domingo, 28 de dezembro de 2008

Palavras de Chico Chavier


Tudo é amor.
Até o ódio, o qual julgas
ser a antítese do amor,
nada mais é senão o próprio amor
que adoeceu gravemente.

Chico Chavier

Ante a cólera


“Finalmente, sede todos de igual ânimo,
compadecidos, fraternalmente amigos,
misericordiosos, humildes.”
—Pedro(l Pedro, 3:8).

Justo figuremos a cólera, titulando-a com algumas definições, como sejam:

Força descontrolada.

Precipitação em doença.

Acesso de loucura.

Queda em desequilíbrio.

Tomada para a obsessão.

Impulso à desencarnação prematura.

Perigo de criminalidade.

Introdução à culpa.

Descida ao remorso.

Explosão de orgulho.

Tempestade magnética.

Fogo mental.

Pancadaria vibratória.

Desagregação de energias.

Perda de tempo.

Indubitavelmente, todos nós - as criaturas encarnadas e desencarnadas, em evolução na Terra — estamos ainda sujeitos a essa calamidade do mundo íntimo, razão pela qual toda vez em que nos sintamos ameaçados por irritação ou azedume, é prudente nos recolhamos a recanto pacífico, a fim de refletir nas necessidades do próximo e lavar os pensamentos nas fontes da oração.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Atenção. Ditado pelo Espírito Emmanuel. 16 edição. Araras, SP: IDE. 1997.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Jesus e Kardec


Porque se visse questionado por um de nossos colegas, quanto à necessidade do sofrimento, o Instrutor esclareceu:

Disse o Cristo: "Há muitas moradas na casa do Pai".

Sem Allan Kardec não perceberíamos que o Mestre relaciona os mundos que enxameiam na imensidade cósmica, a valerem por escolas de experiência, nos objetivos da ascensão espiritual.

Disse o Cristo: "Necessário é nascer de novo".

Sem Allan Kardec, não saberíamos que o Sublime Instrutor não se refere à mudança íntima da criatura, nos grandes momentos da curta existência física, e sim à lei da reencarnação.

Disse o Cristo: "Se a tua mão te escandalizar, corta-a; ser-te-á melhor entrar na vida aleijado que, tendo duas mãos, ires para o inferno".

Sem Allan Kardec, não concluiríamos que o Excelso Orientador se reporta às grandes resoluções da alma culpada, antes do renascimento no berço humano, com vistas à regeneração necessária, de modo a não tombar no sofrimento maior, em regiões inferiores ao planeta terrestre.

Disse o Cristo: "Quem vier a mim e não deixar pai e mãe, filhos e irmãos, não pode ser meu discípulo".

Sem Allan Kardec, não reconheceríamos que o Divino Benfeitor não nos solicita a deserção dos compromissos para com os entes amados e sim nos convida a renunciar ao prazer de sermos entendidos e seguidos por eles, de imediato, sustentando, ainda, a obrigação de compreendê-los e servi-los por nossa vez.

Disse o Cristo: "Perdoai não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes".

Sem Allan Kardec, não aprenderíamos que o Mestre não nos inclina à falsa superioridade daqueles que anelam o reino dos céus tão-somente para si próprios, e sim nos faz sentir que o perdão é dever puro e simples, a fim de não cairmos indefinidamente nas grilhetas do mal.

Disse o Cristo: "Conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres".

Sem Allan Kardec, desconheceríamos que o raciocínio não pode ser alienado em assuntos da fé e que a religião deve ser sentida e praticada, estudada e pesquisada, para que não venhamos a converter o Evangelho em museu de fanatismo e superstição.

Cristo revela.

Kardec descortina.

Diante, assim, do Três de Outubro que nos recorda o natalício do Codificador, enderecemos a ele, onde estiver, o nosso preito de reconhecimento e de amor, porquanto todos encontramos em Allan Kardec o inolvidável paladino de nossa libertação.

Emmanuel

Livro: Irmãos Unidos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

O JOVEM RICO


O JOVEM RICO

Quando um jovem rico indagou a Jesus o que seria necessário para alcançar a vida eterna, Jesus respondeu-lhe: "Guarda os mandamentos".

