidas pela irrupção vulcânica dos conteúdos liberados pelo inconsciente, se atordoa e, não raro , se entrega ao culto do prazer alucinante, pois não tem estrutura para aspirar algo mais sublime, por não ter conhecimento sobre os intricados mecanismos que lhe regem a maquinaria orgânica.

Com isso, vemos que e filosofia educacional hodierna precisa ser modificada. Para isso precisamos de um conjunto de idéias que nos auxilie a educar os pequeninos visando a felicidade plena destes.

Nesse momento surge a doutrina espírita para nos ajudar, e dizer-nos, que devemos enxergar o educando de forma integral, não apenas o corpo físico, mas também como realidade espiritual. Deve-se ensiná-la, desde pequena, os ensinamentos do evangelho, o maior código moral que a humanidade tomou conhecimento até hoje. Daí a necessidade da evangelização infantil, como meio de propiciar a criança bases sólidas de comportamento e uma visão otimista da realidade. E, com o auxílio dos pais, que devem exemplificar para os filhos como se deve viver de acordo com que ensina o evangelho, chegará a adolescência sabendo que direcionamento deve empregar a sua vida, saberá o que veio fazer na terra, aceitar os problemas e, como foi educada em bases de amor, não precisará recorrer ao tabagismo, ao álcool, às drogas, ao sexo desvairado para encontrar felicidade. Pelo contrário, canalizará suas energias para as expressões celestiais da vida, pois saberá conquistar a verdadeira felicidade, perseverando sempre, lutando para domar as más inclinações e progredir sempre.

Portanto, é papel dos pais, dos evangelizadores e de todos os profissionais da área infantil ensinar as nossas crianças o caminho da ventura, impedindo que ela caia nos abismos da ilusão e que, quando adulta, possa caminhar com segurança rumo a Jesus.

André Luiz Almenteiro Rodrigues Rabello - Membro do Grupo Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro.

domingo, 8 de novembro de 2009

EXTINÇÃO DO MAL



Na didática de Deus, o mal não é recebido com a ênfase que
caracteriza muita gente na Terra, quando se propõe a combatê-lo.
Por isso, a condenação não entra em linha de conta nas
manifestações da Misericórdia Divina.
***
Nada de anátemas, gritos, baldões ou pragas.
***
A Lei de Deus determina, em qualquer parte, seja o mal destruído
não pela violência, mas pela força pacífica e edificante do bem.
A propósito, meditemos.
O Senhor corrige:
a ignorância: com a instrução;
o ódio: com o amor;
a necessidade: com o socorro;
o desequilíbrio: com o reajuste;
a ferida: com o bálsamo;
a dor: com o sedativo;
a doença: com o remédio;
a sombra: com a luz;
a fome: com o alimento;
o fogo: com a água;
a ofensa: com o perdão;
o desânimo: com a esperança;
a maldição: com a benção.
***
Somente nós, as criaturas humanas, por vezes, acreditamos que um
golpe seja capaz de sanar outro golpe.
Simples ilusão.
O mal não suprime o mal.
***
Em razão disso, Jesus nos recomenda amar os inimigos e nos adverte de que a
única energia suscetível de remover o mal e extingui-lo é e será sempre a força
suprema do bem.

Bezerra de Menezes.

O PREÇO DA LUZ



Não recebemos qualquer aquisição sem preço correspondente.
Fatos comezinhos da existência material esclarecem-nos vivamente
nesse sentido.
Por que motivo aguardaríamos vantagens da compreensão sem o
trabalho preciso?
Não se dependura a virtude no santuário da consciência, como objeto
de adorno em tabiques exteriores.
Faz-se preciso renovar a mente e purificar o coração.
Não adquiriremos patrimônios da imortalidade, guardando acervos de
pensamentos da vida inferior.
Não nos renovaremos em Cristo, perseverando nas armadilhas de
sombra da esfera transitória.
Para elevar a própria vida, é necessário gastar muitas emoções, aparar
inúmeras arestas da personalidade, reajustar conceitos e combater
sistematicamente a ilusão.

Emmanuel

NA VIDA



Não te queixes de ninguém.
Todos estamos lutando.
Esse enfrenta problemas afetivos.
Aquele sofre limitações.
Outro caminha vacilante.
Na vida, quem compreende sabe mais.
Faze o melhor que possas,
esquecendo ingratidões.
Serve, perdoa e avança,
olvidando injúrias.
Elege o bem por teu escudo
e deixa que as pedras da maledicência
caiam à tua volta.
Se procuras Jesus,
não tens tempo a perder
com os acontecimentos marginais da estrada.

Irmão José