O mancebo respondeu que os seguia desde sua tenra idade, e Jesus completou: "Se queres ser perfeito, vai, vende o que possuis e dá aos pobres e terás um tesouro nos céus". O mancebo voltou para casa triste. Não teve coragem de renunciar às facilidades da vida material.

Necessitamos de coragem para trocar as facilidades materiais pelas riquezas espirituais.

No nosso dia-a-dia, defrontamo-nos com a escolha. Ir ao centro espírita hoje para aprender ou ver a novela da televisão? Visitar um doente ou ir ao clube?

Os encarnados necessitam do trabalho material para sobreviver, têm o lar e a família, a responsabilidade de cada dia. Será que não terão tempo para tudo, se se organizarem? Tempo para o lazer indispensável ao corpo, mas também para dedicar-se à outra parte, a mais importante, ao espírito.

As facilidades das riquezas materiais são tentadoras, porém passageiras. As riquezas verdadeiras que adquirimos na vivência do bem, no estudo do Evangelho e da Doutrina Espírita, que estão nas Obras Básicas de Allan Kardec, acompanham-nos após a morte do corpo.

Felizes os corajosos que renunciam, mesmo que por poucas horas na semana, aos prazeres da matéria pelo trabalho espiritual, que é o tesouro que encontrarão um dia no plano espiritual.


Pelo Espírito: ANTÔNIO CARLOS
Psicografia: VERA LÚCIA MARINZECK DE CARVALHO
Do livro: SEJAMOS FELIZES

Frases


"Não perca tempo e serenidade, perante as prováveis decepções da estrada, porquanto aqueles que supõem decepcionar-nos estão decepcionando a si mesmos."

Espírito André Luiz




http://www.ger.org.br/index.html

domingo, 21 de dezembro de 2008

Tempo de Natal


Senhor Jesus!...
Ante o Natal
Que nos refaz na Terra o mais formoso dia,
Somos gratos a todos os irmãos,
Que te festejam,
Entrelaçando as mãos
Nas obras do progresso.

Vimos também trazer-te a nossa gratidão
Pela fé que acendeste
Em nosso coração.
Mas, se posso, Jesus, desejo expor-te
O meu pedido de Natal;
Falando de progresso, rogo-te, se possível,
Guiar os homens e as mulheres,
Sejam de qualquer nível,
Para que inventem, onde estejam,
Novos computadores
Que consigam contar
As crianças que vagam nos caminhos,
Sem apoio e sem lar,
E os doentes cansados e sozinhos,
Presos no espaço de ninguém,
Para que se lhes dê todo o amparo do Bem.

Auxilia, Senhor, a humana inteligência
A fabricar foguetes
Dentro de segurança que não erra,
Que possam transportar remédio,
alimento e socorro,
Onde a dor apareça atribulando a Terra.

Que o mundo te receba as bênçãos naturais
Doando mais amor aos animais,
Que nunca desampare as árvores amigas,
Não envenene os ares,
Nem tisne as fontes, nem polua os mares,
Que o ódio seja, enfim, esquecido, de todo,
Que a guerra seja posta nos museus,
Que em todos nós impere o imenso
amor de Deus.

Que o teu Natal se estenda ao mundo inteiro
E que, pensando em teu amor,
De cada amanhecer
Que todos resolvamos a fazer
Um dia novo de Natal...
E que, encontrando alguém,
Possamos repetir, tocados de alegria,
De paz, amor e luz:
Companheiro, bom dia,
Hoje também é dia de Jesus.


Maria Dolores
(Mensagem recebida por Francisco Cândido Xavier, no Grupo Espírita da Prece, em reunião pública da noite de 25 de setembro de 1982, em Uberaba - MG)

sábado, 20 de dezembro de 2008

ROGATIVA DO OUTRO


Sei que te feri sem querer, em meu gesto impensado.

Pretendias apoio e falhei, quando mais necessitavas de arrimo. Aguardavas alegria e consolo, através de meus lábios, e esmaguei-te a esperança...

Entretanto, volto a ver-te e rogo humildemente para que me perdoes.

Ouviste-me a palavra correta e julgaste-me em plena luz sem perceber o espinheiro de sombra encravado em minhalma. Reparaste-me o traje festivo, mas não viste as chagas de desencanto e fraqueza que ainda trago no coração.

Às vezes, encorajo muitos daqueles que me procuram, fatigados de pranto, não por méritos que não tenho e sim esparzindo os tesouros de amor dos espíritos generosos que me sustentam, contudo, justamente na hora em que me buscaste, chorava sem lágrimas nas últimas raias da solidão. Talvez por isso não encontrei comigo senão frieza para ofertar-te.

Revela-me o desespero quando me pedias brandura e desculpa-me o haver-te dado reprovação, quando esperavas entendimento.

Deixa, porém, que eu te abrace de novo e, então, lerás em meus olhos, estas breves palavras que me pararam na boca: perdoa-me a falta e tem dó de mim.

Meimei

(De "Ideal Espírita", de Francisco Cândido Xavier - autores diversos)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Campanha pró-DIVALDO FRANCO

Amigos,
A Revista Época está elaborando uma edição especial com os 100 brasileiros que mais se destacaram em 2008, pelo poder, pelo talento ou pelo exemplo moral.
A lista será elaborada pela redação, com base nas sugestões de leitores e de personalidades influentes.
Então iniciemos esta campanha em prol da indicação de Divaldo Franco, como exemplo de moral.

abaixo link

http://editora.globo.com/pesquisas/pesquisa_epoca_250908.htm

Vamos divulgar nas comunidades espíritas.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

No trato com o invisível


“E, chamando-os a si, disse-lhes por parábolas: Como pode Satanás expulsar Satanás?” – (Marcos, 3:23.)

Esta passagem do Evangelho é sumamente esclarecedora para os companheiros da atualidade que, nas tarefas do Espiritismo cristão, se esforçam por auxiliar desencarnados infelizes a se equilibrarem no caminho redentor. Ninguém aguarde êxito imediato, ao procurar amparar os que se perderam na desorientação.
É impossível dispensar a colaboração do tempo para que se esclareçam as personagens das tragédias humanas e, segundo sabemos, nem mesmo os apóstolos conseguiram, de pronto, convencer as entidades perturbadas, quanto ao realismo de sua perigosa situação. Todavia, sem atitudes esterilizantes, muito pode fazer o discípulo no setor dessas atividades iluminativas. Na
atualidade, companheiros devotados ao serviço ainda sofrem a perseguição dos adversários da luz, que lhes atribuem sombrio pacto com poderes perversos. O sectarismo religioso cognomina-os sequazes de Satanás, impondo--lhes torturas e humilhações.
No entanto, as mesmas objurgatórias e recriminações descabidas foram atiradas ao Mestre Divino pelo sacerdócio organizado de seu tempo. Atendendo aos enfermos e obsidiados, entregues a destrutivas forças da sombra, recebeu Jesus o título de feiticeiro, filho de Belzebu. Isso constitui significativa recordação que, naturalmente, infundirá muito conforto aos discípulos
novos.
Fonte: XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida, 21. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2001,cap.146, p. 307-308

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Harmonia com a natureza

Harmonia com a natureza

Utilizadas por culturas milenares, as propriedades mais sutis das plantas podem nos auxiliar em nosso equilíbrio psicoenergético, médiuns ou não, independente da religião

O trabalho de um médium é estudar sempre e se aprimorar para que possa servir à Luz. Os ensinamentos deixados por Allan Kardec, André Luiz, Ramatís e muitos outros autores iluminados, do lado de cá ou de lá, são norteadores do caminho a ser percorrido nesse processo evolutivo. Mas e quanto ao animismo, as capacidades do próprio espírito e seus poderes de autocura com base no amor consciente?

Muitos espíritas dedicados, às vezes nem se abrem à mais nova possibilidade de conhecer ou interagir melhor consigo mesmo, seja em projeção astral (o desdobramento), seja na manipulação energética de seus próprios chacras ou na emanação de luz e amor para a humanidade. Mas um médium, seja ele da que Religião for, nunca pode se esquecer que para servir melhor aos propósitos Divinos, deve evoluir pessoalmente, tratando-se, transformando-se, atuando na própria cura da alma. Muitos vão dizer, "mas que cura, não tenho doença alguma!". É bom lembrar que os desequilíbrios humanos, o ego e a cabeça fechada aos novos conhecimentos demonstra falta de cuidados com a própria alma. Além dos cuidados com o corpo físico, todo ser humano tem responsabilidades sobre suas emoções e pensamentos e sobre os reflexos e condicionamentos que possa causar a si mesmo.

Como médium consciente das minhas capacidades anímicas, trago a experiência de equilíbrio e cura, através dos recursos da natureza. Além dos óleos aromáticos, dos temperos naturais equilibradores, destaco os banhos de ervas.

Para que servem os banhos?

Muitos pensam que os banhos de ervas são exclusividade dos umbandistas e que por isso mesmo, devem ser somente banhos ritualísticos.

É importante compreender, cientificamente, para que servem os banhos de ervas e como é possível sua utilização sem qualquer vínculo religioso.

No livro Nosso Lar é André Luís quem relata sobre o tratamento com fluidos vegetais, em socorro ao espírito Ernesto, obsediado e adoentado, como mostra no capítulo 50 (veja box).

A energia das plantas (também conhecida como fitoenergética) pode causar uma verdadeira combinação química, elétrica e biorgânica em nosso ser, atuando sobre nossos campos debilitados e suas correspondências diversas.

Com ela, é possível vitalizar o físico, emocional, mental e espiritual, através da nossa aura e dos chacras (centros de força) e também pela química absorvida pela corrente sangüínea.

Estou destacando o uso do banho de ervas, não só porque trabalho e uso dessa terapêutica no meu dia-a-dia, mas porque vejo a presente má-informação e preconceito sobre o uso dos banhos. Se bem utilizado – e isso não tem nada a ver com a religião da pessoa – as plantas podem trabalhar energeticamente sobre aqueles desequilíbrios pessoais que tornam-se nossos pontos de assédios, cotidianamente.

Por exemplo, é comum nos tornarmos extremamente críticos em relação à humanidade. Mas quais são os pontos que mostram isso em nós mesmos? Uma fadiga mental, a ansiedade, uma incerteza constante, as angústias, a fragilidade e o medo, que sem querer parecem se enfatizar e várias outras coisas, minam nossos objetivos espirituais, nossa auto-estima e, conseqüentemente, nossa saúde.

Como espiritualistas, sabemos o que nos causam esse fatores comuns à maturação e ao crescimento pessoal. Mas por que não utilizamos os recursos de auxílio à cura fornecidos pela própria natureza?

É o preconceito que nos denuncia e empata a evolução. Não devemos ficar dependentes de nada, mas precisamos ser mais responsáveis sobre a nossa própria cura e evolução.

O ser humano não é solitário ou único nesse imenso universo. A evolução vegetal é co-criadora e está quintessênciada aos elementos naturais e aos processos de transformação também. Existe, de fato, a evolução mineral, vegetal, animal, hominal... Estamos todos juntos, cada um em seu grau evolutivo, e por que não podemos nos ajudar? O homem integrado à natureza, de forma responsável e consciente é nosso próximo passo.

O médium espírita precisa e pode se cuidar, curando e ampliando suas capacidades anímicas e se interligando a outros seres, como demonstra o espírito André Luiz em vários livros de sua autoria.

O banho de ervas, até como tratamento, não é de religião alguma, é da própria natureza. Se na Umbanda o utilizam, é porque os próprios espíritos desencarnados que se apresentam como pretos-velhos, caboclos, crianças etc, conhecem esses princípios e os utilizam largamente. Seus princípios iniciáticos estão relacionados a eles, mas não pode ser esse o motivo da não utilização correta e digna da energia vegetal também pelos espíritas.

Uso milenar

Medicinas como a Ayurvédica (hindu), a chinesa, a tibetana, o xamanismo, a medicina alopática e a homeopatia fazem uso desses recursos naturais há tempos. O uso correto e ético opera verdadeiros "milagres da natureza".

É chegado o tempo de não haver mais esses tipos de preconceitos que geram guerrilhas religiosas e discriminação. Como se vê num trabalho de cura de bom nível, no plano espiritual todos trabalham juntos com o que tem de melhor.

Podemos usar a energia da natureza como auxílio no tratamento de depressões, insônia, ansiedade, angústia e uma série de doenças crônicas.

Com bom senso e é claro, com o acompanhamento médico necessário, tratando o espírito e o corpo (já que as doenças se propagam do perispírito para o corpo físico), nós todos podemos crescer como médiuns e espíritos mais conscientes, e por isso mesmo, mais abertos e livres.

Afinal, como diria um espírito amigo da humanidade, precisamos ser amor e conhecimento em evolução.

A arte de defumar

No dicionário, defumar significa "queima, esp. sobre brasas, de ervas, resinas e raízes aromáticas (alecrim, benjoim, alfazema etc.) para perfumar ambientes; 2.1 essa mesma queima usada para espantar malefícios e atrair boa sorte".

O que o dicionário não diz é que a Ciência está em se utilizar dos princípios ativos das plantas e de suas correlações energéticas para transformar padrões e registros densos em sutis, alterando toda a vibração do ar e da energia do ambiente. O fogo também tem seu aspecto eólico que fica impregnado pelos vegetais colocados sobre a brasa.

Esse conhecimento é muito antigo e até hoje é utilizado pela Igreja, pelos umbandistas, rosa-cruzes, taoístas, tibetanos etc. Na Grécia Antiga, os sacerdotes tinha predileção pelas folhas de louro e no Antigo Egito pela artemísia, entre outras. As ervas utilizadas ordenam as novas energias.

No Brasil, uma das composições mais constantes é a de cravo, louro, benjoim, alfazema, alecrim, guiné e incenso.

O poder das ervas, segundo o espírito André Luiz - do livro Nosso Lar

"Comecei o trabalho procurando esclarecer os espíritos perturbados que se mantinham ligados ao doente. Mas tinha muita dificuldade, pois estava muito abatido. Lembrei o quanto seria bom ter a colaboração de Narcisa e tentei. Concentrei-me em profunda oração a Deus e, nas vibrações da prece, me dirigi a ela pedindo socorro. Contei-lhe, em pensamento, o que estava acontecendo comigo, informando minhas intenções de ajudar, e insisti para que não deixasse de me socorrer.

Foi então que aconteceu o que eu não esperava. Depois de 20 minutos, mais ou menos, quando eu ainda não havia terminado minha prece, alguém me tocou de leve no ombro. Era Narcisa, que me atendia sorrindo:

- Ouvi seu apelo, meu amigo, e vim ao seu encontro. Fiquei muito
feliz. A mensageira do bem olhou o quadro, compreendeu a gravidade da situação e disse:

- Não temos tempo a perder. Antes de qualquer coisa, aplicou passes de alívio ao doente, isolando-o das formas escuras, que se afastaram imediatamente.

Em seguida, me chamou decidida:

- Vamos à natureza.

Acompanhei-a sem vacilar e ela, notando meu espanto, disse:

- Não é só o homem que emite e recebe fluidos. As forças naturais
fazem o mesmo, nos vários reinos em que se subdividem. Para o caso do nosso doente, precisamos das árvores. Elas vão nos ajudar com eficiência.

Admirado com a nova lição, segui com ela em silêncio.

Quando chegamos a um local onde havia árvores enormes, Narcisa chamou alguém, com palavras que não pude entender. Logo em seguida, oito entidades espirituais atendiam ao chamado. Muito surpreso, vi Narcisa perguntar onde poderia encontrar mangueiras e eucaliptos. De posse da informação dos amigos, que eram totalmente estranhos para mim, a enfermeira explicou:

- Estes irmãos que nos atenderam são trabalhadores do reino vegetal.

E, diante da minha surpresa, concluiu:

- Como você vê, não existe nada inútil na casa de Deus. Em toda parte há quem ensine, se houver quem precise aprender. E onde surge uma dificuldade, surge também a solução. O único infeliz na obra divina é o espírito irresponsável que se condenou às trevas da maldade.

Em alguns minutos, Narcisa preparou certa substância com as
emanações do eucalipto e da mangueira e, durante toda a noite,
aplicamos aquele remédio ao doente, pela respiração comum e pelos poros.

Ele melhorou muito. Pela manhã, logo cedo, o médico afirmou,
muito surpreso:

- Ele teve uma reação incrível esta noite! Um verdadeiro milagre da natureza."


Artigo publicado na edição 41 da Revista Cristã de Espiritismo.

Ao usar, favor citar o autor e a fonte.

O MAL, O REMÉDIO E A CURA


Podemos estar enganados quando achamos que a origem de nossos males está em nosso organismo físico ou nas coisas externas. A causa das doenças morais e físicas estão mais no íntimo de cada um do que propriamente no corpo material. Este último é sem dúvida o local onde se manifestam as doenças que têm também origens psíquicas, emocionais ou espirituais.

Tornou-se uma prática comum os médicos receitarem tranqüilizantes para pessoas que estão com sintomas que aparentemente têm como causa anomalias num órgão digestivo, cardíaco etc. Sabem estes profissionais que se faz necessário atacar a causa. Porém, uma vez constatado o mal, lutam de todas as formas para equilibrar o paciente, principalmente medicando o ser para que ele não sofra tanto até que seja sanada a raiz da enfermidade.

Temos no Centro Espírita fatos semelhantes ao que ocorre no cotidiano das clínicas médicas. Referimo-nos às doenças de ordem espiritual, emocional e a busca à Casa Espírita para solucionar estes males. Ao chegarmos ali, queremos que nos tirem, num espaço curto de tempo, o mal que estamos vivenciando. Nada mais natural, para quem está sentindo na "pele" dramas terríveis. Ocorre que neste processo terá que haver a conscientização do ser para que haja uma melhora verdadeira.

A Casa Espírita orienta com base na Codificação Kardecista, tendo o dever de assistir o necessitado levando-lhe a orientação. O esclarecimento é primordial para nos mantermos equilibrados. No entanto, outros meios deverão ser usados para o auxílio dos enfermos ou simplesmente para ajudar aqueles que ali vão buscar um fortalecimento.

O Passe, por exemplo, sempre foi um poderoso complemento, pois é o remédio que ataca o efeito, aliviando-nos até que seja curada a raiz do mal. Ocorre porém, que alguns se enganam ao pensar que ele é a única solução. E outros erram em querer eliminá-lo por achar que ele nem sempre é necessário. Trata-se de um dever da Casa Espírita orientar o público, mostrando o que é esta energia, para que serve, e quais seus benefícios.

E o espírita, deve tomar Passe? Conhecendo a realidade humana, torna-se difícil dizer se este ou aquele não precisa receber um fortalecimento fluídico. Por mais que nos esforcemos, estamos longe de ter o equilíbrio desejado. Se o passe pode nos recompor, por que deixá-lo de lado? Qual o motivo? Medo da mistificação? Do ritualismo? De criarmos "Papa-passes"? Isso tudo não existirá se fizermos com responsabilidade.

O Passe é usado há milênios e mesmo na época de Jesus não era novidade. O Mestre fez uso desta prática levando auxílio e curando a muitos. Allan Kardec em diversos trechos de sua obra se refere à importância da transmissão desta energia.

Façamos uso do remédio que nos alivia, conscientes de que a cura virá a partir do momento que atacarmos a causa de nossos males: a ignorância espiritual.

Autor: Joel Marcos Figueiredo
(Fonte: Jornal Boa Nova - Edição: 17 - Março - Abril - 1998)

domingo, 14 de dezembro de 2008

DESBRAVAMENTO MEDIÚNICO


Eis o trato de selva, em cujo seio é forçoso rasgar a estrada por via de acesso à civilização.
Reúnem-se engenheiros e articulam-se planos.
Para logo se impõe o desbravamento.
Tratores, picaretas, enxadas, rolos e, por vezes, até dinamite são manejados, a benefício da construção, por operários dignos, mas ainda vinculados às vicissitudes humanas.
Depois de pedras e toras removidas, depois do chão batido e acertado, o carro do progresso, na rodovia, pode então transitar livremente.
Aproveitemos o símile para observar a iniciação mediúnica do tipo mais freqüente.
No campo da inexperiência humana, surge a pessoa com possibilidades de tarefa mediúnica mais imediata, atendendo-se à necessidade de mais um caminho de intercâmbio com a Espiritualidade Superior.
Reúnem-se os Espíritos Benevolentes e Sábios e formam-se projetos.
Impõe-se para logo o desbravamento.
Testes educativos, lições, reformas, disciplinas e, em muitas ocasiões, até mesmo grandes provas, em favor do candidato são manejados por entidades respeitáveis, mas ainda extremamente vinculadas à Terra.
Depois de extinta a ingenuidade negativa e afastados os caprichos pessoais, depois da mente preparada e habilitada a cooperar no serviço do bem, é que aparece a estrada espiritual de comunicação com o Plano Superior, de modo a ser devidamente entregue aos Mensageiros da Luz, que então nela transitam livremente.
Destaquemos, porém, a verdade que transparece do ensinamento vivo: é que a terra obedece ao homem para que se erga e conserve a benfeitoria destinada ao progresso e a tarefa mediúnica somente se desenvolve e persiste no homem, se o homem realmente quiser.

(De "Canais da Vida", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

sábado, 13 de dezembro de 2008

ESPERANDO POR TI


ESPERANDO POR TI


Cap.XII - Item 8 - O Evangelho segundo o Espiritismo


Antes de pronunciares a frase amarga que te explode no coração, tentando romper as barreiras da boca, pensa na Bondade de Deus, que te envolve por toda parte.


A Natureza é colo de mãe expectante...


Assemelha-se a luz celeste ao olhar do próprio amor que te segue, às ocultas, e o ar que respiras é assim como o sopro da ternura de alguém, a estender-te alimento invisível.


Tudo serve em silêncio, esperando por ti.


Abre-se a via pública, aos teus pés, à feição de amistoso convite, a água pura está pronta a mitigar-te a sede, o livro nobre aguarda o toque de tuas mãos para consolar-te, e o fruto, pendendo da árvore, roga, humilde, que o recolhas.


Pensa na Bondade de Deus e não digas a palavra que desencoraja-te ou amaldiçoe.


Cala-te, onde não possas auxiliar..Deixa que tua alma se enterneça, ajudando nas construções do Bem Eterno, que tudo nos dá, sem nada exigir.E compreenderás, então, que Deus te oferece a vida por Divina Sinfonia e que essa Divina Sinfonia pede que lhe dês também tua nota.


Meimei (Chico Xavier)(De "O Espírito da Verdade", de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira - Autores diversos)

Morrer não dói


É um equívoco afirmar, sobretudo o cristão, que não existe morte. Imortal é o espírito. O corpo que ele usa, em cada existência, morre e permanece na Terra enquanto a alma retorna ao mundo espiritual.


Com o tempo, os elementos corpóreos se reintegram em outros seres em sua volta, porque é da lei da Física que nada se perca, nada se acabe, tudo se transforme. "Nascer, morrer, renascer ainda, e progredir incessantemente, tal é a lei" - assim resume Allan Kardec a evolução do homem, no caminho de sua felicidade verdadeira e definitiva, o Reino dos Céus preconizado pelo Cristo.


A não ser para o suicida, que optou pelo desenlace antes do tempo, arrancando, abruptamente, do corpo a própria alma, antes de se completar seu novo ciclo, morrer não dói. A morte é um sono, disse o Nazareno, tão amigo da vida como da morte, na expressão de Humberto Rohden, um dos grandes pensadores cristãos deste século. Com a lógica de sua filosofia, Rohden pergunta: "Se for boa tua vida, como será má tua morte ? Não sabes que a morte é o corolário da vida ? Por que hesitaria a fruta madura em desprender-se da haste ? Por que desprenderia com dor o que amadureceu às direitas ?"


Em O Livro dos Espíritos se aprende que o corpo, quase sempre, sofre mais durante a vida do que no momento da morte. A alma nenhuma parte toma nisso. Os sofrimentos, que às vezes se experimentam no instante da morte, são, até mesmo, "um gozo para o Espírito", que vê chegar o fim do seu exílio. A separação nunca é instantânea. A alma se desprende gradualmente. O Espírito se solta pouco a pouco dos laços que o prendiam. Os laços se desatam, não se quebram. Não raro, na agonia, a alma já deixou o corpo, que nada mais tem do que vida orgânica. O homem não possui mais consciência de si mesmo e, não obstante, ainda lhe resta um sopro de vida.


Espíritos que partiram antes de nós se comunicam, todos os dias, na rotina dos trabalhos das casas espíritas, comprovando a imortalidade e confirmando a impressão que tiveram na passagem entre dois mundos distintos. Dormiram, para despertar aos poucos, no seu elemento natural que é o mundo espiritual. Atravessaram um período de perturbação para, no outro lado da vida, se encontrar consigo mesmo e com a plenitude da Infinita Bondade e da Justiça Divina.


Javier Godinho


(Fonte: Revista Espírita Allan Kardec)